Simpósio Gênero e Políticas Públicas
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<p>Simpósio Gênero e Políticas Públicas tem como objetivo aprofundar o debate sobre a incorporação da perspectiva de gênero nas políticas públicas nacionais, regionais e locais, bem como sobre as consequências sociais desta articulação, seus avanços e retrocessos. Para tanto, o simpósio promove o intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e profissionais que atuam na área de estudos de gênero e políticas públicas, em diferentes campos teóricos e disciplinares, além de difundir as pesquisas realizadas sobre essas temáticas.<br><strong>SSN: 2177-8248</strong></p>uelpt-BRSimpósio Gênero e Políticas Públicas2177-8248Apresentação
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Carla AlmeidaLina Penati FerreiraMartha Ramírez-GálvezRenata Gonçalves dos SantosSilvana Mariano
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2021-01-192021-01-1961210.5433/SGPP.2020v6.p1Dos navios negreiros aos porões da democracia
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/987
<p>O presente trabalho trata-se do resultado parcial da dissertação com idêntico título defendida no ano de 2016 no Programa Interdisciplinar Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo- UFBA; onde analisou-se o olhar das mulheres negras sobre a agenda de políticas públicas nacional desde Salvador- BA e Belo Horizonte- MG. Nesse caso específico trata-se de compreender a luz da história da organização do movimento de mulheres negras no Brasil o conceito de participação social, e de que forma essa mulheres têm se apropriado ao longo dessa história dos lugares de debate e centralidade política; mais precisamente das conferências nacionais e políticas públicas. Para isso privilegiou-se o olhar das mulheres negras envolvidas nesse processo de participação política das conferências, e seus diálogos com as autoras brasileiras dos feminismos negros, a saber, Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez, Matilde Ribeiro entre outras; para tencionar a teoria produzida sobre articipação social a partir da ciência política. Com isso o que pretende-se evidenciar tendo como eixo central os feminismos negros como são os embates produzidos no interior dos movimentos de mulheres envolvidos nesses processos políticos, quando interseccionados marcadores sociais da diferença como raça, classe e sexualidade.</p>Dayane Nayara Conceição de Assis
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2021-01-202021-01-20632110.5433/SGPP.2020v6.p3Conhecendo as trajetórias das intelectuais negras Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/988
<p>As mulheres negras permanecem a imensa maioria a ocupar a base da pirâmide social brasileira. Esta comunicação é fruto de um projeto de Iniciação Científica em curso, que tem por objetivo examinar a mobilidade social das mulheres negras, a partir da análise da trajetória de 04 (quatro) intelectuais negras brasileiras que, de forma distinta, contribuíram e/ou contribuem para o debate sobre a condição da mulher negra no Brasil. São elas: Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro.</p>Ana Paula PiresRenata Gonçalves
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2021-01-202021-01-206224010.5433/SGPP.2020v6.p22Entrega voluntária em adoção sob a perspectiva de cor/raça
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/989
<p>O presente artigo propõe uma discussão sobre as questões que, historicamente, levam as mulheres a realizarem a entrega voluntária do/a filho/a em adoção; o trabalho realizado no âmbito do judiciário e das políticas sociais, no sentido da oferta e garantia de direitos na história do Brasil; como as relações étnico-raciais interferem nesse fenômeno; como os/as profissionais apreendem essa questão no âmbito do trabalho realizado na Vara da Infância e Juventude no Foro Regional II Santo Amaro em São Paulo; bem como a análise dos dados referentes aos atendimentos realizados durante 2018, 2019 e durante a pandemia de COVID- 19 no ano de 2020.</p>Ana Lucia Oliveira RamosRenata Gonçalves
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2021-01-202021-01-206416110.5433/SGPP.2020v6.p41"Também vou falar da minha história":
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/990
<p>A Unidade de Acolhimento Lélia Gonzalez é um equipamento da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Niterói que recebe mulheres e famílias em situação de rua, em sua maioria negra. Este texto pretende fazer um relato de experiência da construção de atividades sobre feminismo e negritude propostas por e para acolhidas. No acolhimento, o fazer do psicólogo, tão disposto a escutar sem dar caminhos prontos, se confronta com a necessidade de tomar atitudes que respondem ao ritmo e às regras institucionais, sem necessariamente considerar o sujeito. Frente a essa dificuldade, como construir uma prática? A partir de demandas trazidas por uma acolhida, abriu-se um espaço, em forma de rodas de conversa e oficinas, para que as próprias acolhidas trouxessem seus interesses e histórias. Os encontros têm adesão das acolhidas, que seguem trazendo propostas de temas. Quanto a prática psi, segue sendo tecida no possível da política pública.</p>Clara Santos Henriques de Araújo
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2021-01-202021-01-206627110.5433/SGPP.2020v6.p62História de vida de uma mulher negra cientista:
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/991
<p>Tendo em vista que as mulheres negras enfrentam anos de opressão, investigou-se sobre os elementos que provocam a resistência e/ou violência na trajetória dessas mulheres, a fim de compreender como uma mulher é (re)articulada no ambiente acadêmico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. É desta óptica que buscamos registrar e analisar a trajetória formativa de Sonia: mulher negra pesquisadora. Este registro-analise é guiado pela perspectiva teórico-metodológica das heteroautobiografias, que compreende o próprio processo narrativo e interpretativo como indissociáveis, espaço de fala e escuta como já produções analítico-sistemático de sentidos. Diante disso, verificou-se que os elementos que ora fortalecem a possibilidade de ser mulher negra pesquisadora, ora enfraquecem essa possibilidade, já que não se encontram dissociados. Os elementos de exclusões e inclusões rearticulados, fizeram com que ela se tornasse forte e ocupasse o espaço que lhe é excludente, desmitificando assim o mito da meritocracia.</p>Vanessa Rocha JustinoAlexandre Luiz PolizelGustavo Pricinotto
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2021-01-202021-01-206729210.5433/SGPP.2020v6.p72Empoderamento, beleza e capitalismo:
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/992
<p>O presente trabalho tem como intuito propor reflexões acerca das teorias e práticas feministas que, ao serem cooptadas pela ideologia capitalista neoliberal, passam por um processo de despolitização, abandonando o caráter político e social do movimento feminista em função de uma identidade individual e subjetiva. Um feminismo acrítico. Com base em pesquisas bibliográficas e dados econômicos sobre a população brasileira, esse trabalho utiliza a interseccionalidade como ferramenta de análise para compreender as estruturas de gênero, raça e classe dentro de um discurso liberal que se apropria deliberadamente do conceito de empoderamento em virtude da obtenção de lucro, do mesmo modo como se propõe a refletir sobre as características imperialistas e que visam à colonização do pensamento para atender a uma agenda patriarcal de supremacia branca. O trabalho é, portanto, uma análise interseccional e decolonial que propõe uma radical ruptura com os preceitos mercadológicos ao reconhecer a necessidade de se reestabelecer a politização e conscientização do movimento feminista.</p>Breenda Karolainy Penha Siqueira
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2021-01-202021-01-2069310710.5433/SGPP.2020v6.p93Lélia Gonzalez e a articulação de gênero, raça e classe
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<p>Nesta comunicação, apresentarei uma das maiores intelectuais que o Brasil já teve Lélia Gonzalez, mulher, feminista, negra. Em 2018, a União dos Coletivos Pan-Africanistas (UCPA), reuniu cuidadosamente a maioria dos textos da autora no livro <em>Lélia Gonzalez: primavera para as rosas negras </em>e, finalmente, o grande público brasileiro, em especial feministas e ativistas do movimento negro, começa a ter contato com a autora, que recupera termos “embolados” da psicanálise freudiana e lacaniana, do diálogo com Althusser, das críticas ao pensamento social (racista) brasileiro e dos embates com o movimento feminista, com reivindicações que escamoteiam a dominação e a exploração presentes na relação entre mulheres brancas e negras no Brasil.</p>Renata Gonçalves
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2021-01-202021-01-20610812210.5433/SGPP.2020v6.p108Mulheres negras protagonistas
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/994
<p>As compreensões em torno da definição de classes sociais são largamente discutidas e geram múltiplas definições, desde as mais simplificadas até as mais complexas. O que fica claro quando se trata de classes sociais refere-se ao entendimento de indivíduos ocupando lugares distintos em uma sociedade e em decorrência de tal fato a dominação de uns em relação ao outros. No contexto brasileiro existe um fator determinante que intensifica a exploração e a dominação de classes, pautado na desigualdade racial, este fato permite o pagamento de salários inferiores aos convencionais, desempenhando funções desvalorizadas na sociedade. Tomando como base a situação posta, surge a necessidade dos movimentos sociais, que podem ser compreendidos como a ação coletiva de um grupo organizado tendo como objetivo conquistar mudanças sociais. No tocante as mulheres negras o reconhecimento enquanto classe social foi fundamental para sua mobilização enquanto movimento social.</p>Ana Paula Gil Rodrigues
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2021-01-202021-01-20612314510.5433/SGPP.2020v6.p123O ambiente escolar e a divisão sexual nas ciências exatas:
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/995
<p>O presente trabalho tem como objetivo relatar e discutir acerca de experiências relacionadas ao projeto de extensão “ELAS na UTFPR-CP”, uma iniciativa de docentes e estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Cornélio Procópio, realizada de outubro de 2017 a setembro de 2018, que visava colocar estudantes de escolas públicas de Cornélio Procópio em contato com temas, profissionais e estudantes da área de ciências exatas, tecnologia e engenharia, com intuito de promover o debate sobre a sub-representatividade feminina nestas áreas, além da compreensão de que mulheres podem ingressar em diferentes carreiras e empoderamento por meio da representatividade feminina e debates sobre gênero. O desenvolvimento do projeto propiciou vivências e enfrentamentos os quais evidenciaram o quão é urgente a discussão acerca da reprodução e projeção de estereótipos e expectativas de gênero no âmbito escolar.</p>Daniele Costa Silva
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2021-01-202021-01-20614615710.5433/SGPP.2020v6.p146A Experiência do ensino de filosofia feminista com uma perspectiva decolonial na educação popular em Florianópolis (SC)
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/996
<p>O objetivo da presente proposta é apresentar a experiência de educação popular no âmbito do Projeto Educação Comunitário INTEGRAR, fundado em 2011 em Florianópolis, uma iniciativa de professoras(os) voluntários reunidos com o propósito de uma educação consciente, crítica e cidadã junto a populações de periferia. O objetivo é uma prática de ensino de filosofia que introduz conceitos filosóficos também abordados por filósofas, dentro do programa das aulas na grade geral de ensino do projeto. A finalidade é dar visibilidade a filósofas e suas teorias, bem como analisar e recontar através de uma gramática filosófica (IRIGARAY, 2017;2018). Dentro de uma perspectiva decolonial (SPIVAK, 2010) que existe a possibilidade de discutir nossa colonialidade a partir de uma epistemologia feminista que está sempre em construção. Nesse caminho, o objetivo das aulas tem sido dialogar e refletir a partir de um pensamento com perspectiva de gênero construído a partir da leitura crítica de autores e temas considerados clássicos, apresentando autoras que igualmente abordam as diferentes temáticas, o que traz à sala de aula diferentes compreensões de mundo, uma vez que as contribuições das mulheres sempre estiveram presentes na história da humanidade, mas essa história sempre foi contada e escrita com uma visão da história hegemônica. Com isso a mulher e sua imagem foi castrada no período histórico, sem ter a chance de mostrar suas habilidades. Na perspectiva Freiriana (Freire,1987), a experiência aponta rumos a partir da metodologia de trocas de saberes com o(a)s estudantes. Com isso podemos contribuir para a construção de um pensamento e uma epistemologia rumo a autonomia e emancipação das mulheres.</p>Jeane Adre Rinque
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2021-01-202021-01-20615817010.5433/SGPP.2020v6.p158Discursos de alunos e alunas da educação básica quanto a gênero, ciência e fecundação humana
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/997
<p>Análises de gênero na ciência evidenciam conhecimentos androcêntricos, que excluem e inferiorizam as mulheres, como no conteúdo de fecundação humana. No ensino de Ciências e Biologia discriminações de gênero podem ser reafirmadas. O objetivo da pesquisa é analisar o discurso de alunos/as da Educação Básica, ao representarem o processo de fecundação humana. A pesquisa é qualitativa, os dados provêm da investigação de Santos e Heerdt (2019), por meio da construção e aplicação de uma Unidade Didática (UD). A análise de discurso foi empregada, utilizando as epistemologias feministas para inferir seus significados. Os/as alunos/as visibilizam em seus discursos o processo de forma equânime, destacando ambos os gametas, citando aspectos de pesquisas recentes e contribuições do organismo feminino, discutidas durante a UD, porém recaem em estereótipos, ao representar a fecundação como casamento. Os discursos são controversos, no entanto, a possibilidade de transgredir aos conhecimentos impostos como verdade e criticados pelas epistemologias feministas aparecem nos discursos.</p>Andréa do Carmo Bruel de OliveiraAna Paula Oliveira dos SantosBettina Heerdt
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2021-01-202021-01-20617118810.5433/SGPP.2020v6.p171Documentando Marie Curie:
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/998
<p>O presente manuscrito busca possíveis formas de trazer a cena o feminino enquanto agência formativa, visível e representada nos cursos de Licenciatura em Química, analisando quais os efeitos afetivos e de potencialidade podem ser mobilizados pela exibição de um documentário sobre a trajetória de Marie Curie na formação de professoras e professores do curso em questão. Para tal, utilizou-se um questionário semiestruturado contendo questões abertas e dissertativas, com o intuito de buscar registros de afetos, potencialidades e narrativas agenciadas pela história de vida de Marie Curie, os quais foram analisados a partir de uma análise narrativa guiada por conceituações Latourianas, evidenciando-se três pontos de afetação-potencialidade a partir deste recurso metodológico: a) A reflexão acerca do espaço do homem e das masculinidades nas ciências; b) As percepções do espaço feminino entre os interditos e reconhecimentos; e c) O feminino como catalizador das identificações. Eixos estes que organizam este manuscrito.</p>Ana Carolina HyrycenaSara Silva Soares
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2021-01-202021-01-20618920310.5433/SGPP.2020v6.p189Eros e as mulheres nas educações para a ciência no Antropoceno
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/999
<p>Este texto trata a respeito das urgências de pensar a “Agonia de Eros” nas educações frente à problemática do Antropoceno, era em que a humanidade se torna uma força geológica, capaz de alterar ciclos biogeoquímicos, e consequentemente, de erosão do outro. Eros serve como metáfora para pensar a possibilidade de uma experiência do outro em sua alteridade. Para tal movimentação três eixos são abordados: a) Eros como modo de repensar as educações para ciência na contemporaneidade; b) a magia e o animismo como pulsos eróticos na disputa das educações para ciência; e c) o conhecimento de técnicas, práticas e políticas realizadas por mulheres como formas de resistir a agonia de Eros, ou seja, a narcisificação do si. Como resultados, mostra-se o cuidado com a natureza, com o outro, por meio da força do feminino, do coletivo, contribuindo para refletir nas educações para a ciência na era do Antropoceno.</p>Bruna Adriane FaryAngela Marta Pereira das Dores Savioli
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2021-01-202021-01-20620421610.5433/SGPP.2020v6.p204Formação de professores, Saberes Docentes e questões de Gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1000
<p>A importância das discussões de Gênero no Ensino e formação de professores(as) de Ciências é evidenciada na literatura. Essa pesquisa buscou dissertações e teses do Programas de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da UEL que discutissem Gênero e Formação Docente. Os trabalhos encontrados e analisados nesta pesquisa evidenciam que embora sejam poucos trabalhos na formação de professores(as) que abordem a inserção do Gênero no ambiente escolar, porém o programa apresenta dissertações e teses com propostas de abordagens e sequências didáticas que contribuam na inserção da temática Gênero no cotidiano escolar. Acreditamos que por meio da formação docente é possível proporcionar um ensino mais equânime e fornecer mais recursos e discussões para que docentes se sensibilizem com as questões de gênero presentes em sala de aula e propaguem uma Ciência mais equânime.</p>Marina Donegá NevesAmanda Oliveira ProençaMariana Fontana
