EVIDÊNCIAS ATUAIS SOBRE O CLAREAMENTO DENTAL EM FUMANTES
Resumo
Frente à busca por procedimentos estéticos odontológicos, ótimos resultados podem ser alcançados com o clareamento nos casos de alterações cromáticas intrínsecas da estrutura dental. Entretanto, um dos importantes fatores de alteração extrínseca de cor é o tabagismo. A longevidade do clareamento em pacientes tabagistas é questionada, assim como sua indicação. Nesse contexto, esse trabalho objetiva apresentar evidências atuais acerca do clareamento dental em pacientes fumantes, a partir de uma revisão de literatura. Foi realizado um levantamento bibliográfico dos estudos publicados nos últimos 5 anos, através das bases de dados Pubmed, Scielo e Google Acadêmico encontrando-se 5 estudos clínicos. Dois estudos apontaram que durante o procedimento clareador e após um mês, não houve influência do fumo no seu efeito. Os demais observaram ligeira alteração de cor após 1 mês do clareamento, manutenção após 1 ano e após 30 meses de avaliação. Nesse último caso, foi importante a profilaxia prévia à medição de cor em razão do componente extrínseco da alteração. Relatou-se também que a ação clareadora ocorre tanto no tratamento clareador caseiro quanto no de consultório, independente se o paciente é fumante. Em relação à genotoxicidade do clareamento, 2 estudos relataram ausência de alterações genéticas em tecidos moles quando usado peróxidos em fumantes. Conclui-se que o tratamento clareador é seguro em pacientes fumantes com efetividade nas técnicas caseira e de consultório. Sendo recomendadas consultas mais frequentes ao dentista para profilaxia, visando a manutenção de cor pela remoção da pigmentação extrínseca causada pelo tabaco.