Qual o lugar da maternidade lésbica e bissexual na escola?
Resumo
A existência das famílias formadas por mulheres lésbicas e bissexuais desafia a heterossexualidade compulsória e, por conseguinte, questiona o modelo de família tradicionalmente reproduzido pelas instituições sociais, especialmente a escola. Essa composição familiar binária que conserva como matriz de família ideal aquela composta pelo pai, mãe e filhas/os, parece perseverar ao lado de mudanças e desmembramentos ocorridos nas configurações familiares desde a década de 1970. Nesta perspectiva, é no contexto escolar que a chegada das crianças filhas de mães lésbicas e bissexuais rompe com a lógica binária promovendo outras possibilidades de conceber e viver em famílias. Ao considerar este debate, o presente artigo tem como objetivo problematizar o lugar que as mães lésbicas e bissexuais ocupam no contexto escolar. Para tanto, organizou-se uma pesquisa bibliográfica pautada nas Teorias Feministas e nos estudos sobre as Relações de Gênero. Nas considerações finais, apresentam-se justificativas que contribuem com investigações científicas interessadas na perspectiva das relações entre a escola e as famílias.