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2021-01-202021-01-20621723310.5433/SGPP.2020v6.p217Mulheres rurais e suas (re)existências
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1001
<p>O presente trabalho aborda questões referentes às mulheres rurais, fundamentalmente às mulheres do Movimento Sem Terra (MST), cujo objetivo é discutir teoricamente as ações delas na organização interna do movimento e o papel que desempenham na reforma agrária, na conquista da terra e na elaboração, execução e qualificação de políticas públicas e projetos que beneficiem seus territórios. Além disso, o texto traz uma breve análise de projetos já executados, em execução e futuros, desenvolvidos pelas mulheres rurais do assentamento Eli Vive I, localizado na região norte do estado do Paraná, no distrito de Lerroville, pertencente ao município de Londrina-PR. Como resultados observou-se o quão importante são as atividades desenvolvidas pelas mulheres nos movimentos sociais rurais: são elas as principais agentes promotoras da reforma agrária na atualidade, enfrentando desafios, lutando pelo que acreditam e, principalmente, derrubando barreiras, minimizando os efeitos das desigualdades e superando preconceitos contra ‘o ser mulher, contra o ser mulher rural e mulher assentada’.</p>Ana Paula Rodrigues dos SantosLarissa Cristina Figueiredo RamiroFernando Veronezzi
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2021-01-202021-01-20623425310.5433/SGPP.2020v6.p234O feminismo na prática das mulheres agricultoras
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1002
<p>As mulheres camponesas no ocidente, não alcançadas por produções teóricas e acadêmicas urbanas e invisibilizadas por uma produção neoliberal de um feminismo hegemônico, vêm resistindo através de uma ação prática do feminismo em seu cotidiano. Agricultoras independentes ou pertencentes a movimentos sociais de luta pela terra, remodelam suas relações com a terra, com a coletividade e com a natureza, subvertendo relações patriarcais. Esse trabalho objetiva refletir sobre as microrrevoluções realizadas por mulheres neste contexto, através da análise da entrevista de uma mulher camponesa integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, a fim de compreender como se dá a prática de luta destas mulheres e contribuir com os saberes sobre os feminismos das mulheres camponesas, com o intuíto de visibiliza-las. As reflexões partem da perspectiva teórica de Félix Guattari e Suely Rolnik no livro <em>Micropolítica: Cartografias do Desejo </em>e do feminismo comunitário, proposto por Lorena Cabnal em <em>Feminismos diversos: el feminismo comunitario.</em></p>Paula Eduarda Carloto PeraltaAmanda Vieira TeodoroRuth Tainá Aparecida Piveta
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2021-01-202021-01-20625427310.5433/SGPP.2020v6.p254Feminismos, Feministas e os Protagonismos das Mulheres na Política
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1003
<p>Os movimentos feministas nesta última década protagonizaram um conjunto de ações que mobilizaram um considerável número de mulheres e homens nas ruas e praças em todas as capitais brasileiras para protestar contra as relações patriarcais, contra as relações desiguais e de classe e contra os machismos impregnados nas relações sociais que tem contribuído para interditar a participação política das mulheres e sua maior inserção nos mercados de trabalho. Os exemplos mais significativos dessas mobilizações foram as ações contrárias a Reforma da Previdência quando os movimentos feministas se juntaram para protestar contra o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff nas celebrações do 8 de março (2016, 2017). Outro exemplo significativo e marcante nesta década foram os atos pelo ELE NÃO!, em 2018, que tiveram como propósito interditar o avanço da extrema direita e barrar a eleição de Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil. As articulações dos movimentos feministas denotam as resistências deste movimento e sua linha de condução política em mostrar as contradições da sociedade frente aos conservadorismos que se instaurou no Brasil após o golpe de 2016. Nesta comunicação apresentamos ações desenvolvidas pelos movimentos feministas do Maranhão que traduzem a vitalidade deste movimento e sua renovação com articulações que envolvem mulheres do campo da cidade, mulheres negras e indígenas, trazendo pautas que renovaram as ações deste movimento em diferentes contextos.</p>Maria Mary Ferreira
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2021-01-202021-01-20627428810.5433/SGPP.2020v6.p274Mulheres, Autonomia e Participação Coletiva
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1004
<p>Esse trabalho tem por objetivo analisar o processo de construção da autonomia de lideranças comunitárias e refletir sobre como articulam alternativas e possibilidades de desenvolvimento do trabalho produtivo, o qual se traduz em autonomia e posições que demarcam posturas de empoderamento. Participaram da pesquisa 14 mulheres trabalhadoras da Cooperativa COOPVILA, de fabricação de móveis de madeira reciclável, que atuam na comunidade da Vila Maranhão. No que se refere à metodologia, os aspectos pesquisados puderam ser obtidos através de diário de campo (DC), inventário sociodemográfico (ISD) e entrevistas semiestruturas (ESE). Os resultados finais apontaram para uma veemente interação entre as mulheres através do trabalho colaborativo e com autonomia, além do enfrentamento de preconceitos e formas de interdição que dificultaram o desenvolvimento do trabalho.</p>Neuzeli Maria de Almeida PintoMaria Mary Ferreira
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2021-01-202021-01-20628930910.5433/SGPP.2020v6.p289Tempo de plantar, de colher, de lutar e de resistir
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1005
<p>A Marcha das Margaridas se constituiu em uma das maiores mobilizações ocorridas no Brasil nos últimos anos. Uma estratégia de mobilização das trabalhadoras rurais em parceira com movimentos feministas rurais e urbanos que reivindicam do Estado direitos sociais, políticos, econômicos, ambientais e culturais. Previdência, democracia, agroecologia, água, terra, território e o combate a violência são algumas das pautas apresentadas ao Estado. Este trabalho tem como objetivo analisar de que forma a geração e o uso da informação contribuem para ampliar a participação das mulheres nesta Marcha. Dentre as referências teóricas temos Saffioti (2004; 2013); Federici (2018), estudos sobre mulheres rurais e ainda sobre informação e comunicação popular. </p>Berenice Gomes da Silva
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2021-01-202021-01-20631033010.5433/SGPP.2020v6.p310Nós por nós mesmas
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1006
<p>O estudo apresenta o relato de experiência vivenciada com as mulheres do Grupo Sororidade Feminina, promovida pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), cujos encontros aconteceram no CENFORPE II – Complexo da Secretaria Municipal de Educação de Pinhais-PR. A experiência ocorreu a partir das observações e percepções sentidas durante a construção do projeto que buscou, de forma conjunta com as participantes, compreender a importância da prática da sororidade e do empoderamento feminino. O estudo busca proporcionar a reflexão crítica sobre opressões sofridas pelo gênero feminino e, de forma coletiva, desconstruir uma mentalidade e cultura misógina, ao mesmo tempo em que cria uma rede de solidariedade entre as mulheres. Metodologicamente, a pesquisa é descritiva, de natureza qualitativa, na modalidade de ação participativa, cujo método investigativo propicia a construção de uma prática dialógica em pesquisa mediante o compartilhamento do exercício de pensar. Trata-se de uma metodologia de trabalho realizado com um grupo de mulheres, sem hierarquia e autoridade, baseado na relação eu-tu-nós, que visa criar um espaço dialógico democrático.</p>Maristela da Silva Soares
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2021-01-202021-01-20633135510.5433/SGPP.2020v6.p331Cidades para mulheres
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1007
<p>A proposta desta análise é identificar desajustes no planejamento ou nas diretrizes de política urbana que promovam o tratamento desigual entre homens e mulheres no espaço público. Tratar das questões de gênero no âmbito da cidade é relevante e atual, por isso há a necessidade de debruçar sob a temática com a devida acuidade. Pensar a cidade sob a perspectiva feminina é compreender a necessidade de constituir espaços democráticos, em que a liberdade, igualdade e segurança são preservados para todos. Utilizando o método explicativo-documental, com fundamentação teórica em estudos que abordam a formação do espaço urbano no Brasil e nas pesquisas sobre gênero, esta análise resulta na compreensão das produções acadêmicas sobre o tema. Busca-se pontuar sobre a necessidade do planejamento urbano sob perspectiva feminina, suscitando questões pertinentes sobre gênero e cidade, e prováveis soluções para a formação e consolidação de espaços públicos democráticos e inclusivos para todos.</p>Raquel Gomes Valadares
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2021-01-202021-01-20635637510.5433/SGPP.2020v6.p356Gênero e o ato infracional
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1008
<p>O objetivo deste artigo consiste em apresentar as reflexões iniciais da Pesquisa em andamento intitulada “Adolescências, Gênero e o Atendimento Socioeducativo: estudo sobre a reprodução das relações sociais de gênero no Centro Socioeducativo Florescer em São Luís – MA”. A produção parte de uma perspectiva crítica e dialética, utilizando como metodologia a pesquisa bibliográfica e documental em livros, artigos, legislações e documentos normativos que abordam a temática. Os resultados demonstraram que as adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de privação de liberdade são quantitativamente menos representativas em relação ao universo dos adolescentes do gênero masculino, o que inviabiliza a formulação de políticas públicas que contemple as especificidades do gênero.</p> <p> </p>Pollyana Gonçalves dos Inocentes
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2021-01-202021-01-20637639710.5433/SGPP.2020v6.p376Reflexões sobre um mandato coletivo e feminista na política legislativa de Belo Horizonte
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1009
<p>O artigo se insere no debate da ocupação institucional por parlamentares mulheres e a importância dos desdobramentos observados na ação política local e nas políticas públicas construídas a partir desse olhar feminino de dentro do Estado. Tem como análise a experiência da ocupação do espaço político institucional por um mandato legislativo considerado aberto em Belo Horizonte/MG, eleito para o período de 2017 a 2020. Discute-se a tendência aos mandatos coletivos como novos formatos de ocupar os espaços de poder e as ações desenvolvidas para criar canais participativos, que têm o intuito de fortalecer as pautas feministas, associadas também ao direito à cidade.</p>Helena d’Agosto Miguel Fonseca
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2021-01-202021-01-20639841810.5433/SGPP.2020v6.p398Mulheres negras movendo estruturas
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1010
<p>Marielle Franco era uma mulher negra, periférica, mãe solteira, militante feminista, representante LGBTQI+ e defensora dos direitos humanos, eleita vereadora do Rio de Janeiro em 2016. Durante seu mandato, pautaram-se questões urgentes como a luta da mulher negra, o direito à vida e à liberdade dos moradores das periferias, a violência policial e o genocídio da população negra no Brasil. Este artigo tem como objetivo analisar seus 14 meses de mandato, listar suas principais ações realizadas neste período e compreender como a vereadora tornou-se um importante símbolo de luta. O referencial teórico pauta-se nos estudos da interseccionalidade entre o racismo estrutural, necropolítica e a segurança pública. A metodologia é construída por Lopes (2014) e utiliza o conceito de níveis de pesquisa, baseado na realidade social do sujeito. Por fim, o resultado da pesquisa mostra como o mandato de Marielle Franco transformou pessoas invisibilizadas pela sociedade em protagonistas.</p>Alan Tomaz de AndradeVanessa Cristina Salvador
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2021-01-202021-01-20641943410.5433/SGPP.2020v6.p419O macacão da Capitã
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1011
<p>Capitã Marvel foi o primeiro longa do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) a ser estrelado por uma super-heroína solo. A produção representou certa guinada do estúdio em busca de personagens femininas mais orientadas pelas demandas feministas, o que pode ser ressaltado pelos seus figurinos. Dito isto, este trabalho tem por objetivo analisar a relação estabelecida entre o figurino da personagem Capitã Marvel e o novo modelo de super-heroína que vem sendo construído no cinema hollywoodiano. A análise é amparada pela Teoria Crítica Feminista do Cinema. Como resultados, acredita-se que o filme represente uma iniciativa na construção de novos modelos da super-heroína cinematográfica, cujos atributos físicos não sejam mais o grande atrativo. Neste sentido, o figuro adotado na produção auxilia na construção de possíveis novos discursos sobre o feminino que emergem no contexto de consumo cultural no qual o olhar masculino não é mais compreendido como o único vetor de orientação dominante.</p>Lucas do Carmo Dalbeto
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2021-01-202021-01-20643546710.5433/SGPP.2020v6.p435As aventuras de Joana D’arc
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1012
<p>Ao considerar a educação pelo mote da cultura, compreende-se que os diferentes artefactos culturais produzem efeitos pedagógicos nos sujeitos, ou seja, estes modalizam modos de aprender, ensinar e compreender o mundo. Na busca pela compreensão do ser mulher cientista no Brasil, e de como estes corpos que não se faziam vistos, a professora Joana D’Arc é trazida a cena como ícone afirmativo da minoridade nas ciências. Mulher, negra, periférica e cientista. Todavia, por seus traços identitários e pelo protagonismo nas mídias um conjunto de veiculações discursivas a colocam como uma figura de ‘controvérsa’. De tal cenário deriva este trabalho, que tem por objetivo traçar as linhas de produção da imagem da Prof. Dra. Joana D’arc e de sua representação. Para tal são levantadas notícias que retratem a história da mesma, visando o levantamento de seus títulos como síntese destas narrativas sob a óptica dos Estudos Culturais das Ciências e Educação.</p>Alexandre Luiz PolizelSara Silva SoaresGustavo Pricinotto
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2021-01-202021-01-20646848310.5433/SGPP.2020v6.p468Violência simbólica de gênero na publicidade brasileira
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1014
<p>Este trabalho tem como objetivo analisar a manifestação da violência simbólica de gênero presente nas representações sobre as mulheres dos casos denunciados pela sociedade e julgados pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, Conar, no espaço temporal de 2000-2018. Foram abordadas as contribuições de Naomi Wolf, Heleieth Saffioti, Flávia Biroli, Pierre Bourdieu, Luiz Mauro Sá Martino, entre outras(os). A metodologia é constituída pela análise de conteúdo centrada em Laurence Bardin e Wilson Corrêa da Fonseca Júnior. Os resultados demonstram que a violência simbólica de gênero, presente nas representações sobre as mulheres produzidas pela publicidade brasileira, apresenta as mesmas como objetos atrativos e condicionados à apreciação de outros dentro de uma lógica patriarcal que reitera coerções de gênero na promoção do consumo.</p>Beatriz Molari
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2021-01-202021-01-20648450710.5433/SGPP.2020v6.p484Limites e Possibilidades da Democracia no Ciberespaço
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1015
<p>A militância online realizada a partir das redes sociais potencializa discursos pessoais com o intuito de desabafar, denunciar e refletir. Dentre as redes sociais utilizadas, o <em>Twitter </em>possui grande destaque para o ativismo feminista em campanhas com uso de <em>hashtags</em>. Apresentamos um estudo sobre as <em>hashtags</em> #MeToo e #DeixaElaTrabalhar, as quais nasceram após casos de abuso e assédio sexual e o conteúdo delas gira em torno da exposição destes ocorridos, a partir de relatos pessoais. Além da análise documental, apresentamos pesquisa empírica com entrevistadas de Maringá-PR e região e buscamos responder a seguinte pergunta: como acontece a circulação de ideias feministas no ciberespaço? Discorremos sobre a quebra do silenciamento histórico das mulheres, diminuição de custos/tempo, visibilidade de temas como assédio e abuso sexual, entre outras questões. Trazemos discussões sobre discurso de ódio, o conservadorismo no atual momento político e a dificuldade do feminismo dialogar com todas as mulheres.</p>Mayara Larissa Benatti da Silva
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2021-01-202021-01-20650853810.5433/SGPP.2020v6.p508Envelhecimento feminino e o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1016
<p>Homens e mulheres vivenciam o envelhecimento de formas distintas, do mesmo modo, há diferenças na criação e no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Assim, o objetivo deste artigo é entender se o uso das TIC pode ressignificar a velhice atentando-se também a possíveis melhorias na qualidade de vida a partir da integração aos processos de inovação tecnológica. Também buscamos compreender as diferenças nos usos das TIC por homens e mulheres idosas. A netnografia fez-se presente nesse processo, observamos o comportamento online de idosos e idosas em redes sociais, além da realização de um questionário online com perguntas diversas relacionadas ao uso da internet. Com o questionário online observou-se maior interesse feminino em assistir filmes e séries, beleza, artesanato e receitas. O interesse masculino ficou circunscrito às notícias diárias sobre diferentes assuntos e àquelas sobre esportes e somente os homens citaram que usam a internet para trabalho.</p>Daniela Soares da SilvaSimone Pereira da Costa Dourado
