O PALHAÇO COMO INSTRUMENTO DE ENFRENTAMENTO À HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
INTRODUÇÃO: A infância é o período em que a criança é estimulada todo momento a desenvolver processos cognitivos, físicos e a estabelecer relações sociais no meio em que é inserida. Contudo, muitas delas estão sujeitas à necessidade de uma hospitalização precoce que ocorre durante a fase em que se encontram vulneráveis à fatores estressores devido às mudanças relacionadas ao ambiente e a sua nova condição de saúde. Diferente da idade adulta, na infância são poucos os mecanismos de enfrentamento conhecidos, portanto, faz-se necessário buscar novas estratégias que possam auxiliá-la neste processo. OBJETIVO: Relatar os resultados do uso da linguagem artística do palhaço como estratégia para amenização dos fatores estressores causados pela hospitalização infantil. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência a partir das vivências de discentes colaboradores do projeto de extensão Sensibilizarte na frente de atuação do palhaço durante ações realizadas em uma unidade de internação pediátrica. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Durante nossas ações as crianças são sempre questionadas se querem nos receber, permitindo que ela escolha brincar ou não. Damos a oportunidade de uma sensação de controle que lhe foi retirado, já que durante a internação é submetida à diversos procedimentos sem possibilidade de escolha. O fato de dar a ela uma opção faz a diferença, já que muitas vezes é o único “não” que ela poderá dizer naquele dia. O palhaço busca nela o que há de bom e a faz se tornar o centro da ação dando oportunidades de fazer escolhas, de acordo com as ferramentas disponíveis e cedidas à nós. O palhaço tira a lógica do hospital e traz novamente à tona lógica da criança. Percebe-se que elas são mais beneficiadas com brincadeiras e ações expressivas que estimulam seus sentidos além da interação, comunicação e estabelecimento de relações com os colaboradores caracterizados como palhaços. CONCLUSÃO: Observou-se que as intervenções podem proporcionar aos pacientes benefícios emocionais, sociais, cognitivos e psicológicos através das atividades e intervenções lúdicas que permitam levá-los temporariamente para fora do quarto de hospital, proporcionando a elas a oportunidade de um mecanismo de enfrentamento frente à sua hospitalização.