O SEGUIMENTO DO BEBÊ EGRESSO DA UNIDADE NEONATAL NA ATENÇÃO BÁSICA: INTERFACES COM O MÉTODO CANGURU

  • Luana Cláudia dos Passos Aires
  • Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos
  • Roberta Costa
Palavras-chave: Cuidado da Criança, Atenção Primária à Saúde, Método canguru, Prematuro

Resumo

INTRODUÇÃO: O Método Canguru (MC) é uma Política Pública de Saúde que propõe um novo modelo de assistência perinatal. A atual proposta do Ministério da Saúde preconiza que o acompanhamento da criança na terceira etapa do método seja realizado em parceria com as equipes da Atenção Básica (AB) (BRASIL, 2013). OBJETIVO: Identificar como ocorre o seguimento do bebê pré-termo e/ou de baixo peso egresso da Unidade Neonatal na Atenção Básica, sob a ótica dos profissionais de saúde. METODOLOGIA: Estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com profissionais de saúde da AB do município de Joinville – SC. Utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo do tipo categorial temática proposta por Bardin. O projeto atendeu a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob o número de parecer consubstanciado 767.502, de 27 de agosto de 2014. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Participaram do estudo 31 profissionais da AB, sendo estes 14 enfermeiros, nove médicos e oito técnicos de enfermagem. Os profissionais identificaram que o processo de referência e contrarreferência ocorre de maneira tímida, sem o adequado registros sobre as condutas e encaminhamentos realizados durante o atendimento à criança, além da sub utilização da Caderneta de Saúde da Criança, tornando o atendimento a estes bebês vulnerável. No que tange o atendimento ao bebê pré-termo, seu cuidado ainda é permeado por dúvidas e incertezas por parte dos profissionais de saúde. Quanto à realização do MC na AB, identificou-se pouco conhecimento por parte dos profissionais de saúde sobre a temática. A visita hospitalar e domiciliar mostraram–se como importante estratégia para estreitar as relações entre os profissionais de saúde e a família, garantindo a integralidade do cuidado e favorecendo o vínculo com a comunidade. CONCLUSÕES: É necessário fortalecer o modelo de comunicação interinstitucional, garantindo um atendimento integral e humanizado destas crianças e suas famílias, bem como estabelecimento e protocolos de fluxo de referência/contrarreferência adequado e que inclua todos os serviços de saúde, seja de caráter público ou privado. O sucesso do MC no domicílio dependerá do suporte for­necido pela equipe de saúde.

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Publicado
2018-05-27
Seção
Artigos