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2021-01-202021-01-20653955810.5433/SGPP.2020v6.p539Gênero, corpo e a legislação esportiva brasileira
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1017
<p>As Políticas públicas no Brasil podem ter contribuído para a ausência de mulheres no esporte devido às convenções sociais a respeito de seus corpos. Objetivo: analisar as políticas públicas de esporte como elementos que auxiliaram a moldar o papel e o corpo das mulheres atletas. Metodologia: utilizamos da pesquisa documental e exploratória, analisando a legislação brasileira sobre esporte: Decreto-Lei nº 3.199/41 e Deliberação 7/1965. O material foi analisado por meio da Análise de Conteúdo Temática. Resultados: a legislação brasileira não só proibiu a participação de mulheres no esporte pelo receio da masculinização de seus corpos, como reforçou a ideia de um corpo, social e historicamente, colocado como passivo e delicado, como referência à imagem de mulheres limitadas à maternidade. Conclusão: A legislação brasileira esportiva é subsidiada em estereótipos e discursos de gênero construídos, naturalizados e internalizados pela sociedade que delimitaram a participação de mulheres em certas modalidades.</p>Giovanna Xavier de MouraLayane Castiglioni Tasca
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2021-01-202021-01-20655957610.5433/SGPP.2020v6.p559Homo sacer e a vida nua
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1018
<p>A intenção deste texto é de analisar o filme <em>Deus é mulher e seu nome é Petúnia</em> tendo como metodologia a análise desenvolvida por Vanoye e Goliot-Lété, levando em consideração o conceito de <em>homo sacer</em>, desenvolvido por Giorgio Agamben. Para o autor, esse conceito se caracteriza pela vida que, mesmo sendo sagrada, pode ser eliminada sem causar dolo, responsabilidade ou culpa. O filme em tela mostra a personagem Petúnia que desafiou as práticas religiosas na intenção de ter uma outra condição de vida, assim, sua existência poderia ser aniquilada pelas práticas da biopolítica e pela destruição do espaço público e político.</p>Muriel Emídio Pessoa do Amaral
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2021-01-202021-01-20657759710.5433/SGPP.2020v6.p577Queermuseu e o desvio necessário para pensarmos em uma nova política de representação
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1019
<p>Neste trabalho é realizado um levantamento dos marcos que se perpassaram durante a exposição “Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira”, duramente censurada por grupos políticos e religiosos. A partir de um pensamento queer proposto pela mesma, em seu formato curatorial, são levantadas questões sobre as políticas de representação e a possibilidade de repensá-las através de um desvio às normas já estabelecidas pelas instituições, tendo em vista o caráter colonizador presente nelas, afiliados ao eurocentrismo, que tendem a responder de forma excludente, a fim de trazer para o debate novos olhares e a inclusão democrática de grupos minoritários excluídos nesses âmbitos.</p>Girlainy Maia Xavier
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2021-01-202021-01-20659862010.5433/SGPP.2020v6.p598O papel da bissexualidade na construção da identidade masculina
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1020
<p>Pouco debatida até mesmo dentro das esferas de discussão LGBTQ, a bissexualidade sofre de preconceitos e apagamentos específicos. Em uma realidade marcada pela oposição dicotômica entre o homo e o hétero, a bissexualidade muitas vezes é representada como um campo nebuloso, permeado por dúvidas e falta de definições precisas que atingem até mesmo as vivências das pessoas monodissidentes. Em contraponto, a masculinidade hegemônica apresenta formas muito limitantes de constituição masculina. O presente trabalho busca, através de entrevistas com alguns homens que se identificam como bissexuais, situar as maneiras discursivas pelas quais são construídas narrativas sobre si tramando definições conceituais como masculinidade e virilidade.</p>Gustavo Favini Mariz MaiaGustavo Favini Mariz Maia
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2021-01-202021-01-20662164210.5433/SGPP.2020v6.p621Direitos sexuais e prostituição
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1021
<p>A pesquisa em andamento tem como objetivo compreender o processo de construção de uma agenda de direitos sexuais para prostitutas, a partir da realização de pesquisa de campo em um serviço de saúde especializado em DSTs/Aids que atenda essa população. O presente texto representa um esforço inicial de apreender a trajetória histórica pela qual passou a prostituição no Brasil, e a sua relação com os direitos sexuais. Para tanto, busca-se abordar algumas das principais discursividades construídas sobre a prostituição ao longo século XX e até a atualidade, com especial foco nos discursos advindos dos campos biomédicos e jurídico/legal.</p>Carla Beatriz Campos
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2021-01-202021-01-20664355810.5433/SGPP.2020v6.p643Reprodução humana assistida por pares homoafetivos e as modificações no instituto da família
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1022
<p>O presente trabalho versa sobre as implicações da reprodução humana assistida por pares homoafetivos no instituto da família e a importância do afeto nas relações familiares. Não havendo regulamentação no ordenamento jurídico brasileiro se utiliza a metodologia jurisprudencialista, visando alcançar a decisão jurídica correta para os conflitos advindos da utilização das técnicas de procriação assistida. Dessa maneira, este trabalho procura demonstrar as dificuldades encontradas pelas famílias homoafetivas face ao silêncio normativo, tendo em vista que seu reconhecimento como entidade familiar ocorreu recentemente. Pretende-se, ainda, demonstrar que a ciência vem cooperando com essa busca por novos modelos de família, através dos avanços da Medicina e da Biotecnologia, empregadas nas técnicas de reprodução humana assistida, permitindo que casais do mesmo sexo tenham descendentes com carga genética do casal. Por fim, conclui-se que como direito fundamental, o direito reprodutivo deve ser assegurado pelo Estado independente da orientação sexual.</p>Bárbara Medeiros BadaróJoão Moreira Júnior
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2021-01-202021-01-20655958210.5433/SGPP.2020v6.p559Serviço Social e a mulher no contexto de cuidado materno: um relato de experiência
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1254
<p>Este estudo é um relato de experiência a partir do atendimento/acompanhamento de crianças e responsáveis na enfermaria pediátrica em Hospital de Alta Complexidade do Interior do Estado de São Paulo, através de Residência Multiprofissional em Saúde. O objetivo geral é analisar a mediação entre a mulher/mãe e equipe multiprofissional realizada pelo Serviço Social. Foram elencados três objetivos específicos: a) Apresentar o enfrentamento materno na internação; b) Discutir a responsabilização da mãe no cuidado e internação, e; c) Apresentar as estratégias utilizadas pelo Serviço Social na mediação entre mães e equipe multiprofissional. Entendendo a maternidade como construção histórica e social (SCAVONE, 2001), evidencia-se como a equipe multiprofissional centraliza o cuidado dos filhos à mulher, reforçando o papel conservador e de gênero da mulher na sociedade. Portanto, o papel do Serviço Social é essencial para a desconstrução/alteração dos modelos vigentes e com perspectivas de novas vivências sociais.</p>Juliane Letícia AmaralAdriana Paulista da Silva
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2021-01-192021-01-19658359710.5433/SGPP.2020v6.p583Gênero e cuidados: a regularização e formação de cuidadoras/es. Uma analise a partir do caso do Sistema Nacional Integrado de Cuidados (SNIC) no Uruguai
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1070
Natalia Maria Pastori Curbelo
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2021-01-192021-01-19659861810.5433/SGPP.2020v6.p598A construção da Política Pública Municipal para as Mulheres em Paiçandu/PR: desafios e perspectivas na efetivação da proteção social
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1086
Josivaldo Souza ReisKaren Eduarda Alves VenâncioBeatriz Carla de Souza Paludo
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2021-01-192021-01-19661964310.5433/SGPP.2020v6.p619“Pais dependentes, filhos responsabilizados”: cuidados filiais em tempos de neoliberalismo
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1085
Eduardo da SilvaMarlene Tamanini
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2021-01-192021-01-19664466410.5433/SGPP.2020v6.p644Centros de atenção psicossocial e expressões de gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1084
Suelen de Oliveira MaasLuciana Elisabete Savaris
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2021-01-192021-01-19666568110.5433/SGPP.2020v6.p665Feminicídios em debate: notas sobre as lutas dos movimentos feministas locais no combate à violência contra mulher em Cuiabá (MT)
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1083
Cleide Aparecida Leme de SouzaSilvana Maria Bitencourt
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2021-01-192021-01-19668268910.5433/SGPP.2020v6.p682Discriminação e invisibilidade: análise dos serviços de saúde pública LGBTQI+ em Barra do Garças – MT
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1076
Morgana Naiara Barbosa MoraesLuís Antonio Bitante Fernandes
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2021-01-202021-01-20669070010.5433/SGPP.2020v6.p690Discursos universalizantes do cuidado e as consequências da desconsideração da diferença: notas sobre o Centro de Valorização da Vida, em Curitiba
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1082
Henrique da Costa Valério QuagliatoMarlene Tamanini
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2021-01-192021-01-19670172110.5433/SGPP.2020v6.p701Entre dores e encontros: sobre a produção de narrativas das mulheres do ambulatório de oncologia clínica da Unicamp
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1087
Maycon Leandro da Conceição
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2021-01-192021-01-19672273510.5433/SGPP.2020v6.p722O acolhimento na área obstétrica como prática e política pública no serviço público de saúde
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1088
Gloria Maria Pereira FunesCíntia de Souza Batista Tortato
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2021-01-192021-01-19673675310.5433/SGPP.2020v6.p736Saúde mental, Comunicação e Gênero: Oficinas Educativas e Atenção Psicossocial
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1255
<p>O foco desse artigo é apresentar os resultados da ação de extensão ‘Saúde Mental, Comunicação e Gênero: Oficinas Educativas e Atenção Psicossocial’. A intervenção ocorreu com dez encontros, uma vez por semana, entre 03/09 e 20/11/2019, foi realizada no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) de Foz de Iguaçu que atende população adulta com sofrimento mental grave. O método escolhido foram oficinas terapêutico-educativas em grupo, em que houve abordagem baseada na comunicação interpessoal com dinâmicas específicas e o uso de material de apoio escrito e audiovisual. Foram tratados temas da atualidade e relacionados às mulheres. De acordo com o observado nos encontros, as principais temáticas relacionadas com o adoecimento mental foram: corpo, trabalho, família e violência. Pela intervenção através das oficinas terapêuticas foi possível notar a importância de ações que levam em consideração o recorte de gênero.</p>Camila Viviane Lui de Sousa
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2021-01-192021-01-19675477310.5433/SGPP.2020v6.p754O atendimento a mulheres com deficiência auditiva em situação de violência doméstica: relato de experiência
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1252
<p>O presente trabalho tem enquanto objetivo apresentar e analisar a proposta de atendimento a mulheres com deficiência auditiva em situação de violência, a partir dos estudos da interdisciplinaridade e interseccionalidade em um núcleo de atendimento a mulheres em situação de violência doméstica. A fim de alcançar este propósito, apresentaremos a trajetória traçada para a efetivação das parcerias que possibilitaram desenvolver uma atuação com vistas à integralidade das demandas. Elaboramos um trabalho de caráter bibliográfico, tendo como base os estudos a respeito da interdisciplinaridade e da interseccionalidade para compreensão das especificidades da violência contra as mulheres com deficiência auditiva. Enquanto resultados vislumbrados, estão o fortalecimento do Núcleo como porta aberta para mulheres com deficiência auditiva denunciarem as violências vivenciadas e terem acesso aos seus direitos, a consolidação da parceria, capacitação da equipe, solidificação e materialização das <em>práxis</em> interdisciplinar e interseccional.</p>Amanda Lima NascimentoBeatriz Ady Fiorini MonteschioLorena Maria da Silva
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2021-01-192021-01-19677478610.5433/SGPP.2020v6.p774A lógica do embranquecimento no conto de a gata borralheira: intersecções entre raça e gênero no contexto educacional
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1091
<p>Este estudo tem por objetivo compreender as dimensões de poder, sob as definições foucaultianas, a fim de identificar suas relações com os contos literários no que tange as intersecções entre gênero e raça. De modo a estabelecer as análises de modo mais fechado, selecionamos o conto literário “A Gata Borralheira”, dos Irmãos Grimm (2018). Originalmente ele fora intitulado de “Aschenputtel”, traduzido do alemão para o português como “Cinderela”, no entanto, tensionamos a mensagem explícita do termo ‘borralheira’ configurada na descrição: “viver entre as cinzas”. Assim, pretendemos suscitar debates acerca do que o adjetivo de escurecimento sob a via das cinzas, pensado junto à ideia de gênero e trabalho doméstico, acabam por ecoar em contos infantis como esse. As intersecções estarão sob a mira de Kimberlé Crenshaw (2002) para que as categorias de raça e gênero sejam pensadas à luz de discussões contemporâneas (BELARMINO; BORGES; MAGALHÃES, 2010; BETTELHEIM, 2018; CAMPOS; CASTELEIRA, 2020), implicando em uma possibilidade de defender que o conto por sua vez impede o deslocamento subjetivo e político no processo de construção da identidade negra e desnaturaliza a mulher enquanto subserviente no espaço social. Desta maneira, há a necessidade de ressignificá-lo para a efetivação de uma sociedade igualitária livre das amarras ideológicas da raça, do sexo, dos gêneros e das sexualidades.</p>Ravelli Henrique de SouzaRodrigo Pedro Casteleira
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2021-01-192021-01-19678780010.5433/SGPP.2020v6.p787Os fundamentos liberais conservadores da ideologia de gênero e do programa “escola sem partido”: a práxis educativa como alternativa no ensino de sociologia crítica
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1093
<p>A pesquisa consiste numa síntese da dissertação de mestrado apresentada no Programa Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional e possui o objetivo principal de analisar os desafios relativos à prática docente no tocante ao ensino da Sociologia no Ensino Médio, considerando o atual contexto político, social e econômico de evidente ofensiva liberal conservadora no Brasil, mediante o Programa "Escola sem Partido" e a construção da narrativa de "ideologia de gênero". Apresentando o atual contexto e apontando para a necessidade de uma alternativa educacional, a pesquisa propôs uma reflexão sobre a aula como práxis educativa, como ferramenta política e educacional de enfrentamento do supradito discurso e de defesa do caráter científico da sociologia. A proposição teórico-metodológica alternativa para efetivar esta reflexão se pautou na “Metodologia de Mediação Dialética – M.M.D”, desenvolvida pela professora e pesquisadora Maria Elisa Brefere Arnoni, professora do Departamento de Educação – IBILCE de São José do Rio Preto/SP.</p>Juliana Guidi Magalhães
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2021-01-192021-01-19680182110.5433/SGPP.2020v6.p801Moda e imprensa feminina: recursos para o ensino de história
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1094
<p>Esse trabalho tem o intuito de analisar como a produção e divulgação de moda na revista feminina Jornal das Moças entre 1914 e 1920 pode ser utilizada como recurso para o ensino da disciplina de história na educação básica. Refletindo sobre o aumento da circulação de periódicos no Brasil no início do século XX pode-se perceber que a mulher ganha espaço na educação formal, na participação nos salões e leituras exclusiva para elas no que se julgava temas nos quais deveriam manter-se informadas. O periódico privilegiado nesse estudo é o Jornal das Moças com ênfase nas suas seções A arte de ser elegante e Modos e Modas, pois além das dicas de moda e gravura apresentadas os artigos discorrem um pouco sobre o contexto em que aquela vestimenta está sendo produzida, podendo ser uma fonte rica para o ensino de história.</p>Letícia Fernochi
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2021-01-192021-01-19682283510.5433/SGPP.2020v6.p822Jogos pedagógicos para prevenção e combate à violência contra mulheres
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1096
<p>A violência contra mulheres é um fenômeno social preocupante, em que 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil, conforme Mapa da Violência de 2015. Nesse contexto, há necessidade de ações preventivas e coibitivas à violência, visto que as sanções previstas em Lei não possuem caráter modificativo da cultura machista da sociedade. Diante disso, o Núcleo Maria da Penha de Marechal Cândido Rondon-PR idealizou atividades para o âmbito escolar, tendo em vista que a escola se apresenta como local de disseminação de conhecimentos. Assim, os jogos pedagógicos podem figurar como instrumentos para a desnaturalização da violência contra mulheres e desmistificação dos processos violentos perpetuados em nossa sociedade. Os resultados dos jogos pedagógicos adotados pelo Núcleo se mostraram assertivos, havendo boa receptividade das instituições de ensino e participação dos/das alunos/as, que conseguiram compreender a violência sob uma nova perspectiva.</p>Dhaiane de Moraes Teixeira
