UNIÃO EUROPEIA: O MAIOR MODELO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
Resumo
Da preocupação em reconstruir as economias destruídas pela Segunda Guerra Mundial e impedir o recrudescimento de rivalidades e tensões no território europeu, surgiram ideias integracionistas por todo o continente. Por meio da metodologia indutiva, visa o presente trabalho descrever o processo de formação da União Europeia (UE). A primeira tentativa de integração regional deu-se pela instituição da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1951), a qual surgiu como forma de substituir as seculares rivalidades entre seus países componentes, por meio da fusão de interesses essenciais. Em 25 de março de 1957, devido ao sucesso da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, foram assinados os Tratados criadores da Comunidade Econômica Europeia e a Comunidade Europeia de Energia Atômica. Em 1986 assinou-se o Ato Único Europeu, responsável pela modificação das estruturas comunitárias já existentes e aprofundamento das políticas comuns, que deixaram de ser exclusivamente econômicas. A União Europeia possui raízes fortemente ligadas ao Ato Único Europeu e, principalmente, aos Tratados de Maastricht (1993), Amsterdã (1993) e Nice (2003), principais diplomas responsáveis pela crescente união econômica e monetária do bloco, abrangendo inclusive elementos políticos, por meio da implementação de programas de uniformização da política externa e de táticas de defesa. Em 2007 foi assinado o Tratado de Lisboa, o qual levou a integração a outros níveis: a UE ganhou personalidade jurídica própria, podendo assim, assinar Tratados Internacionais e ocupar a posição de maior modelo de integração regional do mundo.