Violência simbólica de gênero na publicidade brasileira
uma análise dos casos julgados pelo Conar
Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a manifestação da violência simbólica de gênero presente nas representações sobre as mulheres dos casos denunciados pela sociedade e julgados pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, Conar, no espaço temporal de 2000-2018. Foram abordadas as contribuições de Naomi Wolf, Heleieth Saffioti, Flávia Biroli, Pierre Bourdieu, Luiz Mauro Sá Martino, entre outras(os). A metodologia é constituída pela análise de conteúdo centrada em Laurence Bardin e Wilson Corrêa da Fonseca Júnior. Os resultados demonstram que a violência simbólica de gênero, presente nas representações sobre as mulheres produzidas pela publicidade brasileira, apresenta as mesmas como objetos atrativos e condicionados à apreciação de outros dentro de uma lógica patriarcal que reitera coerções de gênero na promoção do consumo.