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2021-01-192021-01-19683684810.5433/SGPP.2020v6.p836Relato de experiência do projeto Rizoma
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1097
<p class="Normal1">Este trabalho é o resultado da ação intersetorial das Políticas Públicas de Educação e Assistência Social de um município de pequeno porte I do Estado do Paraná, que detectaram uma demanda crescente de problemas de saúde correlacionadas a questões de gênero, para tanto, as profissionais do CREAS propuseram a implantação de um projeto voltado ao público da instituição Escola/Casa Familiar Rural, com o objetivo de resgatar a autoestima e desnaturalizar as diversas expressões da violência de gênero. O Projeto contou com nove encontros, que buscou dialogar sobre temas como: emoções e sua forma expressão no cotidiano, mediação de conflitos; cultura e a sua relação com os papéis sociais de gênero; diversidade, sororidade e projetos de vida. A partir desse projeto percebeu-se que houve uma significativa diminuição dos conflitos interpessoais entre as adolescentes e consequentemente dos encaminhamentos para a Unidade Básica de Saúde.</p>Alana Morais VanzelaLiliane Wielewski Pobbe Mainardes
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2021-01-192021-01-19684986110.5433/SGPP.2020v6.p849Trabalho de conclusão de curso mediando a iniciação científica por meio da educação sexual: um relato de experiência
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1099
<p>O Trabalho de Conclusão de Curso representa um componente importante para a Iniciação Científica e constituição do graduando enquanto pesquisador. Apesar disso, várias são as dificuldades enfrentadas por indivíduos inexperientes quando se trata de iniciação à pesquisa. O objetivo do presente artigo é relatar as impressões e percepções construídas pela pesquisadora durante a realização de um TCC no campo da Educação Sexual, uma área em constante ataque na conjuntura político-social brasileira. Esses ataques criam um ambiente hostil para o desenvolvimento de ações e pesquisas relacionadas às temáticas de sexualidade e gênero, o que ficou bastante evidente na etapa da coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com professores da Educação Básica.</p>Maria Lygia Alexandre CorreiaBruna Larissa Ramalho Diniz
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2021-01-192021-01-19686287410.5433/SGPP.2020v6.p862Movimento feminista negro no país da democracia racial e da [des]igualdade
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1102
<p class="Normal1">Este estudo pretende fazer uma abordagem bibliográfica acerca do feminismo negro e da sua importância no Brasil. Historicamente, o nosso país é marcado pelo legado da escravidão e as consequências mesmo após a abolição da escravatura são percebidas na atualidade. A ideia de que no Brasil a escravidão foi mais branda e que seus reflexos não são percebidos só ratifica com a ideia de que o mito da democracia racial foi uma ilusão a fim de esconder uma das maiores marcas da história do Brasil. Nesse contexto, este estudo pretende apresentar a importância do feminismo negro no que tange dar o protagonismo e o espaço que as mulheres negras merecem. O estudo revelou que o movimento feminista negro está em avanço, apesar das inúmeras barreiras, porém, a busca pelo seu espaço é um processo contínuo e permanente, visto que o Brasil e suas raízes históricas são configuradas pelo racismo.</p>Clerislânia de Albuquerque Sousa
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2021-01-192021-01-19687588410.5433/SGPP.2020v6.p875Identidade e as relações sociais a partir do espaço de pertencimento: o espetáculo social da vida moderna
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1104
<p>Acredita-se que a influência do meio implica de forma contundente no comportamento do ser humano. Este humano no que aparenta não entender por completo o significado dessa palavra, seu verdadeiro valor, uma vez que a raiz desta diz a respeito de identidade, uma característica intrínseca e que é influenciada, mas também influencia outros. Assim, a pesquisa tem como intuito fazer uma leitura do homem/mulher enquanto pessoa que se apropria do que é, pessoa que trabalho o consciente, possuidor de arbítrio próprio e conhecedor de suas capacidades, responsabilidades e atos enquanto cidadão (para cidadão leia-se aquele que tem direitos e deveres, com personalidade jurídica). O estudo tem como problema entender este homem/mulher e sua teatralidade enquanto espetáculo social, por meio de pesquisa etnográfica. O campo escolhido foi a Universidade Estadual de Maringá e o objeto os estudantes negros e negras da área de humanas (especificamente do curso de ciências sociais). A pesquisa abarca um material de estudo que contribui com o repensar nosso papel enquanto pertencimento real na vida moderna, bem como visão de mundo que temos e o que esta pode determinar, acreditando que também somos formadores de opinião.</p>Jair Moreira
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2021-01-192021-01-19688591310.5433/SGPP.2020v6.p885Percursos profissionais de docentes universitárias negras
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1105
<p class="Normal1">As políticas públicas - como a Lei nº 12.711/2012, conhecida como a lei das cotas - buscam assegurar e ampliar a presença de afrodescendentes no ensino superior. Contudo, as desigualdades de acesso à educação continuam sendo uma realidade para a população negra. Neste sentido, a presente investigação analisa os percursos profissionais de docentes universitárias negras, enfatizando as relações entre educação, trabalho e etnia. Neste intuito foi desenvolvida pesquisa qualitativa, de característica exploratória, tendo como instrumento de coleta de dados entrevistas com duas professoras negras que atuam no ensino superior, posteriormente analisadas sob a perspectiva hermenêutica. As entrevistadas tiveram percursos semelhantes: precisaram conciliar educação e trabalho durante a trajetória acadêmica e a docência universitária tornou-se objetivo profissional após o ingresso na pós-graduação. As docentes revelam que seus percursos são marcados pela dupla discriminação – de raça e gênero – sendo suas presenças valorizadas por colegas e estudantes afrodescendentes.</p>Letícia Laureano dos Santos
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2021-01-192021-01-19691493710.5433/SGPP.2020v6.p914Versando identidade e negritude
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1106
<p>Este trabalho tem a finalidade de pensar a categoria da identidade, considerando aspectos da nacionalidade e , também enquanto identidades que refletem determinados grupos sociais, nesse caso, meninas e meninos de ancestralidade negra.Para isso será feito uma pesquisa bibliográfica acerca da categoria de identidade. Além disso,na tentativa de aferir aspectos sobre a formação da identidade esta pesquisa tem a propositura de apresentar uma análise sobre aspectos culturais marcados pelo consumo, considerando o tecido social que compõe nossa sociedade. Para isso, foi realizada a técnica de Grupo Focal com jovens estudantes do Ensino Médio, da rede estadual pública do município de Mandaguari. Essa pesquisa pretende elencar a relevância e contribuições, das relações sociais estabelecidas no espaço escolar para o constructo de formação das identidades, notoriamente atravessada pelo consumo.</p>Alessandra Guimarães dos Santos MedinaWânia Rezende
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2021-01-192021-01-19693895110.5433/SGPP.2020v6.p938"O novíssimo testamento": o protagonismo feminino nas narrativas mitológicas na contemporaneidade
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1253
Vanda Serafim
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2021-01-192021-01-19695296410.5433/SGPP.2020v6.p952Sexualidade e religiosidade: A mulher no documentário Santo Forte (1999)
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1101
<p>Este artigo busca analisar o documentário <em>Santo Forte</em> (1999), de Eduardo Coutinho, pensando as relações entre instituições, manifestações e trânsitos religiosos, que se apresentam como mediadores entre o mundo profano e o sagrado. Para tanto, analisamos as narrativas de duas personagens mulheres e suas relações com o universo religioso brasileiro, em especial o afro-brasileiro. A obra trata de trajetórias religiosas de moradores da comunidade Vila Parque da Cidade (Zona Sul do Rio de Janeiro), e é composta por entrevistas feitas pelo diretor e sua equipe com dezoito moradores dessa localidade, entre os quais onze são mulheres. Nos relatos femininos, percebemos aspectos relevantes para pensar as relações entre o sagrado, a vida cotidiana e representações de mulheres periféricas, tanto no âmbito social, quanto afetivo, profissional e sexual.</p>Gabriella Bertrami Vieira
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2021-01-122021-01-12696598310.5433/SGPP.2020v6.p965Maria o exemplo a ser seguido: A imagem feminina nas práticas culturais católicas no Hallel em Maringá-PR
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1103
<p>Esse artigo é um desdobramento da pesquisa de mestrado “Catolicismo e Juventude: A História do Hallel em Maringá- PR (1995-2019)”. Considerando que o Hallel é um movimento leigo de música católico, que reúne diversas frentes da Igreja católica num final de semana no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, com atividades expostas em módulos, que são os locais montados para apresentarem músicas, pregações, teatros, etc. E que nesses locais há um trânsito de pessoas que busca uma vivência religiosa, aqui buscamos tecer algumas considerações sobre a imagem de Maria como modelo de conduta católica, além de observarmos que devoção mariana é uma forte característica no catolicismo brasileiro.</p>Mariane Rosa Emerenciano da SilvaVanda Fortuna Serafim
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2021-01-122021-01-126984100410.5433/SGPP.2020v6.p984O Conceito de Laicidade em Católicas pelo Direito de Decidir
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1107
<p>Este projeto de artigo objetiva identificar qual o papel do movimento Católicas pelo Direito de Decidir na disputa entre religião e secularismo na temática dos direitos das mulheres ao próprio corpo. Mobiliza-se o conceito de laicidade e o material disponibilizado online pelas próprias Católicas pelo Direito de Decidir. Analisamos como o grupo se utiliza da retórica da laicidade em suas arguições a favor da descriminalização do aborto. A partir do pressuposto de que o catolicismo ainda é uma religião pública, debateremos a complexa e controversa localização da mulher e da religião nos espaços público e privado e se a autoidentificação do grupo com o catolicismo é indício de dessecularização ou forma de legitimar a sua principal pauta. Os resultados preliminares mostraram que as Católicas disputam com a Igreja Católica a atualização da agenda pública brasileira, abrindo em si mesmas a possibilidade de empenho como um movimento de base para reformas.</p>Sophia Teixeira e Souza
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2021-01-122021-01-1261005101510.5433/SGPP.2020v6.p1005A participação feminina na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1108
<p>A presença de religiosos na política brasileira veio se acentuando desde o processo da constituinte, representados pela Bancada Evangélica no Congresso Nacional. O ativismo evangélico ganhou holofotes com os acontecimentos ocorridos na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em 2013, a qual elegeu o Dep. Pastor Marco Feliciano (PSC) presidente, propiciando uma forte onda de protestos e apoios a sua liderança nessa comissão. Neste período, aconteceram duas importantes audiências públicas na CDHM<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> que provocaram embates entre forças conservadoras e feministas: a audiência pública para <em>“Discutir o aborto”</em>; e a audiência pública sobre a <em>“Violação dos direitos humanos do nascituro”</em>. Essa pesquisa tem como objetivo analisar quem são e qual o perfil dos atores e atrizes sociais que participaram desses eventos públicos que tocam diretamente temas afeito ao corpo das mulheres, analisando essas presenças e o conteúdo de suas falas.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> CDHM: Comissão de direitos humanos e minorias</p>Ana Paula Thomaz Pina
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2021-01-122021-01-1261016103510.5433/SGPP.2020v6.p1016Direitos sexuais e direitos reprodutivos: a escuta enquanto produtora de saúde mental às mulheres-mães
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1109
Thais Gomes de Oliveira
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2021-01-122021-01-1261036104910.5433/SGPP.2020v6.p1036O retrato de mães jovens: maternidade na adolescência e sua relação com a trajetória escolar
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1115
<p>O presente artigo explora o caráter multifacetado das experiências de gravidez e maternidade com mulheres adolescentes em situação de pobreza. A pesquisa teve como objetivo compreender como as conexões entre as experiências escolares e a vivência da maternidade se configuram em determinadas rotas escolares que resultam em baixa escolaridade. A investigação se orientou pela hipótese de que o abandono escolar tem motivações que antecedem a gravidez na adolescência e esta pode, em alguns casos, atuar apenas como desfecho de experiências anteriormente delineadas. As análises são baseadas em interpretações de 6 (seis) casos de mulheres que vivenciaram a gravidez na adolescência, são beneficiárias do Programa Bolsa Família e residentes em Belém (PA), Distrito Federal, Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Paulo (SP). O contato com as participantes da pesquisa deu-se com a técnica de entrevistas narrativas interpretadas com a Análise de Conteúdo.</p>Silvana MarianoLuana Ribeiro Polido
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2021-01-122021-01-1261050107010.5433/SGPP.2020v6.p1050A importância da abordagem dos direitos humanos nas políticas públicas voltadas para a igualdade de gênero desde a infância: reflexões baseadas em casos de casamento infantil, gravidez precoce e trabalho infantil doméstico no Brasil
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1132
<p>Com base nos conceitos de pobreza multidimensional, feminização da pobreza e vulnerabilidades infantis, o artigo apresenta um breve resumo dos dados relativos às violações e desigualdades de gênero nos casos de casamento precoce, gravidez na adolescência e trabalho infantil doméstico no país. O objetivo é trazer algumas evidências relacionadas às causas e consequências desses problemas, mostrar que as desigualdades sociais estão ligadas a gênero e começam na infância. Demonstra, como conclusão que, para superar tais desigualdades, o Brasil deve adotar o enfoque de direitos humanos nas políticas, com abordagem interseccional, para alcançar a igualdade social e deve considerar a alta vulnerabilidade de meninas e mulheres, caso contrário, haverá uma erosão da integridade do Estado de Direito.</p>Thaís Nascimento Dantas
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2021-01-122021-01-1261071109110.5433/SGPP.2020v6.p1071Gênero, programas e projetos especiais de combate à pobreza no campo nordestino: a participação das mulheres no Projeto Dom Távora em Sergipe
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1133
<p><em>O Projeto de Desenvolvimento de Negócios Rurais para Pequenos Produtores/Projeto Dom Távora é o projeto especial em execução em alguns estados da região Nordeste, incluindo Sergipe. O Acordo de Empréstimo e o Manual de Operações determinam que </em>as comunidades quilombolas, povos indígenas, jovens e mulheres têm prioridade de atendimento. As mulheres rurais organizadas em associações e cooperativas devem ter acesso as ações e recursos correspondendo a 30% das pessoas atendidas. O presente artigo discute, a partir de uma perspectiva de gênero, a inserção e participação das mulheres no Projeto Dom Távora com base nos resultados obtidos até março de 2020 a fim de verificar se os resultados estão contribuindo para a inserção das mulheres nas associações e cooperativas e para o acesso as ações e recursos, configurado pelo financiamento e implantação de Planos de Negócios pensados, executados e geridos pelas mulheres.</p>Magaly Nunes de Gois
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2021-01-122021-01-1261092111710.5433/SGPP.2020v6.p1092Mulheres e enquadramentos de suas formas de vida nas fotografias do Farm Security Administration e do Bolsa-Família
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1134
<p><strong> </strong>A pesquisa analisa comparativamente dois conjuntos de imagens: fotografias jornalísticas que retratam mulheres beneficiadas pelo Bolsa-Família, publicadas entre 2003 e 2015, em jornais e revistas de ampla circulação nacional; e imagens oficiais do Farm Security Administration, retiradas de coletâneas e do site <em>photogrammar.yale.edu</em>. Busca-se construir uma abordagem teórico metodológica que suscite um olhar atento aos pequenos detalhes, questionando julgamentos e assertivas morais preexistentes. Para tanto, nos apoiamos sobretudo nas reflexões teóricas de Jacques Rancière e Didi-Huberman, que buscam caracterizar o trabalho das imagens como montagens intervalares capazes de tornar perceptíveis as hierarquias e assimetrias que os discursos dominantes se esforçam em apagar. Objetiva-se questionar as formas de legibilidade e inteligibilidade frequentemente associadas às imagens de sujeitos em situação de vulnerabilidade, em prol de apropriações que nos tornem sensíveis às governamentalidades que distribuem desigualmente os espaços, as falas, os tempos e as exposições e aparições da alteridade.</p>Ângela Cristina Salgueiro MarquesCícero Pedro Leão de Almeida Oliveira
