EMOJIS, MEMES E GOOGLE-DOODLES: REFORMULANDO AS PRÁTICAS DE LEITURA DO LEITOR CONTEMPORÂNEO

  • Delba Tenorio Lima Patriota Villela
  • Marilu Martens Oliveira

Resumo

Em que medida a arte pode contribuir para a formação leitora - no sentido amplo - do sujeito pós-moderno? Partindo de tal premissa e refletindo sobre as mudanças ocorridas hodiernamente, como a ampliação dos recursos tecnológicos e dos produtos multimídias, chegou-se à conclusão de que foram agregadas à arte novas impressões sobre o modo de concebê-la e de utilizá-la. Trata-se de algo inopinado, que provocou o surgimento de alguns gêneros textuais que desafiam os estudiosos, nestes incluindo-se os professores. A produção artística (nela incluída a literária) que intenciona emancipar o leitor, como apregoa Candido (1972), há de levar em conta o contexto histórico de sua realização, bem como a interação com as novas linguagens sociais e o diálogo travado com as metodologias de ensino e de aprendizagem como requerem os protocolos educacionais (BNCC, 2018). Por esse viés, objetiva-se apresentar um recorte de pesquisa efetuada durante o curso de mestrado profissional (PPGEN), realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Londrina, que oportunizou o desenvolvimento de um curso sobre arte noir(e) e expressões artísticas (diálogo interartes), calcado na leitura de obras clássicas do gênero (filmes, pinturas, textos, propagandas, fotografias, músicas, HQs - Histórias em Quadrinhos). Esse curso foi ministrado aos alunos de uma escola pública (Magistério), da cidade de Cornélio Procópio, Paraná. Na ocasião, fizeram parte das atividades discentes recursos variados e bastante apreciados pelos jovens como emojis, memes e google-doodles, buscando, de forma crítica, reflexiva e criativa, contribuir para a formação leitora dos cursistas, motivando-os pelo estudo do noir e pelo uso das novas tecnologias. O resultado apareceu em diversos materiais por eles produzidos, registrando-se uma nova perspectiva de ver/ler o mundo e de interpretar a vida. Para o eixo que apresentamos o suporte teórico conta com obras de Marcuschi e Xavier, Bauman, Lévy, Picanço e Castro, Gina Higgins e Claus Clüver e outros.

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Publicado
2019-12-31