PERFIL DOS ATENDIMENTO ÀS GESTANTES COM AMEAÇA DE ABORTAMENTO ATENDIDAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO NORTE DO PARANÁ
Resumo
Introdução: Muitas são as queixas que levam as gestantes a procurar o
atendimento imediato em unidades de Pronto Socorro, entre elas, as ameaças de
aborto, que é definido como a presença de sangramento transvaginal antes de 20
semanas de gestação, associado ou não a dores por contrações uterinas. Se a
gestante não possuir nenhuma patologia que a classifique como uma gestação de
alto risco, esta deve procurar sua maternidade de referência. Objetivo: Delinear o
perfil de atendimentos as gestantes com ameaça de aborto atendidas em um pronto
socorro obstétrico de um hospital do norte do Paraná. Metodologia: Trata-se de
uma pesquisa descritiva, retrospectiva e documental com abordagem quantitativa,
desenvolvida com dados obtidos das fichas de classificação de risco obstétrico do
Pronto Socorro Obstétrico do Hospital Universitário de Londrina. Os dados utilizados
foram referentes aos meses de junho a setembro de 2022 e foram filtradas somente
as fichas de pacientes gestantes, com ameaça de aborto cuja queixa era
sangramento via vaginal, idade gestacional abaixo de 20 semanas e seus
respectivos dados de interesse para o estudo, chegando-se ao número de 440
gestantes. Os dados foram processados com o auxílio do programa Statistical
Package for the Social Sciences®, versão 22.0, tabulados e submetidos à estatística
descritiva através de frequência simples. Resultados: As ameaças de abortamento
caracterizaram 16,32% dos atendimentos dos meses de estudo, a maior parte das
pacientes eram jovens adultas com idade entre 19 e 29 anos, 308 (70,0%) gestantes
foram classificadas automaticamente pelo sistema como risco verde, 73 (16,59%)
amarelo, 23 (5,22%) azul, 26 (5,90%) como laranja e somente 10 (2,27%) como
vermelho, porém, na classificação da enfermeira observou-se que a maioria foi
reclassificado como verde ou azul e não houve classificações vermelho. Sobre a
procedência do encaminhamento ficou-se dividido entre SAMU e procura direta,
sendo essas gestantes provenientes de cidades próximas a Londrina. O tempo de
espera para classificação de risco no hospital de estudo variou entre 05 e 45
minutos, e o tempo de espera para consulta médica variou entre 60 e 240 minutos,
das gestantes atendidas somente 38 precisaram de internação, as demais foram
liberadas após consulta. Conclusão: Concluiu-se que a maioria das gestantes que
procuram o Hospital Universitário de Londrina com queixa de ameaça de
abortamento são jovens adultas que chegam ao serviço por meio de procura direta,
sem encaminhamentos, avaliação prévia ou indicativo de necessidade de um
atendimento de alto risco.