RESTRIÇÃO NAS LIBERDADES INDIVIDUAIS DAS MULHERES AFEGÃS SOB O COMANDO DO TALIBÃ

  • Laís Gobbo Bandera Universidade Estadual de Londrina
  • Luiz Fernando Leão Netto Universidade Estadual de Londrina
  • Marcia Teshima Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Direitos Humanos, Mulheres afegãs, Talibã

Resumo

A crise humanitária decorrente do conflito no Afeganistão perdura por décadas, e a recente retirada de tropas por parte dos Estados Unidos da América implicou na mudança totalitária no regime governamental do país, com o secular grupo extremista Talibã retomando o poder nacional. O presente estudo tem por finalidade abordar os efeitos sociais, sobretudo correlacionados à restrição dos Direitos Humanos das mulheres, ocasionados pela ascensão do Talibã. Através do método qualitativo, este tratará sobre a repentina restrição ao acesso às liberdades individuais pelas mulheres afegãs e como a retomada do governo pelo grupo extremista impacta diretamente na sociedade feminina do país. A datar de 2001, quando os EUA, após anos de conflito, estabeleceram um novo governo civil no Afeganistão, foram conferidos às mulheres direitos outrora inexistentes - como à educação, ao emprego e à liberdade - visto que, anteriormente, esses eram reiteradamente violados pelo Talibã por meio de severas repressões. No entanto, no atual cenário político do país, a figura feminina, e seus direitos fundamentais, encontram-se novamente ameaçados pelo grupo extremista – que implementaram regras que restringem as liberdades individuais das mulheres. Os fatos são evidenciados quando se vislumbra na mídia notícias de que atletas femininas, por exemplo, necessitam se esconder, ou até mesmo abandonar sua pátria, devido à perseguição manifesta. Diante disso, verifica-se o iminente retrocesso e violação dos Direitos Humanos das mulheres afegãs em virtude da perseguição de tal grupo social pelo Talibã.

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Publicado
2021-12-20