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2021-01-122021-01-1261118116310.5433/SGPP.2020v6.p1118Narrativas de mulheres sírias: refúgio e humanitarismo
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1147
<p class="Normal1"><span lang="PT">Este artigo é baseado em trabalho de campo etnográfico com mulheres refugiadas do Conflito sírio no Rio de Janeiro e São Paulo de 2015 a 2018. O texto discute narrativas de mulheres refugiadas que desafiam discursos nos quais elas são apresentadas como eternamente vulneráveis ou oprimidas pela “cultura”, reconhecendo sua agência e descrevendo outras dinâmicas de poder interseccional. Este texto contribui para o debate antropológico sobre refugiados do Oriente Médio a partir de uma crítica à retórica humanitária sobre os corpos das mulheres. </span></p> <p> </p>Mirian Alves de Souza
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2021-01-142021-01-1461164118410.5433/SGPP.2020v6.p1164Mulheres migrantes e desenvolvimento humano: potencialidades de agência
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1148
<p>Este trabalho é uma reflexão acerca das migrações internacionais de mulheres e tem por finalidade compreender o processo migratório das mulheres como liberdade de agência, expansão das capacidades e, logo, o avanço no desenvolvimento humano dessas mulheres. A partir da teoria de Amartya Sen, discute-se a migração como exercício de liberdade e como parte importante do processo de expansão das capacidades das pessoas, o qual possibilita o progresso no desenvolvimento humano. Além disso, embasada por teorias feministas, também se analisa as migrantes são protagonistas do ato migratório e se demonstra a importância disso. Por fim, propõe-se a potencialidade de agência dessas mulheres mesmo enfrentando sistemas interseccionais de opressão.</p>Letícia Zamprônio Salum
##submission.copyrightStatement##
2021-01-142021-01-1461185120410.5433/SGPP.2020v6.p1185A instituição Missão Paz e as refugiadas: combate às explorações e às discriminações, inserção no mercado de trabalho brasileiro e integração local
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1149
<p>O presente relato se propõe a sistematizar a experiência vivenciada com a visita à instituição <em>Missão Paz</em>, em 2017, que tem como finalidade fornecer assistência, em diversas esferas, a migrantes no Brasil. A visita à instituição revela informações acerca do enfrentamento às discriminações e às explorações que vitimizam as refugiadas, com o propósito de inseri-las no mercado de trabalho brasileiro em condições dignas e, assim, integrá-las no país. Como procedimento metodológico, realiza-se uma pesquisa de campo na referida instituição, participando-se de uma visita guiada pelos seus espaços físicos e de diálogos com um dos seus diretores e com as profissionais dos eixos jurídico e do trabalho. Por meio da visita, alcança-se resultados quanto à importância da instituição para o acolhimento das refugiadas no país e como o embate contra as discriminações de gênero e as explorações que assolam estas mulheres faz-se necessário para inseri-las no mercado de trabalho de forma digna e, deste modo, integrá-las de fato no país.</p>Maíra Furquim Lunardello
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2021-01-142021-01-1461205121110.5433/SGPP.2020v6.p1205"Estar aqui, estar lá”: novas configurações familiares e afetivas na migração de brasileiros para Europa
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1150
<p>O movimento de homens e mulheres brasileiros rumo ao exterior tem se intensificado, novamente, na segunda década do século XXI tem se intensificado colocando novas questões e problemas para aqueles que vivenciam a experiência de conviver entre dois lugares – o Brasil e os vários locais de destino dos emigrantes brasileiros. Nesse cenário dispersado por vários países, como Portugal, Espanha, Inglaterra e Irlanda se consolidam como rotas de mobilidade de brasileiros que buscam “tentar a vida” na Europa. Este trabalho pretende analisar o ir e vir de emigrantes brasileiros entre o Brasil e a Europa, configurando campo de relações transnacionais. A partir de uma pesquisa etnográfica que envolve observação participante e histórias de vida de migrantes, busco compreender os processos de transnacionalização das famílias vivenciados por mulheres e homens emigrantes.O direcionamento do fluxo de brasileiros para a Europa, principalmente a partir dos anos 2000, em função das dificuldades de entrada nos Estados Unidos e da crise econômica que se inicia nos EUA intensifica as idas para Portugal o que nos coloca a questão de compreender os processos de reunificação familiar, os novos arranjos familiares, as reconfigurações nas relações de gênero e nos afetos que impactam na vida dos migrantes nesses trânsitos contemporâneos.</p>Gláucia de Oliveira Assis
##submission.copyrightStatement##
2021-01-142021-01-1461212122910.5433/SGPP.2020v6.p1212Refugiadas: protagonismo, condições de vida no Brasil e o trabalho como mecanismo de integração
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1151
<p>O artigo se propõe a analisar o protagonismo das refugiadas no âmbito das migrações e como condições de trabalho dignas viabilizam a integração destas mulheres no Brasil. Como metodologia, a pesquisa tem caráter qualitativo, por meio da revisão bibliográfica de pesquisas e artigos científicos, livros e legislações. O referencial teórico parte da investigação acerca da relação entre gênero e refúgio, bem como da análise sobre políticas públicas de acolhimento, condições de vida no Brasil, acesso ao trabalho digno e integração local. Quanto aos possíveis resultados, a pesquisa apresenta as refugiadas como agentes ativos das migrações, evidenciando a realidade destas mulheres no país e como o trabalho é um efetivo meio de integração local.</p>Ana Paula Bagaiolo MoraesMaíra Furquim Lunardello
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2021-01-132021-01-1361230125010.5433/SGPP.2020v6.p1230Conversas de Mãe - Da arena virtual para a arena política
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1139
<p>Este trabalho se dedica a investigar de quais maneiras as redes sociais digitais impactam e proporcionam base para a organização de uma maternidade política e politizada, na qual as mães se tornam candidatas às eleições 2018. Por meio de análise netnográfica do uso da hashtag #MãesNaPolítica nas redes sociais, se consolida um mapeamento do perfil das candidatas que a utilizaram e trouxeram pautas direcionadas a maternidades e infâncias nas eleições de 2018 dentro do ambiente digital. Os resultados são verificados à luz de levantamento bibliográfico com teorias feministas que tratam da política maternal, das campanhas políticas maternas e do perfil de mães em campanhas políticas.</p>Renata Garcia Senlle
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2021-01-132021-01-1361251127310.5433/SGPP.2020v6.p1251Novas subjetividades políticas: o caso da “Juntas”, uma “mandata” coletiva feminista
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1140
<p>Este trabalho analisa a formação e a atuação política e coletiva da mandata das <em>Juntas, </em>codeputadas que compartilham um cargo no legislativo de Recife, Pernambuco. Considerada pelas próprias sujeitas políticas como a primeira experiência feminista dentro desse novo formato político no Brasil, o estudo remete ao campo e aos dados disponíveis nas redes sociais do coletivo, para apresentar e analisar a formação deste mandato coletivo feminino, as trajetórias e perfis dessas mulheres, e a atuação política delas no coletivo a partir do contexto da solidariedade, termo muito difundido e trabalhado dentro da teoria feminista.</p>Gabriela Peixoto Vieira Silva
##submission.copyrightStatement##
2021-01-132021-01-1361274129210.5433/SGPP.2020v6.p1274Participação social e pluralidade: mandatos coletivos como nova forma de fazer política
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1141
<p class="Normal1">Os mandatos coletivos surgem como um novo formato para descentralizar e despersonalizar a política. Com diferentes estratégias de campanha e dos acordos entre os co-candidatos e co-parlamentares a pluralidade a participação social estão presentes na diversidade dos ativistas que compõe esses grupos. Os objetivos do artigo são: analisar como foram as candidaturas e os mandatos coletivos eleitos, em Alto Paraíso de Goiás; na Gabinetona, em Minas Gerais, que atua em três níveis de governo; em São Paulo com a Bancada Ativista; e em Pernambuco, com as Juntas. A intenção do texto é entender de qual contexto partiu a busca por ocupação política desses grupos e como é feita a participação social, a partir dos mandatos coletivos, e como a sub-representação é enfrentada ao incluir diversidade e os movimentos sociais para participar na construção de políticas públicas. O material utilizado foram sites oficiais e artigos online.</p> <p> </p>Laura Cazarini Trotta
##submission.copyrightStatement##
2021-01-132021-01-1361293131510.5433/SGPP.2020v6.p1293Ideias e interesses no processo político de decisão sobre reserva de cadeiras para mulheres no legislativo brasileiro
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1142
<p>Este estudo centrou-se no confronto entre ideias e interesses no processo de deliberação de duas propostas legislativas que previam a implementação de reservas de cadeiras parlamentares para mulheres: Emenda Aglutinativa 57 da Proposta de Emenda Constitucional 182/2007 e Proposta de Emenda Constitucional 134/2015. O objetivo geral da pesquisa foi desvelar como a tensão entre ideias e interesses influenciou as tomadas de decisão nesta matéria, avaliando como a polissemia dos conceitos de igualdade e de representação política foram mobilizados nos debates. O referencial teórico-metodológico foi construído a partir de dois eixos: a) Teoria Crítica Feminista; b) Observação Participante; Foram utilizados como <em>corpus</em> de pesquisa, as seguintes categorias de documentos: atas das sessões de comissões e plenário nas quais foram discutidas as respectivas propostas legislativas; relatórios, pareceres e pronunciamentos de parlamentares.</p>Cathy Mary do Nascimento QuintasSilvana Mariano
##submission.copyrightStatement##
2021-01-142021-01-1461316133510.5433/SGPP.2020v6.p1316O Poder Judiciário brasileiro e a importância da diversidade de gênero para a tomada de decisões democráticas
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1143
<p>O presente trabalho visa a analisar a importância da diversidade de gênero para a tomada de decisões judiciais mais democráticas nos Tribunais brasileiros, tendo como objetivo entender como as heurísticas e vieses influenciam na tomada de decisões pelos magistrados, especificamente nos Tribunais Regionais Federais Brasileiros, que são 5 ao todo e constituídos majoritariamente por homens. Partindo-se do contexto histórico de desigualdade de gênero que sempre existiu no Brasil, buscou-se analisar os resultados obtidos através de pesquisa bibliográfica, que demonstram que, em razão da sociedade atual ter sido sabidamente construída a partir da dominação masculina, os Tribunais brasileiros ainda estão longe de serem ocupados equitativamente por mulheres e homens, além do fato de haver inúmeras heurísticas e vieses que influenciam as decisões judiciais e as tornam sexistas.</p>Letícia de Souza BaddauyCarolina Malvezzi Garcia
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2021-01-142021-01-1461336135810.5433/SGPP.2020v6.p1336Dilemas teóricos da representação política de mulheres: pensando a igualdade representativa de gêneros como uma questão de justiça
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1144
<p>Em tempos de retrocessos democráticos – tendo em vista mulheres que defendem pautas conservadoras ligadas aos direitos sexuais e reprodutivos na esfera institucional brasileira – o presente trabalho visa abordar as potencialidades e os limites da inclusão de grupos minoritários nas instâncias de poder político que, por vezes, entra em conflito com o conteúdo substantivo da representação. A despeito das divergências entre mulheres eleitas, principalmente àquelas ligadas a esses direitos, argumento que reformas institucionais que busquem diminuir desigualdades de gênero na representação política devem ser defendidas não só em termos de igualdade política, mas também como uma questão de justiça. O objetivo principal é mostrar que a democratização da representação – no sentido de maior acesso à competição eleitoral e franqueamento de cargos políticos às minorias (aqui incluindo mulheres, negros, população indígena e LGBTQI+), é permeada por diversos conflitos e não se traduz em uma coesão na defesa de pautas políticas de movimentos sociais ligados a esses grupos. Como objetivo secundário, busca-se apresentar uma argumentação normativa em prol da defesa de mais mulheres nas esferas de poder, em termos de igualdade política e independente do conteúdo substantivo da representação. O presente trabalho se baseia tanto em uma revisão bibliográfica de teorias da democracia, teorias feministas da representação política e teorias contemporâneas da justiça, quanto na análise de legislação eleitoral, dados e propostas recentes de reformas institucionais que versam sobre a disparidade na representação política de mulheres.</p>Madalena Gonçalves Castro
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2021-01-142021-01-1461359138010.5433/SGPP.2020v6.p1359Movimentos sociais e Estado: a representação das mulheres no Brasil e no México
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1145
<p>Este trabalho faz uma análise da relação de governos em dois países diferentes com movimentos sociais – feministas e conservadores – para uma abertura ou não do debate em torno de políticas para as mulheres. O período de análise corresponde aos governos do PRI e do PAN no México e o governo do PT no Brasil. Os casos desses dois países nos chamam a atenção; como em um país que possuía um governo de esquerda no Executivo e uma aproximação com os movimentos feministas, não foi capaz de avançar em algumas áreas de políticas para as mulheres; enquanto o outro, que não apresenta todos esses fatores e contava com um governo conservador/pragmático no nível federal, conseguiu avançar em determinadas questões? Esta é uma temática que merece atenção pelo fato de que a representação de gênero, nos países estudados, difere do que é esperado pela literatura e, com isso, o estudo visa mostrar o que precisa ser compreendido desses casos.</p>Anne Karoline Rodrigues Vieira
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2021-01-142021-01-1461381140110.5433/SGPP.2020v6.p1381Limites para a participação das mulheres nos espaços de poder no contexto de avanço do conservadorismo e de vozes antifeministas
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1146
<p>Diante uma sociedade fortemente marcada pela exclusão das mulheres na esfera política é necessário o esforço para compreender os limites impostos à participação política de mulheres nas decisões do Estado, em especial, na conjuntura atual de avanço do conservadorismo e de vozes antifeministas. Assim, por meio de uma revisão bibliográfica, nosso objetivo é problematizar os limites que a conjuntura política brasileira impõe para a participação das mulheres nas conferências de políticas públicas. Para tanto, apresentaremos parte da crítica feminista ao modelo teórico de democracia deliberativa. A partir da crítica feminista ao deliberativismo, pudemos traçar algumas considerações sobre a participação das mulheres em certos espaços institucionais da política, especificamente, trataremos das Conferências que fizeram parte do processo de formulação do Plano Nacional de Educação 2014 que foi aprovado sem nenhuma referência aos termos gênero e sexualidade/orientação sexual.</p>Meire Ellen MorenoLorena Ingred Moreira Pio
##submission.copyrightStatement##
2021-01-142021-01-1461402141910.5433/SGPP.2020v6.p1402Ativismo feminino no movimento sindical rural de Sergipe/Brasil: (in)confidências de gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1152
<p>Neste artigo percorremos a trajetória de cinco mulheres que exerceram ou exercem cargos de gestão em sindicatos rurais de Sergipe e, a partir de uma releitura de gênero, buscamos identificar e analisar os desafios, mudanças, permanências e estratégias ensaiadas por elas desde os anos 1980 no enfrentamento às desigualdades de gênero. A incorporação das discussões de gênero no movimento sindical instrumentaliza as trabalhadoras rurais para que: a) assumam cargos de liderança nos sindicatos, a recusar o papel de coadjuvantes e a enfrentar as desigualdades de gênero; b) intensifiquem as lutas direcionadas à visibilidade de suas demandas e inclusão nas plataformas das políticas públicas e ao acesso a direitos sociais; c) busquem desestabilizar as representações de gênero construídas em torno dos papeis e funções tidos como femininos, que ainda mantêm tantas mulheres apartadas da luta sindical, de instâncias decisórias e de poder.</p>Márcia Santana TavaresMagaly Nunes de Góis
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2021-01-192021-01-1961420144110.5433/SGPP.2020v6.p1420Assédio no mundo do trabalho e suas implicações para as mulheres na atualidade
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1153
<p>Propõe-se apresentação de resultados parciais de estudo acerca do assédio nas relações de trabalho, tendo como destaque as mulheres, pois acredita-se que essa é uma forma alarmante de violência, considerando os graves danos provocados à saúde física e mental da vítima, comprometendo sua vida em níveis pessoal, social e profissional. Trata-se de agressão que intenciona principalmente constranger, humilhar, obter vantagens pessoais, desestabilizar e/ ou desqualificar a vítima. O recorte de gênero faz-se necessário devido à sobrecarga de atividades para as mulheres, potencializada pela divisão sexual do trabalho, como também pelo reflexo da cultura machista e patriarcal ainda predominante. Outrossim, compreende-se que o sistema capitalista se apropria das relações desiguais para aprofundar a exploração da classe trabalhadora e com isso se fortalecer. Destarte, objetiva-se debater de que forma o assédio no trabalho manifesta-se para as mulheres atualmente e suas implicações para as vítimas, considerando os diversos aspectos de suas vidas.</p>Karoline Parrião RodriguesLorena Alves Silva
