“Explorando as potências do meu corpo, eu fiz esse trabalho”
notas autoetnográficas sobre a agência de bixas negras.
Resumo
A autoetnografia enquanto metodologia central de uma pesquisa usualmente incorre em duas questões. A primeira surge a partir do afixo auto seguido da palavra “etnografia” que indica uma relação íntima entre autor e narrativa. Já a segunda, diz respeito a algo de ordem epistemológica, já que etnografia é uma maneira de construir conhecimento fundada no encontro com o Outro e sua forma de entender a realidade social. Portanto, esse trabalho busca refletir sobre as potências da autoetnografia em pesquisas que abordam narrativas marginalizadas, sobretudo, quando essas narrativas são feitas por corporeidades demarcadas pela raça e divergentes da hétero-cis-normatividade.