ESCOLA TAMBÉM É LUGAR DE APRENDER A LER E ESCREVER

Resumo

Partimos do entendimento da música como linguagem e, portanto, composta por um complexo sistema cultural que envolve códigos e estruturas que permitem, em maior ou menor grau, que sejam socialmente compartilhados em um contexto específico. A partir da nossa inserção na escola pública Hugo Simas, localizada na cidade Londrina/PR, como bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, constamos a insuficiência ou até mesmo a ausência de trabalhos envolvendo a leitura e escrita musicais nas aulas. Diante disso, problematizamos a seguinte questão: como é possível trabalhar com os códigos de leitura e escrita musicais em sala de aula, de modo a forjar situações práticas e criativas de música? Para tanto, elencamos dois objetivos de aprendizagem: 1) desenvolver percepção e consciência rítmica; 2) compreender os símbolos da partitura, com ênfase nos aspectos rítmicos. As atividades ocorreram com o 1º ano do Ensino Médio em dois momentos. No primeiro momento, realizamos atividades práticas por meio de diferentes instrumentos musicais. Já no segundo, foram introduzidas figuras rítmicas, com intuito dos estudantes associarem os sons produzidos aos elementos gráficos. Mesmo com o trabalho ainda em andamento, é possível constatar a importância do trabalho com a leitura e escrita musical no contexto educacional, sobretudo de modo a priorizar o fazer musical criativo. As ações que envolvem aspectos da leitura e escrutas da música, não devem ser mecânicas, estereotipadas, mas, sim, pautadas em práticas criativas e sempre relacionadas ao discurso musical como um todo.