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2021-01-132021-01-1361442145710.5433/SGPP.2020v6.p1442A interseccionalidade de classe, gênero e geração nas práticas sindicais em campo português
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1154
<p>Este texto é parte de um projeto de pesquisa desenvolvido em estágio pós-doutoral no Centro de Estudos Sociais/Universidade de Coimbra, em 2017 que, em análise comparativa internacional, investigou a divisão sexual do trabalho no setor da produção de calçados, a partir de pesquisas empíricas realizadas em centros produtivos do Brasil e de Portugal. O recorte ora apresentado focaliza apenas a interseccionalidade de classe, gênero e geração nas práticas sindicais no espaço empírico português estudado. Questão esta, que surgiu a partir de entrevistas realizadas com uma dirigente sindical, face à observação de que a nova geração apesar de vivenciar maior igualdade de gênero, apresenta menor nível de consciência de classe e combatividade do que a geração mais velha; possíveis reflexos, de um lado, dos movimentos de mulheres e das lutas e conquistas feministas pela igualdade, de outro, do arrefecimento das mobilizações de trabalhadores (as), decorrente do avanço das práticas neoliberais.</p>Maria Lúcia Vannuchi
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2021-01-132021-01-1361458147410.5433/SGPP.2020v6.p1458Gênero e divisão sexual do trabalho: o cuidado e a responsabilidade dos filhos pela mulher, como expressão da desigualdade de gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1155
<p>Este trabalho apresenta resultados parciais de uma reflexão sobre as relações sociais de sexo, fundamentalmente, as de dominação e exploração, articuladas dialeticamente, que advém das relações sociais estruturadas na e pela sociedade capitalista patriarcal. A desigualdade entre homens e mulheres é considerada historicamente como reflexo da natureza, sustentada pelo sistema de dominação e exploração dos homens sobre as mulheres. A partir da divisão sexual do trabalho e da crítica à dualidade entre as esferas pública e privada, desvelamos o antagonismo de classes e a opressão das mulheres. O trabalho doméstico considerado inatividade econômica envolve a obrigação com o cuidado dos filhos e incorpora hierarquias de gênero produzidas pelo patriarcado, capitalismo e racismo, dimensões interligadas das estruturas de privilégios em nossa sociedade.</p>Lorena Alves SilvaKaroline Rodrigues Parrião
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2021-01-142021-01-1461475149510.5433/SGPP.2020v6.p1475A presença da mulher na direção do cinema brasileiro contemporâneo
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1156
<p class="Normal1">Entre as desigualdades da indústria do cinema no Brasil, se destaca a baixa participação feminina na realização de obras audiovisuais. Esta questão tem atraído a atenção de estudiosos do campo no Brasil. O tema, também, foi foco de ação da Agência Nacional de Cinema (ANCINE) que, em novembro de 2017, instalou a Comissão de Gênero, Raça e Diversidade da ANCINE. O objetivo do artigo é descrever a evolução da presença feminina na produção de cinema contemporâneo no Brasil. Assim, foi realizada análise de dados disponíveis no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual. A partir desses dados se tratou de aspectos da presença da produção feminina no mercado de cinema brasileiro, em termos de número de filmes, público e distribuição. Além disso, com base em entrevistas de diretoras de cinema brasileiras, publicadas em livro de Lúcia Nagib, buscou-se descrever a visão que mulheres têm de sua inserção neste mercado.</p> <p> </p>Fernando Antonio Prado Gimenez
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2021-01-142021-01-1461496152210.5433/SGPP.2020v6.p1496ão faz o requisito: vivências transgressoras no trabalho
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1157
<p class="Corpo">As relações de gênero no ambiente empresarial são objetos de diversos estudos na Administração. Partindo da crítica de que as empresas não são espaços neutros em termos de gênero, determinados corpos são valorizados quando inteligíveis em sua apresentação heterossexual normativa e branca. Diante disso, nesta pesquisa buscamos compreender as vivências de pessoas transexuais nas empresas. Neste estudo, classificado como qualitativo descritivo, foram realizadas três entrevistas semiestruturadas com três pessoas transexuais em Londrina, PR. O estudo revelou que é problemático os modos como as relações de gênero são vivenciados nas organizações por pessoas transexuais, ficando evidente o enfrentamento de preconceitos e sofrimento no local de trabalho.</p>Eduardo Milani BoselliLuís Paulo Nallin de Oliveira
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2021-01-142021-01-1461523154310.5433/SGPP.2020v6.p1523“O sexo do trabalho”: reflexões sobre experiências laborais de trabalhadores/as transexuais e travestis
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1158
<p>Trata-se de uma reflexão acerca das experiências laborais de trabalhadores/as transexuais e travestis, cuja direção analítica debruça-se a pensar, especialmente, de que modo este segmento é incorporado na divisão sexual do trabalho. Hierarquia, subordinação e desigualdade de gênero (re) produzidas no interior das relações e práticas de trabalho conformam condições ainda mais precárias de inserção e permanência de pessoas trans no mundo do trabalho. Nesta esteira, problematiza-se as políticas públicas de trabalho, emprego e renda em torno do recorte da diversidade de gênero, bem como o direito à saúde, ao nome social e à retificação do registro civil de modo interseccionado ao direito ao trabalho de pessoas trans.</p>Carolina Gonçalves Santos de BritoCarla Cristina Lima de Almeida
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2021-01-142021-01-1461544156310.5433/SGPP.2020v6.p1544As dimensões de corpo na educação infantil: preposições históricas em relação ao determinismo biológico e ao constructo social
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1159
<p class="Normal1">O texto tem como objetivo principal compreender sobre as dimensões de corpo na educação infantil, considerando seus impactos e preposições históricas em relação ao determinismo biológico e ao constructo social. De modo particular, refletir como a herança corporal cultuada ao longo do tempo foi demarcada pela dicotomia biologia/cultura, propagando LGBTQ+FOBIAS e desconsiderando, desse modo, as intersecções que este transita e seus impactos educacionais. Em continuidade, essa pesquisa busca analisar o caráter normativo da Base Nacional Comum Curricular em relação a suas propostas referentes às expressões corporais na educação infantil. Para essa discussão, tem-se o seguinte questionamento: Como vem sendo constituídas as dimensões de corpo na educação infantil e, como se dá a relação entre o biológico e cultural/social nesse contexto educativo? A metodologia é um estudo bibliográfico à luz do pensamento foucaultiano e outros autores que dialogam com essa base teórica. Como resultados prévios, a escola segundo Forquin (1992) não é apenas um local em que circula fluxos humanos e coisas materiais, mas ela também é um local de gestão de transmissão de saberes e de símbolos. O corpo deve ser visto como fator central na infância, enquanto possibilidade de experiência e promoção do conhecimento plural.</p>Marta Regina Furlan de OliveiraRavelli Henrique de Souza
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2021-01-142021-01-1461564157610.5433/SGPP.2020v6.p1564Coisas quebradas: afetividades desviantes
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1160
<p>A performance de feminilidade em nós está “quebrada”. Nós somos mulheres: uma cis, lésbica outra trans, com afetividades circunstanciais. Para o olhar normativo, nos falta ou sobra algo. Não correspondemos ao binarismo de gênero. Nós estamos entre. E não há espaço para o que não se deixa catalogar imediatamente. Se as impressões sobre nós não são precisas, nós, automaticamente, somos retiradas da categoria humana. Nos tornamos coisas e, como tal, não merecemos qualquer deferência. As “coisas” devem ser eliminadas do mundo maniqueísta no qual nenhuma dúvida é bem-vinda. Somente por existir, nós ameaçamos os frágeis castelos de areia da normatividade. A partir dessa perspectiva, de existências que perturbam o estabelecido, temos sido mortas, fetichizadas, silenciadas. Não somos casal, nem família. Bando, talvez. Nós nos queremos assim, quebradas, olhando para as feridas uma da outra, e debochando da obviedade da vida circunscrita pela norma.</p>Ludmila CastanheiraLua Lamberti de Abreu
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2021-01-142021-01-1461577158510.5433/SGPP.2020v6.p1577Reconhecimento do enfrentamento à violência: feministas, mulheres e delegacias
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1161
<p>O presente trabalho analisa a relação do reconhecimento de identidade de gênero com às práticas de combate à violência contra mulheres. Para tanto, articulam-se relações entre o surgimento de delegacias especializadas em atendimento à mulher e o movimento feminista e de mulheres no Brasil, sobretudo pelas lutas de reconhecimento da criminalização da violência contra a mulher pelo Estado brasileiro. O trabalho examina a idealização, a organização e o funcionamento da primeira delegacia especializada no país, na cidade de São Paulo - SP. A análise é realizada através de teoria sociológica das identidades, da ação social e das relações de gênero, passando pela discussão sobre a autoidentificação e questionamento do reconhecimento de agentes policiais femininas e vítimas.</p>Juliana Lencina da Silva
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2021-01-142021-01-1461586160110.5433/SGPP.2020v6.p1586Implantação do projeto Patrulha Maria da Penha pela Guarda Municipal em um município do interior de São Paulo
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1162
<p>Relato de experiência que tem o objetivo descrever e analisar parcialmente a política pública que visa salvaguardar o direito a integridade física, psicológica e moral das vítimas de violência doméstica em município situado no interior do estado de São Paulo, por intermédio da construção e implantação de parceria formada pelo Tribunal de Justiça do Estado e pela Guarda Civil do município parceiro. As dimensões do trabalho o relato descritivo e analítico da experiência, que considera a análise da legislação, pesquisa empírica, bem como a avaliação de sua eficácia. As ações desenvolvidas pela Patrulha se desenvolvem a partir do acompanhamento e atendimento humanizado das mulheres vítimas de violência doméstica (art. 2º e configura uma ferramenta de enfrentamento à violência doméstica e também às suas causas.</p>Fábia SuaideAna Paula Polacchini de Oliveira
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2021-01-142021-01-1461602161210.5433/SGPP.2020v6.p1602O caso Eloá Pimentel (2008): narrativas sobre violência de gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1163
<p>No final do ano de 2008, a adolescente Eloá Cristina Pimentel foi mantida refém pelo ex-namorado em seu apartamento juntamente com a amiga Nayara Rodrigues. Após cerca de cem horas, o cativeiro acabou com a entrada da polícia e o saldo foi a morte de Eloá com tiros na cabeça e virilha, ferimento da amiga Nayara com um tiro no rosto e a prisão do rapaz. O presente trabalho se ocupa em explorar as narrativas construídas sobre o caso em alguns veículos da imprensa e suas representações no curso da última década, bem como compreender quais os possíveis caminhos que levaram o caso a ganhar dimensão nacional. Em seguida, utilizando concepções de Gênero enquanto uma categoria de análise decolonial, ressalto as especificidades dessas violências na América Latina, discutindo de que forma as posições de gênero colocaram os corpos femininos ou feminizados em situação de vulnerabilidade.</p>Laís Pinheiro de Souza Guelis
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2021-01-142021-01-1461613162610.5433/SGPP.2020v6.p1613Alterações na Lei Maria da Penha no ano de 2019: repercussões cíveis na proteção das mulheres em situação de violência doméstica
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1164
<p class="Normal1">A Lei Maria da Penha é um dos estatutos legais nacionais mais presentes no cotidiano da população brasileira e marcadamente uma política pública de gênero de grande impacto. Durante o ano de 2019, sofreu alteração em seus dispositivos. Este artigo dará enfoque às alterações provocadas pelas Leis nº 13.882 e 13.894. O objetivo é avaliar essas disposições a partir da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O referencial teórico utilizado são as elaborações que estudam a Lei Maria da Penha a partir de um viés feminista. Para isso, é empregado, prioritariamente, o método de investigação bibliográfico.</p>Leticia de Matos LessaAna Carla Harmatiuk Matos
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2021-01-142021-01-1461627164510.5433/SGPP.2020v6.p1627Das ruas ao parlamento: efeitos de sentido do “Ni Una Menos” no âmbito político
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1165
<p>As feministas foram precursoras em estratégias inovadoras, tais como o “efeito bumerangue”, que mobiliza a opinião global dirigindo a atenção para denunciar abusos locais e para envergonhar os estados que simplesmente fecham os olhos para eles. O resultado foi uma nova forma promissora de ativismo feminista transnacional. Neste trabalho, nos propomos a analisar as repercussões obtidas no âmbito político, tanto na Argentina como no Brasil, tendo como base os signos que resultaram em movimentos feministas como o “Ni Una Menos”. Especificamente, nos interessa indagar se as representações e discursos postos em circulação a nível social foram retomadas em projetos legislativos apresentados dentro das temáticas de gênero e sexualidade. A partir da análise dos debates pela legalização do aborto e em torno do feminicídio, observamos que se mantém uma distância significativa entre as representações que circulam sobre esses temas a nível social e aquelas produzidas no âmbito legislativo.</p>Anelise Gregis EstivaletGabriel Dvoskin
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2021-01-142021-01-1461646166510.5433/SGPP.2020v6.p1646Educação infantil e divisão sexual do trabalho: qual o lugar da mulher trabalhadora?
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1166
<p class="Normal1">Este trabalho discute a omissão do Estado no seu dever de garantir educação gratuita para as crianças pequenas, expressada pela insuficiência de vagas em creches públicas. Esta omissão está diretamente relacionada à condição da mulher trabalhadora que se vê obrigada a dividir suas atividades cotidianas entre o trabalho doméstico e o trabalho fora de casa. Pretende-se contribuir para discussões relacionadas à luta da mulher trabalhadora pela emancipação de sua classe, provocando reflexões acerca de suas necessidades e de sua realidade concreta. Este trabalho pretende demonstrar como as políticas de Estado relacionadas à educação infantil excluem parte das crianças, principalmente as originárias de famílias trabalhadoras, agindo no sentido de reproduzir a exploração de trabalhadores no sistema capitalista.</p>Mariana Silveira dos Santos RosaIdorlene da Silva Hoepers
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2021-01-142021-01-1461666168110.5433/SGPP.2020v6.p1666Mulheres nas ciências exatas: estratégias de inclusão e desenvolvimento
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1167
<p>O presente trabalho visa apresentar reflexões sobre a histórica desigualdade de participação entre mulheres e homens na educação superior brasileira, especialmente nas ciências exatas, as chamadas STEM, do inglês Science, Technology, Engineering and Mathematics ou Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Ademais, é objetivo também refletir sobre os esforços realizados nos últimos anos para equidade de gênero na educação. A ideia é observar o caminho percorrido pelos estudos de gênero, especialmente os que privilegiam a temática do trabalho de reprodução e de produção social, observando a apropriação de tais contribuições na elaboração e implementação de políticas públicas educacionais com foco redução das assimetrias de entre mulheres e homens nas diversas instâncias da vida social.</p>Andreia dos Santos Barreto Monsores de Assumpção
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2021-01-142021-01-1461682170010.5433/SGPP.2020v6.p1682Política de enfrentamento às violências de gênero contra às mulheres no Brasil: um olhar a partir da sua implementação para às mulheres residentes em favelas
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1168
<p>Em 2018, às mulheres residentes no país representavam 51,7% da população brasileira, somando mais de 108 milhões, destas, mais de 55% eram mulheres negras. Neste mesmo ano, foram assassinadas 4.519 mulheres, sendo destas 68% negras. Das 60 milhões de mulheres negras que constituem a população brasileira, 10,5% residem em favelas e vivem em condição de pobreza. Tais dados demonstram parte da diversidade das mulheres brasileiras, nesse sentido, nos questionamos se o principal instrumento existente no país para o enfrentamento à violência contra às mulheres tem abrangido as mulheres em sua diversidade. Assim, o presente artigo é resultado da pesquisa que objetivou analisar como vem sendo a implementação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra às Mulheres, para as que residem em territórios de favelas. Objetivamos apresentar os avanços e desafios dessa política, a partir de Manguinhos, território de favela localizado na zona norte da capital do Rio de Janeiro.</p>Ariana Kelly dos Santos
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2021-01-142021-01-1461701172110.5433/SGPP.2020v6.p1701Políticas públicas de gênero e teoria dos jogos: até que ponto vale a pena punir?
