AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA CLÍNICA E AMBIENTAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

  • Renata Pires de Arruda Faggion Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Jéssica Heloiza Rangel Soares Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Giovanna Yamashita Tomita Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Francielly Palhano Gregorio Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Laura Alves Moreira Novaes Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Renata Aparecida Belei Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Andressa Midori Sakai Radighieri Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Marcia Regina Eches Perugine Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Gilselena Kerbauy Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Palavras-chave: Infecção hospitalar, Unidade de terapia intensiva, Enfermagem

Resumo

INTRODUÇÃO: Em unidades de terapia intensiva, os pacientes apresentam maior risco de desenvolver infecções relacionadas à assistência à saúde. Isso pode ser atribuído a realização de múltiplos procedimentos invasivos, gravidade e instabilidade hemodinâmica dos pacientes que se encontram em cuidados intensivos. Somado a esses fatores, o ambiente hospitalar é considerado reservatório de microrganismos multirresistentes aos fármacos antimicrobianos, podendo expor o paciente ao risco de infecção por estes agentes. OBJETIVO: Avaliar o mapeamento microbiológico clínico e ambiental em uma unidade de terapia intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal observacional, realizado em fevereiro de 2020, em uma unidade de terapia intensiva geral de um hospital universitário de Londrina. Foram incluídos pacientes hospitalizados por período mínimo de 48 horas e a área física de suas respectivas unidades/leito. Para a coleta das amostras microbiológicas da unidade do paciente, foram friccionados swabs estéreis em três grupo de superfícies, (Grupo 1: painel de gases, suporte de soro, mesa lateral e bancada de granito; Grupo 2: ventilador mecânico, monitor cardíaco e bombas infusoras e Grupo 3: cama). Os dados microbiológicos dos pacientes foram acessados em banco de dados online pelo software Medview®. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética sob parecer número 3900544 de 05 de março de 2020. RESULTADOS PARCIAIS: Foram analisados oito pacientes que estavam hospitalizados e suas respectivas unidades. Do total de pacientes, todos apresentaram alguma infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes. Foi possível identificar por meio das culturas ambientais presença de microrganismos multirresistentes em sete (87,5%) unidades de pacientes. Em relação à análise comparativa dos microrganismos isolados das culturas clínicas e do ambiente, evidenciou-se que 57,14% dos pacientes internados apresentavam concordância da espécie e perfil de resistência entre as amostras clínicas e ambientais. Dentre os microrganismos isolados, houve predomínio de Acinetobacter baumannii resistente à carbapenêmicos, Pseudomonas aeruginosa resistente à carbapenêmicos e Klebsiella pneumoniae resistente a polimixinas. Quanto a contaminação ambiental, o grupo de superfície mais frequentemente contaminado foi o grupo 3, seguido pelo grupo 1. CONCLUSÃO: Os resultados evidenciaram a presença de microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos nas superfícies da unidade do paciente em terapia intensiva, bem como a concordância entre espécies e perfil de resistência dos isolados clínicos e ambientais.

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Publicado
2023-08-20