Eros e as mulheres nas educações para a ciência no Antropoceno
Resumo
Este texto trata a respeito das urgências de pensar a “Agonia de Eros” nas educações frente à problemática do Antropoceno, era em que a humanidade se torna uma força geológica, capaz de alterar ciclos biogeoquímicos, e consequentemente, de erosão do outro. Eros serve como metáfora para pensar a possibilidade de uma experiência do outro em sua alteridade. Para tal movimentação três eixos são abordados: a) Eros como modo de repensar as educações para ciência na contemporaneidade; b) a magia e o animismo como pulsos eróticos na disputa das educações para ciência; e c) o conhecimento de técnicas, práticas e políticas realizadas por mulheres como formas de resistir a agonia de Eros, ou seja, a narcisificação do si. Como resultados, mostra-se o cuidado com a natureza, com o outro, por meio da força do feminino, do coletivo, contribuindo para refletir nas educações para a ciência na era do Antropoceno.