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1169
<p>Questões atinentes à situação específica da mulher no mercado de trabalho estão na ordem do dia da agenda de discussão das políticas públicas brasileiras. Nesse contexto, destacamos o projeto de lei PLS 59/2017, de autoria do senador Benedito de Lira, que proibia a discriminação de sexo para a condição de empregado e tornava inadmissível qualquer diferença de salário pelo exercício da mesma função ou de atividade profissional equivalente em razão do sexo. Não tendo conseguido sensibilizar os seus pares, o projeto foi arquivado com o fim do mandato do seu proponente, em dezembro de 2018. Propomos como fio condutor da abordagem realizada neste artigo a economia feminista e o instrumental analítico da teoria dos jogos. Desenvolvemos um jogo que simula três cenários hipotéticos, a fim de discutir os prós e os contras de políticas públicas de caráter punitivo no combate à discriminação por gênero no mercado de trabalho, bem como os limites da aplicabilidade prática e eficácia de tais medidas.</p>Brena Paula Magno FernandezLiana Bohn
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2021-01-142021-01-1461722174710.5433/SGPP.2020v6.p1722Visões de Estado sobre as mulheres: avanços e desafios das políticas públicas para o mercado de trabalho
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1170
<p>As políticas públicas voltadas para a inserção, manutenção e atuação das mulheres no mercado de trabalho passaram por significativas transformações nas últimas décadas. O Estado, enquanto agente principal deste processo, implantou ações distintas, voltadas à proteção, à instauração de normas trabalhistas e previdenciárias, qualificação e incentivo de práticas de equidade no ambiente de trabalho. O presente trabalho pretende discutir sobre as fases iniciais do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça enquanto política voltada às mulheres no campo do trabalho. Para tanto, discorremos sobre os contextos que influenciaram no surgimento desta ação, o papel da secretaria de Políticas para as Mulheres e as articulações por ela realizadas. Identificamos as fragilidades do processo democrático no país como limitantes à continuidade do Programa e a urgência de se pensar em novos modelos de atuação de entidades representativas das demandas das mulheres, diante das transformações correntes no mercado de trabalho e no âmbitodemocrático.</p>Erica da Cruz Novaes Gonçalves Dias
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2021-01-142021-01-1461748176810.5433/SGPP.2020v6.p1748MÃES NA GRADUAÇÃO: política e maternidade nas universidades públicas do Brasil
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1171
<p>O artigo trata dos desafios de conciliar maternidade e universidade, focando a graduação, a partir da pesquisa etnográfica desenvolvida junto aoColetivo de Mães da UFF, do qual fiz parte (2016- 2019) e, que buscou visibilidade, apoio às mães e a implementação de políticas públicas específicas à permanência na universidade. Relaciona-se a um movimento de “politização” da maternidade, propondo novas linguagens e negociações. Os movimentos feministas levaram a importantes reflexões sobre a sujeição das mulheres (inclusive maternidade), bem como sobre um possível lugar de emancipação delas. A produção antropológica sobre o tema da maternidade cresce a cada dia e, a partir do trabalho de campo desenvolvido (2018-2019), propõe-se uma reflexão sobre os desafios enfrentados em conciliar maternidade e estudar em uma universidade pública no Brasil.</p>Tatiana Viana de OliveiraMirian Alves de Souza
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2021-01-142021-01-1461769178510.5433/SGPP.2020v6.p1769A difusão de políticas internacionais para o empoderamento econômico das mulheres no Brasil durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016)
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1172
<p class="Normal1">O presente trabalho investiga se as diretrizes internacionais da ONU para o empoderamento econômico das mulheres, alinham-se com as políticas públicas com recorte de gênero implementadas no governo Dilma Rousseff, a partir do conceito de difusão internacional de políticas públicas (DOLOWITZ, MARSH, 2000; ZAEI, 2014; BERNARDO, 2016; FARIA, 2018). Por meio da abordagem qualitativa, foi criado um quadro analítico-interpretativo, a fim de identificar, na primeira seção, os conceitos e instrumentos internacionais que poderiam representar fontes de difusão de políticas internacionais. E, na segunda, as leis pró gênero promulgadas entre 2011 e 2016, bem como a norma específica sobre empoderamento econômico das mulheres e compará-la com as resoluções internacionais acerca do tema. A análise considera que instrumentos internacionais difundiram, via emulação (DOLOWITZ, MARSH, 2000), objetivos políticos para a lei adotada no Brasil, em 2013, a qual visa a promoção do empoderamento econômico de mulheres.</p>Sabrina Moura de OliveiraSilvana Schimanski
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2021-01-142021-01-1461786180710.5433/SGPP.2020v6.p1786A discussão sobre políticas de licenças parentais no Brasil: Caminhos possíveis e desafios
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1173
<p>Este trabalho visa analisar as políticas de licenças maternidade e paternidade no Brasil, bem como a possível adoção de uma licença parental no país, usando como comparativo os modelos da Suécia, país pioneiro na adoção de tal política, e de países latino-americanos, como Cuba, Chile e Uruguai. A partir de revisão bibliográfica e análise de documentos bem como estudo de dados estatísticos, busca-se compreender de que forma a adoção de uma licença parental no Brasil seria benéfica para a diminuição das desigualdades de gênero. Conclui-se que apesar da resistência da implementação da medida por segmentos sociais alinhados a um discurso mais conservador, a mesma teria impactos positivos, vide os modelos de outros países analisados e seus resultados, proporcionando uma diminuição na divisão sexual do trabalho e progressivamente promovendo mudanças culturais para que as próximas gerações tenham condições de gênero mais equitativas.</p>Fernanda Sena FernandesJanaína Xavier Nascimento
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2021-01-142021-01-1461808182810.5433/SGPP.2020v6.p1808As mulheres encarceradas e a carência de políticas públicas prisionais de gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1174
<p>No século XX, as feministas politizaram a violência de gênero. O que era, até então, invisibilizado na vida privada foi explicitado. Isto impulsionou respostas estatais que desembocaram em políticas públicas (FARAH, 2004). A lei Maria da Penha é uma delas. Entretanto, a preocupação com a violência doméstica, embora tenha significativa importância, levou a uma subvalorização de outros espaços de violência - como as instituições prisionais femininas (BRAGA; ALVES, 2015). O número de mulheres encarceradas aumentou drasticamente nos últimos anos (NASCIMENTO, 2017) - o que explicitou as situações enfrentadas pela população carcerária feminina no interior das instituições. Somado a isso, se observa uma carência na construção e efetivação de políticas públicas que abranjam as violências de gênero observadas dentro do sistema carcerário. Cabe destacar que os homens encarcerados também lidam com o descaso do Estado na promoção de uma experiência prisional minimamente humanizada. Contudo, em decorrência do processo de invisibilização da população carcerária feminina, as mulheres tendem a ter o atendimento às suas demandas negligenciado (COLARES; CHIES, 2010, p. 408). A falta de atenção com a gestação, com a criação dos filhos e com a menstruação são apenas alguns dos elementos presentes no cotidiano das mulheres encarceradas (SANTORO, PEREIRA, 2018). Entretanto, pesquisas recentes demonstram que a população carcerária não assume um comportamento passivo diante do cenário enfrentado nas instituições prisionais. Os homens encarcerados, para enfrentar as violações de seus direitos básicos, se organizam coletivamente em um comando. É por meio do comando que a população carcerária masculina elabora estratégias de resistência - necessárias para sobreviver no interior dos cárceres (BIONDI, 2009). Este trabalho investiga se as mulheres adotaram estratégia parecida para lidar com a escassez de políticas públicas voltadas para as suas especificidades. Ou se, contrariamente aos homens, as mulheres resistem à falta de assistência do Estado de maneira individual, isto é, sem passar pela organização coletiva em um comando. O intuito da pesquisa é lançar luz sobre as possíveis estratégias de resistência das mulheres encarceradas diante da carência de políticas prisionais de gênero.</p>Pamella Picolli de LimaNathalia Mansour de OliveiraRaquel Kritsch
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2021-01-142021-01-1461829184710.5433/SGPP.2020v6.p1829Difamação e pânico como estratégia discursiva: análise do discurso conservador sobre os direitos da comunidade LGBTQIA+
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1175
<p class="Resumo-Texto">Considerando os direitos sexuais como um campo político, a presente pesquisa analisa os discursos dos grupos denominados de <em>“contra-gênero”, </em>que afirmam existir uma “ideologia” ou espécie de “doutrinação” de gênero nas políticas de reconhecimento de direitos de minorias historicamente excluídas do acesso a direitos, tais como a comunidade LGBTQIA+. Essa pesquisa se propôs a mapear quem são, como se organizam e onde atuam essas organizações, para então descrever seus argumentos, fundamentos e teses, tendo por recorte os discursos produzidos acerca do tema da diversidade sexual e dos direitos LGBTQIA+. Utilizou-se o método dedutivo, por meio da análise bibliográfica e documental, com a abordagem descritiva e a discussão do problema realizada de maneira qualitativa. Foram sistematizados dados para contribuir com a compreensão dos discursos e a percepção sobre os Direitos Humanos de grupos historicamente excluídos, para se pensar em estratégias dialógicas de enfrentamento aos problemas criados por esses discursos.</p>Marcelo de Souza CamposMarisse Costa de Queiroz
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2021-01-142021-01-1461848187610.5433/SGPP.2020v6.p1848Qual o lugar da maternidade lésbica e bissexual na escola?
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1176
<p class="Normal1">A existência das famílias formadas por mulheres lésbicas e bissexuais desafia a heterossexualidade compulsória e, por conseguinte, questiona o modelo de família tradicionalmente reproduzido pelas instituições sociais, especialmente a escola. Essa composição familiar binária que conserva como matriz de família ideal aquela composta pelo pai, mãe e filhas/os, parece perseverar ao lado de mudanças e desmembramentos ocorridos nas configurações familiares desde a década de 1970. Nesta perspectiva, é no contexto escolar que a chegada das crianças filhas de mães lésbicas e bissexuais rompe com a lógica binária promovendo outras possibilidades de conceber e viver em famílias. Ao considerar este debate, o presente artigo tem como objetivo problematizar o lugar que as mães lésbicas e bissexuais ocupam no contexto escolar. Para tanto, organizou-se uma pesquisa bibliográfica pautada nas Teorias Feministas e nos estudos sobre as Relações de Gênero. Nas considerações finais, apresentam-se justificativas que contribuem com investigações científicas interessadas na perspectiva das relações entre a escola e as famílias.</p>Luciene Celina Cristina MochiAna Rosa Costa Picanço Moreira
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2021-01-142021-01-1461877189510.5433/SGPP.2020v6.p1877Quando gênero vira “ideologia”: entendendo o discurso de negação dos direitos humanos de minorias socialmente excluídas
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1177
<p>Esse analisa a influência de discursos conservadores que negam a existência e a efetivação, por meio da educação, de direitos humanos complexos, compreendidos na categoria dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos. O objetivo é fazer um levantamento das notícias divulgadas nos meios de comunicação e mídias sociais por organizações que utilizam o termo “ideologia de gênero” em seu discurso, a fim de descrever seus argumentos, fontes teóricas e fundamentos. Parte-se da concepção de que existe uma ordem de gênero, dirigido à normatização de comportamentos (CONNELL, 2015; BUTLER, 2012). Por meio de revisão da literatura e análise documental, os resultados da pesquisa apontam que os grupos que utilizam em seus discursos a expressão “ideologia de gênero” movimentam recursos materiais e simbólicos para legitimar uma concepção única e fechada de masculinidade e feminilidade, atacando direitos reconhecidos de grupos minoritários.</p>Lorena Betina LazariniMarisse Costa de Queiroz
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2021-01-142021-01-1461896191510.5433/SGPP.2020v6.p1896Educação em gênero sob ataque: análise de legislações educacionais de municípios do Paraná objeto de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1178
<p>O Brasil assiste a um retrocesso no que se refere às políticas educacionais relacionadas à temática de gênero. Tal fenômeno passou a tomar força a partir da retirada das diretrizes relacionadas à gênero do Plano Nacional de Educação, em 2014. Esta ocorrência teve como consequência a retirada do tema de legislações Brasil à fora. Em verdade, em muitos locais verificou-se expressa censura da inclusão da temática, a despeito da existência de respaldo de diplomas nacionais e internacionais assegurando a necessidade da implementação de medidas educacionais para a superação da violência de gênero e alcance da igualdade. Ademais, as normas aprovadas constituem flagrante afronta a preceitos constitucionais, motivo pelo qual muitas delas tornaram-se alvo do ajuizamento de arguição de descumprimento de preceito fundamental junto ao STF. Um Estado destacou-se pela quantidade de ações: o Paraná conta com quatro ADPF´s contra legislações de Foz do Iguaçu, Londrina, Cascavel e Paranaguá. Assim, o objetivo deste artigo é analisar o conteúdo destas legislações, bem como a utilização do instrumento da ADPF no enfrentamento ao retrocesso na implementação de políticas educacionais acerca do tema.</p>Isabela Vince Esgalha FernandesSinara Pollom Zardo
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2021-01-142021-01-1461916193510.5433/SGPP.2020v6.p1916Reflexões sobre a segregação das mulheres na educação no Brasil
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1179
<p>O texto tem como objetivo refletir sobre a educação formal no Brasil em seu curso histórico e a segregação das mulheres nesse contexto. Foi realizada pesquisa bibliográfica a partir de fontes, que tem como direção, a teoria social crítica. Os resultados demonstraram que no Brasil, o acesso à educação formal para as mulheres é recente, e foi permeado por muitas dificuldades. As últimas barreiras legais para a educação das mulheres só foram rompidas com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 1971, que atribuiu equivalência entre os cursos secundários. Foi somente a partir de então que o normal secundário deixou de ser discriminado, por ser apenas um curso profissionalizante, e passou a dar acesso ao Ensino Superior.</p>Maria Inez Barboza Marques
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2021-01-142021-01-1461936195210.5433/SGPP.2020v6.p1936Sororidade concreta: a mais longa revolução do mundo
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1180
<p>O presente artigo apresenta a sororidade concreta, uma categoria em desenvolvimento a ser relacionada ao feminismo contemporâneo, em sua perspectiva interseccional, com enfoque conceitual derivado da pesquisa-ação realizada no cenário rural do interior da Bahia. Tal pesquisa-ação tem como foco o acompanhamento e assessoria jurídica do território dos acampamentos e assentamentos do Movimento Social Sem Terra, bem como inclui também territórios remanescentes de quilombos que resistem na Bahia. Observar parte do cotidiano dessas comunidades e de suas líderes tornou possível notar uma realidade propícia ao cunho deste novo termo, que representa a necessidade que as mulheres têm de se organizar em grupos que tenham como objetivo a obtenção de ganhos financeiros e políticos. </p>Beatriz Carvalho Torres MendesEmmanuel Oguri Freitas
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2021-01-142021-01-1461953196610.5433/SGPP.2020v6.p1953Em busca de si: como mulheres em situação de pobreza constroem formas de agenciamentos
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1188
<p>O objetivo deste trabalho é propor recursos teóricos e conceituais úteis para compreender formas de agência e de autonomia feminina entre mulheres pobres e negras, moradoras de grandes centros urbanos no Brasil. Em seu desenvolvimento, realizamos escolhas teórico-conceituais do feminismo, da sociologia do sujeito e da sociologia da agência e as mobilizamos no desafio de interpretar sociologicamente a trajetória de Rosa, mulher negra, de 67 anos, residente em Belém/Pará, beneficiária do Bolsa Família. Com uma descrição densa da narrativa de Rosa, interessa-nos apreender as interações entre as limitações que constrangem a ação e as oportunidades que resultam na busca de realizar seus próprios interesses. Buscamos com isso localizar em sua narrativa a rede de solidariedade na qual se ancora e fortalece a tessitura de escolhas, agenciamentos e oportunidades, ao mesmo tempo em que a impulsiona a driblar obstáculos.</p>Silvana MarianoLina Penati FerreiraMárcia Tavares
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2021-01-142021-01-1461967198910.5433/SGPP.2020v6.p1967Pragmatismo e normatividade no debate feminista: (re)pensando a crítica em Fraser e Benhabib
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1194
<p>Se o interesse precípuo da teoria crítica é por uma sociedade mais livre de suas formas de dominação, caberia a pergunta: quem são os grupos oprimidos em nosso tempo? Embora não haja resposta uníssona, Fraser e Benhabib, em comum, vem acusando a tradição da teoria crítica de preservar uma cegueira em relação ao gênero. Fraser formulou uma concepção de teoria crítica pensada a partir da conciliação entre <em>feminismo </em>e <em>pos-modernismo: </em>trata-se de uma teoria política e filosoficamente pragmática e normativamente esmorecida. Os esforços teóricos empreendidos por Benhabib buscam sanar os déficits de gênero da teoria crítica reafirmando a importância e o lugar que a filosofia política pode assumir para pensar a emancipação das mulheres em uma sociedade democrática. Explorar essas diferenças e similitudes teóricas e suas consequências para uma teoria feminista ou para uma teoria crítica, duas ideias amalgamadas nas obras das autoras, é o objetivo deste trabalho.</p>Guilherme Cardoso de Moraes
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2021-01-142021-01-1461990200910.5433/SGPP.2020v6.p1990Notas preliminares sobre capitalismo e patriarcado: o debate entre a teoria unitária e o feminismo materialista
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1195
<p>Este trabalho traz notas preliminares da pesquisa em andamento sobre a relação entre a teoria unitária da reprodução social e o debate da consubstancialidade ou a teoria dos sistemas duplos e triplos. Buscaremos analisar como se insere a categoria patriarcado na totalidade das relações sociais do modo de produção capitalista à luz das diferentes perspectivas. Por um lado, a produção teórica da corrente das feministas materialistas, de origem francófona, que sustenta a existência de um modo de produção patriarcal ou doméstico que coexiste com o capitalismo e dita as relações de opressão entre os sexos. Por outro, o que sustentam autoras do feminismo marxista da teoria da reprodução social, ou teoria unitária, na qual o patriarcado é parte do capitalismo, desde a sua origem, e que as relações de classe, gênero e raça compõe a unidade indivisível entre produção e reprodução social na totalidade sistêmica.</p>Clara Gomide Saraiva
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2021-01-142021-01-1462010203210.5433/SGPP.2020v6.p2010Lei de cotas e mulheres como candidatas: rumo à efetivação da democracia?
