A ÚLTIMA DITADURA EUROPEIA: AS ELEIÇÕES FRAUDULENTAS EM BELARUS E AS VIOLAÇÕES NOS DIREITOS HUMANOS DOS BIELORRUSSOS

Resumo

Bielorrússia (ou Belarus) é um país do leste europeu, com 9,5 milhões de habitantes, famoso por suas tecnologias de informação, pelos canais de gás e petróleo russo-europeus e por seu governo antidemocrático e regimes de censura. Aleksandr Lukashenko, ditador do país desde 1994, vem mantendo-se no poder coercitivamente com “eleições” periódicas tidas como explicitamente fraudulentas – ao que se pôde observar, nas eleições de 2020 em que Lukashenko se “reelegeu” com 81% dos votos, quando todos os seus concorrentes ao cargo foram presos ou exportados, além de um vídeo flagrar a fiscal, após um dia de votações, fugindo da sala eleitoral pela janela e carregando a urna eletrônica consigo. Frente a tantas mentiras e imposições, a população bielorrussa está, desde maio de 2020, saindo às ruas em diversas localidades do país, protestando tanto por uma transparência nas eleições quanto pela própria renúncia de Aleksandr Lukashenko, que rege o território em autarquia, uma vez que este é o chefe do Executivo, Legislativo e Judiciário bielorrussos. Os protestantes, então, vêm sendo violentamente reprimidos pela polícia local, que gerou cinco mortes só nos três primeiros dias de manifestação; até setembro, 7 mil pessoas tornaram-se presos políticos e 450 manifestantes alegavam graves ferimentos. Na prisão e em outros lugares desconhecidos onde aqueles que foram sequestrados eram levados, as vítimas relataram tortura, estupro e espancamento pelos policiais. Diante de tanto abuso, os países da União Europeia ameaçam sanções, mas Belarus ainda possui amplo apoio de Vladimir Putin, presidente da Rússia.