O filme Tatuagem e as novas Masculinidades:

entendendo o Cinema Queer como um espaço favorável de crítica

  • BRUNO AZZANI BRAGA PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Marco Antonio de Barros Junior
Palavras-chave: Queer; Cinema; Ditadura Militar; Opressão; LGNTQIAPN

Resumo

Entre diferentes perspectivas, oriundas de distintas situações, contextos
históricos e socioculturais, abre-se um leque de possibilidades de análises sob um
objeto cinematográfico. Nesta pesquisa, as lentes se viram para o filme Tatuagem
(2013), do diretor pernambucano Hilton Lacerda, reconhecido por retratar as
mazelas e as dores do Brasil em produções de sua autoria. Como pudemos
analisar, as décadas de 80 e 90 têm uma multiplicidade de narrativas
(MOGROVEJO, 2020, e MARCONI, 2021) que começam gradualmente sair dos
ciclos alterativos e ganham espaço nas veiculações do cotidiano, nesse momento
uma série de símbolos foram sendo tensionadas, uma delas a construção das
masculinidades e seu processo de formação enquanto ensinamentos para novas
gerações do que é ser “Homem”. O que se entende quanto cinema queer ou New
Cinema Queer foi e é um desses locais que possibilitam essas tensões e quando
analisamos o Brasil, obras como tatuagem (2013) conseguem sublimar a discussão
e nos questionar: como estamos construindo a masculinidade no Brasil? O pano de
fundo para a película são os anos derradeiros da Ditadura Militar, entre 1978 e
1979, que marca o fim do AI 5. Na trama, dois mundos se apresentam: de um lado,
um artista de uma trupe de teatro da capital, do outro, um soldado interiorano de 18
anos. Nesta pesquisa as autorias se debruçaram em entender esses efeitos das
masculinidades pela cartografia sentimental dessa película, os protagonistas à
primeira vista com pontos antitéticos, se misturam, se entrelaçam, encontram-se em
uma encruzilhada da vida com um anseio importante em comum: ser livre.

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Publicado
2024-08-27