COLONIZAÇÃO DE PACIENTES ADULTOS APÓS BRONCOSCOPIA EM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO

  • Patrícia Rufino Dornellas Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Renata Aparecida Belei Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Vitor Hugo Perugini Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Joseani Coelho Pascual Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Cláudia Valéria Orasmo Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Daniela Ferreira Hipólito Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Pedro Luiz Belei Garcia Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Cláudia Maria Dantas de Maio Carrilho Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Jayne Akemi Ohara Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Francielly Palhano Gregorio Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Resumen

Introdução: Os exames realizados com equipamentos endoscópios são essenciais para o diagnóstico e tratamento de várias doenças. Entretanto, o reprocessamento seguro de endoscópios flexíveis ainda é um desafio, pois são equipamentos termossensíveis, de estrutura complexa, de difícil limpeza e desinfecção. Apesar de protocolos validados, treinamentos contínuos, produtos de limpeza e de desinfecção de qualidade e qualificação de processos, há riscos de contaminação desses equipamentos. Objetivo: Relatar a colonização de 4 pacientes adultos após broncoscopia atendidos em hospital público terciário. Metodologia: Estudo descritivo, realizado em fevereiro de 2023, em um hospital universitário do norte do Paraná, que identificou o crescimento de bactérias em lavado broncoalveolar após broncoscopias de pacientes adultos, realizadas em dois dias consecutivos. Resultados: Foi identificado o crescimento dos mesmos microrganismos na secreção traqueal de pacientes após broncoscopia do dia 28/02 (Stenotrophomonas maltophilia 106 unidades formadoras de colônias (UFC) e Acinetobacter baumannii 104UFC), caso índice. Em três pacientes que fizeram broncoscopia no dia 01/03/2023 também foram identificados esses microrganismos, totalizando 4 pacientes. Dos 4 pacientes, dois eram do sexo masculino, com 24 e 41 anos, e dois eram do sexo feminino, com 39 e 50 anos. Todos foram rastreados e acompanhados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar até a alta para investigar possível infecção, mas nenhum paciente desenvolveu processo infeccioso, sendo confirmada apenas a colonização do trato respiratório por essas bactérias. Todo o fluxo de trabalho da equipe do Setor de Endoscopia foi revisto, não sendo encontradas falhas no seguimento dos protocolos institucionais. Entretanto, nova capacitação da equipe que manuseia, realiza o procedimento e o reprocessamento dos broncoscópios foi realizada, como processos de melhorias dos cuidados dos equipamentos, assim como do transporte e armazenamento dos mesmos. Conclusão: O reprocessamento de endoscópios flexíveis é uma prática complexa, que precisa de auditorias contínuas, supervisão e treinamentos dos profissionais que os manuseiam com frequência. Além disso, identificar possíveis fragilidades dos processos de reprocessamentos de broncoscópios pode prevenir novas colonizações e agravos aos pacientes.

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Publicado
2023-08-20