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1196
<p>O artigo analisa a efetividade da democracia brasileira a partir da instituição das cotas eleitorais de gênero e dos resultados de inserção das mulheres nas disputas eleitorais majoritárias à Câmara Federal e às Câmaras estaduais e distrital entre 1994 e 2018. A análise dos dados de mulheres candidatas à Câmara Federal e nas Câmaras estaduais e distrital, a partir dos critérios de democracia adotados por Guillermo O’Donnell (2013), constata uma melhora na qualidade democrática brasileira uma vez que lei de cotas amplia a cidadania política, principalmente das mulheres, e torna as eleições mais inclusivas. No entanto, a inclusão das mulheres na política, a partir da instituição das cotas eleitorais, ainda fica aquém dos resultados obtidos na inserção das mulheres na disputa política.</p>Adriana Alves Franco
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2021-01-142021-01-1462033205610.5433/SGPP.2020v6.p2033Diálogos entre carnes comestíveis: uma reflexão teórico-artística feminista
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1197
<p>A visibilidade da produção de artistas visuais mulheres é muito parca historicamente e reflete a constituição de uma sociedade que renegou a atuação e a criação femininas sob o discurso da superioridade masculina. Cabe, portanto, a pensadorxs e artistas hoje elucidar estas questões, buscando compreender quais são as tessituras de pensamentos e ideologias que as constituem, podendo olhar criticamente a arte por meio da própria arte. O objetivo deste trabalho é tecer a linha de questionamentos e reflexões sobre a ligação entre a animalização do corpo da mulher e a fetichização do consumo da carne de animais tomando como base alguns dos pensamentos de Jacques Derridá e dados estatísticos de institutos de pesquisa brasileiros. Esta reflexão foi a base da criação da obra de fotoperformance <em>Diálogos entre carnes comestíveis</em>.</p>Consuelo Vallandro Barbo
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2021-01-142021-01-1462057206610.5433/SGPP.2020v6.p2057Pró-feminismo e não violência contra a mulher nas letras do Emicida
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1198
<p>Recentemente o machismo presente nas letras de músicas se tornou tema para um importante debate sobre a percepção da incitação à violência, à manutenção dos estereótipos de gênero, apologia ao estupro, assédio sexual e reprodução das desigualdades. São exemplos, projetos como o Música Machista Popular Brasileira (MMPB), uma clara referência à MPB (Música Popular Brasileira), criado em 2018 e estudos como de Claro e Pereira, que analisam o Sexismo nas letras de rap: a sedimentação do machismo pela música; o de Silva e Lage, sobre Músicas que violentam a mulher: representações machistas nas letras do forró estilizado ou o artigo escrito por Verunschk, que analisa a identidade e machismo no forró pé de serra e no forró eletrônico. No MMPB, letras de Funks, Sertanejo (universitário) e até MPB tiveram seus trechos analisados e até reescritos. No entanto, existem músicos que escancaram as desigualdades em suas letras, que reivindicam lugar de fala e, que fazem um movimento pró-feminista, tema pouco tratado em textos e eventos que permeiam os estudos de gênero, mas que apresenta uma importante marca de diferenciação entre homem feminista e pró-feminismo, visto que um movimento idealizado e protagonizado por mulheres não precisa (e não pode) ter homens como figura central. O objetivo principal deste artigo, que lançou mão de diferentes referências bibliográficas relativas aos estudos de gênero, é refletir acerca das letras das músicas do rapper, cantor e compositor brasileiro, Emicida, refletindo sobre gênero enquanto uma perspectiva bidimensional fraseriana. Buscamos, ainda, identificar as consequências negativas desse machismo musical para a formação das futuras gerações, uma vez que mantém a percepção patriarcal e exclui de um espaço acessível à população o debate sobre temas feministas. Músicas como Mãe, Ooorra, e as canções do álbum mais recente do artista, AmarElo, problematizam a assimetria entre os gêneros no Brasil, temas ligados à desigualdade racial, bem como a postura de resistência frente ao momento em que os direitos humanos no país estão ameaçados.</p>Jamilly Nicácio NicoleteCarol Freitas
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2021-01-192021-01-1962067208510.5433/SGPP.2020v6.p2067Quem violenta mulheres?: a construção social da masculinidade e sua influência na violência de gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1199
<p>Este estudo objetivou analisar como a socialização dos homens contribui para a perpetuação da violência de gênero. Para isso, buscou analisar o conceito de gênero, identificar as diferenças na construção do feminino e masculino e investigar meios de combate à violência contra a mulher. A pesquisa foi realizada através de um levantamento bibliográfico acerca dos conceitos de gênero, masculinidade e violência contra a mulher, tendo como referenciais teóricos especialmente Joan Scott e Saffioti. O principal resultado da pesquisa consistiu na compreensão de que a construção social da masculinidade dentro de um sistema marcado pelo patriarcado acaba por formar homens que violentam mulheres, seja de forma física, sexual ou psicológica. Nos estudos de Erica Canuto (2018) foi encontrada a aplicação dos grupos reflexivos de homens como forma de solucionar o problema, vez que esses possibilitam a transformação dos padrões socioculturais.</p>Raissa Rayanne Gentil de Medeiros
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2021-01-192021-01-1962086210110.5433/SGPP.2020v6.p2086Violência doméstica e subjetividades: Lesbianiedades e trasgêneridades no contexto da lei Maria da Penha
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1200
<p>O presente trabalho aborda um estudo teórico da Lei Maria da Penha a partir das subjetividades das mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Essa lei é uma grande conquista para o movimento feminista e surgiu para prevenir e coibir as violências contra as mulheres no âmbito doméstico, familiar e nos relacionamentos afetivos. Apesar desta afirmar que todas as mulheres, independente de raça, classe, etnia, orientação sexual têm o direito de gozar da lei, isso inexiste na prática, em razão da concepção heteronormativa e cissexista da sociedade, acabando por invisibilizar algumas mulheres. Procuramos analisar o alcance da Lei Maria da Penha especificamente para mulheres lésbicas/bissexuais e transgênero e debater sobre a ausência de produções científicas, principalmente jurídicas. A ausência de políticas públicas para essas mulheres decorre dessas invisibilidades. Para isso, utilizaremos o método dedutivo e a análise bibliográfica histórico-social acerca da violência doméstica, envolvendo mulheres lésbicas/bissexuais e trans no Brasil.</p>Giovana Oliveira MontanherCrishna CorreaBeatriz Negreiros
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2021-01-142021-01-1462102211910.5433/SGPP.2020v6.p2102Feminicídio e as políticas públicas para a inserção de uma metodologia investigatória na perspectiva de gênero
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1202
<p>A violência de gênero é resultante de uma desigualdade estrutural e histórica entre homens e mulheres. Nas últimas décadas foram elaboradas diversas medidas para elidir essas agressões. Para conduzir a fase investigatória dessas mortes foram elaboradasrientações de âmbito internacional, adaptadas pelo Brasil logo em seguida. O objetivo desse trabalho é promover a discussão teórica sobre a inserção de políticas públicas na aplicação de uma metodologia investigatória na perspectiva de gênero e como isso repercute no procedimento investigatório nos casos de mortes violentas de mulheres. Para o estudo da temática foi desenvolvida pesquisa bibliográfica e documental, com revisão das legislações nacionais e internacionais. A análise realizada demonstrou a insuficiência da tipificação isolada quanto à violência de gênero, concluindo-se a importância da aplicação de uma metodologia investigatória que garanta um enquadramento penal satisfatório, utilizando esses dados na criação de políticas públicas capazes de erradicar essa violência.</p>Ana Rebeca Oliveira CiriloAna Raquel Oliveira CiriloNaila Fortes
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2021-01-142021-01-1462120213410.5433/SGPP.2020v6.p2120A produção discursiva sobre a violência de gênero na contemporaneidade
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1205
<p>Este trabalho busca investigar a produção discursiva sobre a violência de gênero, direcionada as mulheres na contemporaneidade. Para tanto, consideramos a análise do discurso sobre a narrativa produzida, tanto pela mulher em situação de violação de seus direitos, como dos profissionais que ofertam atendimento a este público como elementos de pesquisa. Esta escritura dialoga com os estudos feministas, lança seu olhar aos dados estatísticos – Dados do Disque 180, da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência; O <em>Mapa da Violência no Brasil – Homicídio de Mulheres no Brasil </em>(2015); O <em>Mapa da Violência Contra a Mulher </em>(2018) e o <em>Atlas da Violência </em>(2019) e dos anos sequentes. Neste trabalho buscamos o lugar de fala da mulher que tem seu histórico de vida marcado pela violação de seus direitos. A investigação configura-se como qualitativa, é realizada no município de Joinville, Santa Catarina, no Brasil, em especial no Abrigo Institucional para Mulheres em Situação de Violência.</p>Maria Cecilia Takayama Koerich
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2021-01-142021-01-1462135215110.5433/SGPP.2020v6.p2135A violência doméstica contra a idosa e a possibilidade de aplicação da teoria do diálogo das fontes
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1208
<p>A feminização da velhice vai além do simples aumento demográfico de mulheres idosas em relação aos homens, abarcando questões como a violência doméstica. Paralelamente, o Judiciário ainda debate acerca do conflito negativo de competência entre a Vara da Mulher e a Vara do Idoso para o processamento e julgamento de casos de violência doméstica contra a idosa. O presente estudo objetiva analisar a possibilidade de aplicação da tese do diálogo das fontes aos casos de violência doméstica contra a mulher idosa no Brasil. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e o estudo de caso de duas decisões proferidas pela 2ª Vara da Comarca de Rosário/MA presidida pelo magistrado José Augusto Sá Costa Leite. Com isso, observou-se que a tese dos diálogos das fontes pode ser aplicada nessa situação, ante a necessidade de uma relação de complementaridade entre as normas e não uma relação de exclusão.</p>Patrícia Tuma Martins BertolinWerdeson OlimpioArtenira da Silva e Silva
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2021-01-192021-01-1962152217410.5433/SGPP.2020v6.p2152Ensaio preliminar sobre violência de gênero no ambiente universitário em uma universidade pública do Paraná.
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1209
<p>A violência de gênero se trata de um fenômeno com incidência em todos os âmbitos sociais. Um fato que merece investigação na educação superior. Assim, a proposta deste artigo consiste em apresentar resultados preliminares da pesquisa “Rompendo o silêncio: violência de gênero no ambiente universitário”, que buscou caracterizar e estimar a prevalência da violência de gênero em uma universidade pública multicampi do estado do Paraná. Trata-se de um estudo transversal quantitativo obtido de amostra composta por 647 respondentes. Destaca-se que 71% de respondentes são mulheres, na faixa etária de 18 a 23 anos (81%). Os dados coletados permitiram identificar diversas situações caracterizadas como violência de gênero, sendo que os agressores na maioria dos casos são homens. Do total de respondentes, 81% não reportam as violências sofridas para algum órgão da universidade. Esses achados preliminares possibilitam desvelar um cenário de práticas de diversos tipos de violências e de omissões institucionais. </p>Elisangela Aparecida da Silva LizziMaria Cristina Cavaleiro
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2021-01-142021-01-1462175219010.5433/SGPP.2020v6.p2175A casa das Marias: um estudo sobre a política de centro de atendimento à mulheres.
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1210
<p>O presente artigo analisa a efetividade do Centro de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares-CRAMLV. Este serviço se constitui enquanto política pública de atenção às mulheres que vivenciam as violências de gênero. O CRAMLV é fruto da luta dos movimentos feministas e de mulheres em Salvador/BA. O trabalho utilizou metodologia mista, tendo como instrumentos: observação direta, a aplicação de questionário, entrevistas aprofundadas e diário de campo. A amostra presente no artigo foi composta por 22 mulheres que recebiam atendimento jurídico e psicossocial. As entrevistas revelaram a importância de uma escuta, um olhar e um atendimento especializado no enfrentamento as violências de gênero recorrentes no âmbito doméstico e familiar.</p>Jenefer Soares
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2021-01-142021-01-1462191221310.5433/SGPP.2020v6.p2191A correlação entre a implementação do Grupo Reflexivo de Homens e o decréscimo na reincidência dos casos de violência contra a mulher
https://anais.uel.br/portal/index.php/SGPP/article/view/1211
<p>A violência contra as mulheres está relacionada às desigualdades de gênero presentes na sociedade. Isso porque esta é marcada pelo patriarcado, o qual banaliza, legitima e gera omissão da sociedade perante a violação dos direitos das mulheres. Diante desse cenário, políticas públicas específicas para o enfrentamento da violência contra a mulher tornam-se essenciais. Sendo assim, a Rede de Frente de Barra do Garças, foi construída a fim de aprimorar as respostas públicas ante a violência doméstica contra a mulher. Nesse contexto, surgiu uma importante medida: o Grupo Reflexivo de Homens (GRH). Este é um programa de tratamento destinado aos que cometem agressões contra mulheres, no qual os participantes refletem sobre seus atos, bem como construção da masculinidade e suas implicações, visando alterar seus comportamentos, quando possível. Assim, o presente estudo objetiva compreender a relação do GRH com o decréscimo na reincidência dos casos de violência contra a mulher.</p>Luis Antônio Bitante FernandesJamile Moreira Kassem
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2021-01-142021-01-1462214223010.5433/SGPP.2020v6.p2214