A invisibilização do povo caboclo de Santa Catarina

algumas permanências da Guerra do Contestado

  • cristina buratto gross UEL
Palavras-chave: povos tradicionais; desterritorialização; resistências

Resumo

Santa Catarina nos idos de 1912 foi palco de um dos episódios mais sangrentos da história desse país, a Guerra do Contestado. Os conflitos que duraram por 4 longos anos, deixaram permanências territoriais, econômicas e sociais no estado que podem ser percebidas contemporaneamente, por exemplo, no que neste artigo tratamos como invisibilização dos povos tradicionais, dos caboclos da região. Essa questão foi o ponto chave de nossa tese de doutorado[1] e trataremos aqui como nosso principal objetivo, a invisibilização do caboclo do Contestado a partir da Guerra e também as resistências desse povo diante desses processos de aniquilamento de suas existências e cultura. Esse processo de invisibilização se dá concomitantemente e como resultado do processo de desterritorialização, que percebemos não ter se restringido ao período da guerra, mas também ao pós-guerra e infelizmente ainda está em curso, mudam-se os agentes e as estratégias, mas os atingidos são os mesmos.

 

[1] Tese de doutorado intitulada: os “escolhidos e os escorraçados", os povos tradicionais e a formação sócio-espacial de Santa Catarina: rompimentos das invisibilidades de caboclos e caboclas do Contestado na serra acima, pescadores e pescadoras do litoral na serra abaixo. Defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA-UEL, 2019.

 

 

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Publicado
2021-02-17
Como Citar
GROSS, CRISTINA. A invisibilização do povo caboclo de Santa Catarina. Congresso Brasileiro da Guerra do Contestado; Colóquio de Geografias Territoriais Paranaenses e Semana de Geografia da UEL, v. 2, p. 272-296, 17 fev. 2021.