A INSERÇÃO DO ESTUDANTE DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO TRABALHO BUROCRÁTICO DA UNIVERSIDADE

Resumo

A inserção do estudante de ciências sociais no Estágio, dentro da Universidade Estadual de Londrina, alocado no Colegiado de Ciências Sociais e Revista Mediações, deve ser encarado como uma inserção no campo burocrático, significando o desenvolvimento de atividades que conseguem interconectar o exercício crítico do cientista social, à burocracia estatal necessária para o bom regimento da universidade. Dessa forma, este trabalho busca debater o formato de inserção do cientista social, bem como as transformações que o sujeito emprega no campo laboral, compreendendo que, ainda que apartados é possível desenvolver  vocação burocrática acrescida do pensamento crítico, proporcionado pelas inserções das ciências sociais. Compreendendo nosso objetivo de investigação, afirma-se que nos baseamos em uma metodologia ativa, a partir da inserção diária no campo, sendo este justamente o trabalho. Portanto, compreende-se que o pesquisador acumula uma dupla função: o de objeto e pesquisador. Por fim, afirma-se que a oportunidade de estágio dentro da Universidade, significa um processo de dupla mudança. Ao passo que o trabalho altera o processo epistemológico de entendimento de apropriação do indivíduo, ele também é alterado pelo exercício do sujeito, estudante, que incrementa o processo de apropriação do campo burocrático, ao campo crítico. Em suma, conclui-se que o estudante de ciências sociais que ocupa a posição de estagiário necessariamente passa por um processo de profunda apropriação dos processos burocráticos, tornando-se um ator da burocracia. Entretanto, por consequência, altera o espaço laboral inserindo a perspectiva crítica aos processos e, portanto, redefinindo seu espaço de trabalho direto com um espírito crítico.