“LINGUAGEM NEUTRA”, “NÃO BINÁRIA”, “INCLUSIVA DE GÊNERO”, “NEOLINGUAGEM”

OBJETO POLIFÔNICO E CAMPO DE DISPUTA

  • Ursula Boreal Lopes Brevilheri Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Neolinguagem, Linguagem Neutra, Linguagem Não Binária, Teoria dos Campos, Sociologia Reflexiva

Resumo

Este estudo concentra-se na busca por compreensões sociológicas sobre a chamada “linguagem neutra” (ou “neolinguagem”, ou “linguagem não binária”, ou “linguagem inclusiva de gênero”, entre outras nomeações), caracterizando-a enquanto um objeto polifônico, isto é, atravessado por diferentes vozes e perspectivas de pessoas trans e não-binárias em seu processo de construção, e ao mesmo tempo enquanto um campo de disputa a partir do qual se travam embates entre diferentes posicionamentos sobre seu significado e objetivos. A partir das contribuições da sociologia reflexiva e da teoria dos campos, toma-se uma comunicação da deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) investigando a forma como se dispõe neste jogo de significados em busca da consolidação de sua posição e aquisição de capitais político e simbólico. Trata-se de um movimento inicial na busca pelo mapeamento dos diferentes posicionamentos dentro do escopo da neolinguagem no cenário da política brasileira no início da terceira década do século XXI.

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Publicado
2024-09-10