Questão de gênero no processo de acolhimento institucional de crianças e adolescentes
Resumo
Atualmente, no Brasil, constata-se um crescente número de crianças/adolescentes acolhidas em instituições, para onde são levadas como medida excepcional de proteção por estarem em situação de risco pessoal ou social. No processo de acolhimento, a criança é submetida à rotina institucional, às avaliações de diferentes profissionais e a expectativas dos adultos acerca do que é ser uma criança acolhida. A partir de nossa atuação na área de psicologia e do serviço social, do contato rotineiro com as crianças e adolescentes acolhidos, de suas histórias, famílias e das vivências. Acrescido pelo conhecimento adquirido pela profissional de psicologia com a pesquisa de mestrado intitulada: Ser criança em instituição de acolhimento na área psicológica, que objetivou compreender a vivência de crianças acolhidas em instituições na modalidade casa lar em função de medidas protetivas, foi que a questão de gênero se desvelou como um fator presente no processo de acolhimento. Uma vez que, as crianças participantes da pesquisa eram oriundas de famílias monoparentais feminina, fato que nos chama a atenção, e tal inquietação nos faz refletir sobres quais as políticas públicas existentes que correspondem a essa demanda, o que nos faz refletir sobre essa questão de gênero tão presente na contemporaneidade, visto nessa parcela desvelada no cotidiano do trabalho nas instituições de acolhimento de crianças e adolescentes.