Exclusão Social por meio da Música no Brasil:

um relato de experiência de um professor de música que toca piano e que possuí deficiência

Palavras-chave: Inclusão na Música, Capacitismo na Música, Direitos Humanos

Resumo

O presente relato de experiência de um professor de música com deficiência não visível e que se pautou na pesquisa autobiográfica, objetivou expor uma das realidades que uma pessoa com deficiência tem que enfrentar em um mundo musical competitivo e capacitista, ou seja, um mundo com regras pré-estabelecidas que excluem a diversidade humana que não se adequa aos seus padrões pré-estabelecidos. Como questão de pesquisa, a investigação contou com a seguinte pergunta: Considerando que a arte, sobretudo, a música, comumente são utilizadas com o intuito de incluir e unir as pessoas, por acaso, a música de concerto, seus festivais e eventos, são capazes de promover a exclusão de indivíduos com deficiência? Como resultado, a pesquisa autobiográfica apontou, que sim, infelizmente a música de concerto e festivais dessa area, são capazes de excluir a todos que não se encaixam em seus padrões, incluindo as Pessoas com Deficiência (PcD), como é mostrado no presente relato que se apresentou nesse texto.

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Biografia do Autor

Giácomo de Carli da Silva, Universidade Feevale

Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Música. Possui graduação em Música: Licenciatura pela UERGS (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul). Também, foi bolsista do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência), onde desenvolveu aulas de teclado com alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cinco de Maio, no Bairro Cinco de Maio, em Montenegro - RS, bem como aulas de musicalização e prática de conjunto instrumental com sete turmas do ensino fundamental dessa mesma escola. Ao mesmo tempo que participou do PIBID, sob a orientação da Professora Pós Doutora Cristina Rolim Wolffenbüttel, participou do grupo de pesquisa, Educação Musical: Diferentes Tempos e Espaços, sob a orientação da mesma entre os anos de 2015 e de 2021. Paralela as atividades no meio artístico docente, é Técnico em Radiologia. Nesta área, desenvolveu dois estágios curriculares. Um no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) no setor de Radiologia e o outro, na Clínica Centro Eco em Novo Hamburgo/RS na área de Tomografia Computadorizada. Entre os anos de 2018 e 2019, cursou o curso técnico em flauta doce no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), onde foi orientado instrumentalmente pela professora Eliana vaz Huber, bem como administrava sua própria escola de música em Esteio, o Centro Cultural De Carli (www.centroculturaldecarli.com), atualmente sem funcionar. Em 2018, ministrou aulas de piano e teclado na Casa de Cultura Lufredina de Araújo Gaya em Esteio/RS/Brasil. Em 2019, ingressou no Curso de Bacharelado em História da Arte na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e no Curso de Especialização em Educação Musical na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) tendo esse último (especialização) o concluído no ano de 2021. Em 2021 também, parou a faculdade de História da Arte na UFRGS e iniciou a de Direito na mesma Instituição, em 2021. Nesse mesmo ano, Giácomo foi professor contratado do município de Estrela - RS, por seis meses tendo ministrado aulas de música do berçário ao 5 ano do ensino fundamental. Ainda em 2019, foi chamado e onde atuou como professor de música concursado até 2022 do município gaúcho de Estância Velha - RS, onde ministrava aulas de música para os anos iniciais do ensino fundamental (ensino regular) e para à Educação de Jovens e Adultos (EJA) - Ensino Fundamental. Bem como, através de contrato, pelo mesmo município, ministra aulas no currículo escolar (Arte/Música) dos anos finais do Ensino Fundamnetal. Em 2020, Giácomo, com o mesmo projeto de pesquisa tentou entrar para o mestrado em 4 (quatro) universidades públicas do estado do Rio Grande do Sul no Brasil e 1 (uma) universidade privada. Giácomo teve o seu projeto de pesquisa reprovado (mesmo expondo que tinha TDAH por meio de diagnóstico) em todas as universidades públicas em que prestou prova, porém, conseguiu a aprovação em 2 lugar pela única universidade privada/comunitária em que tentou prova para o mestrado em 2020, sendo contemplado com uma bolsa de estudos de 100 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). No Doutorado o mesmo aconteceu. Assim como fez no mestrado, apresentou seus diagnósticos (de TDAH e TEA, sendo esse último diagnosticado durante o curso de mestrado) e não obteve as adaptações necessárias para a realização das provas em 6 (seis) Programas de Pós-graduação nos estados do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, sendo alguns desses, os mesmos que não o aceitaram no mestrado. Na sua última tentativa, obteve aprovação no Doutorado em Diversidade Cultural e Inclusão Social na Universidade Feevale, onde também foi contemplado com bolsa de 100 da CAPES e posteriormente, uma bolsa de estudos do Carrefour, substituindo a bolsa de 100 da CAPES.

Publicado
2024-08-27