GRUPO DE ESTUDOS: ARTE, NEUROESTÉTICA E MECANISMOS CEREBRAIS DA CRIATIVIDADE
Resumo
Considerando a arte uma manifestação que se faz presente em toda história da humanidade, desempenhando papel essencial para a percepção do mundo e tendo por consequência sua transformação, o grupo de estudo em arte, neuroestética e mecanismos cerebrais da criatividade teve por objetivo a compreensão das relações entre arte, cérebro e criatividade. Para tanto, estudou-se a percepção da obra de arte segundo teorias da neurociência cognitiva, analisando seu impacto no processo de cognição e consequentemente no desenvolvimento da criatividade. Reuniões para leituras e discussões do tema ocorreram via Google Meet, discutindo arte e sua percepção, bem como a influência da experiência estética associada à criação e apreciação da arte na ativação de determinados processos e regiões encefálicas. Ao término dos estudos verificou-se que durante análise e apreciação de obras de arte, algumas áreas dos lobos occipital e frontal são ativadas, cada qual apresentando uma participação específica no processamento de diferentes tipos de informações. O primeiro relaciona-se aos diferentes aspectos visuais, como forma, cor e profundidade, enquanto no lobo frontal, especialmente na área pré-frontal, verificou-se ativação especial das regiões orbito frontal e dorsolateral, sabidamente envolvidas com o pensamento lógico e abstrato. Além disso, compreende-se que os processos de criação envolvem ambos os hemisférios cerebrais, também influenciando de maneira importante determinadas áreas subcorticais responsáveis por funções de maior complexidade, tais como memória e emoção. Ao término das atividades pode-se inferir que a apreciação de obras de arte amplia a capacidade de criação, bem como as relações afetivas e cognitivas das experiencias estéticas.