ALIMENTAÇÃO ENTERAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E HIPERGLICEMIA DE ESTRESSE

  • Luana Graziely Parra da Silva Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Fabiana Fernandes Gamba Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Jhennifer Camila Peixoto Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Aline Franco da Rocha Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Abstract

INTRODUÇÃO: O estado nutricional do paciente crítico irá deliberar sua evolução
clínica, sendo inegável a importância do suporte nutricional na abordagem do
processo terapêutico do paciente com Hiperglicemia de Estresse (HE). Pacientes em
estado crítico apresentam uma correlação entre o aporte nutricional e o
desenvolvimento da HE por um aumento do estresse endócrino-metabólico
associado a um catabolismo proteico prolongado. O período em jejum em conjunto
com a terapia nutricional abaixo da meta aumenta a resposta metabólica
consequentemente liberando hormônios contrarreguladores, sendo assim a terapia
nutricional (TN) inadequada corrobora para o quadro de HE. Perante o grande
impacto nocivo na sobrevida dos pacientes com HE, estudos foram desenvolvidos
para implementação de medidas dispostas a reduzir a morbimortalidade de
pacientes internados em UTI por meio de protocolos com controle glicêmico através
da administração de insulina. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da alimentação enteral
no desenvolvimento da HE, prognóstico e mortalidade em pacientes críticos
internados em UTI. MÉTODOLOGIA: Estudo quantitativo do tipo coorte
retrospectivo. A coleta de dados foi realizada em duas UTIs de um hospital escola
do norte do Paraná. Estas UTIs contam com 16 leitos de internação para pacientes
clínicos e cirúrgicos. Os dados foram coletados do prontuário eletrônico de uma
amostra de 257 pacientes internados nestas unidades no intervalo do ano de 2020-
2021. RESULTADOS: A mediana de glicemia no 7º dia de internação foi de
169mg/dl. Ao avaliar o desfecho mortalidade e uso de nutrição enteral (NE) no 7º
dia de internação os pacientes em jejum apresentaram 47% mais chances do
desfecho mortalidade em comparação aos pacientes alimentados via NE (HR: 0,538;
IC: 0,351 – 0,823). Assim a NE foi fator protetor contra o desfecho mortalidade.
CONCLUSÃO: Os resultados ressaltam que o controle glicêmico em pacientes
internados na UTI tem relação direta com a terapia nutricional enteral. A NE na
meta calórica correta é um fator protetor contra o desfecho de mortalidade e
principais complicações ocasionadas pela HE somados ao acompanhamento
rigoroso da glicemia capilar com correção adequada caso seja necessário, promove
melhores prognósticos clínicos para o paciente crítico.

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Published
2023-08-14