INTERCORRÊNCIAS DURANTE A HEMODIÁLISE ENTRE PACIENTES HOSPITALIZADOS

  • Rafaela Rossi Signolfi Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Laura Pombani Luz Guariento Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Roberto Emanuel Bueno Ferreira Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Aline Aparecida Vieira Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Denise Andrade Pereira Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Marina Grandini Spiller Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Resumen

Introdução: A hemodiálise é uma terapia renal substitutiva caracterizada pela depuração do sangue por meio de uma máquina, a qual desempenha a função de um rim extracorpóreo. Tal tratamento pode resultar em diversas complicações clínicas como a hipotensão arterial grave, a taquicardia, a bradicardia, a dessaturação, a insuficiência respiratória e, até mesmo, evoluir para parada cardiorrespiratória. Por outro lado, podem ocorrer intercorrências técnicas durante as sessões, como, por exemplo, a obstrução do sistema ou do cateter por coágulos, a inversão de lúmens devido ao fluxo sanguíneo ineficaz e, quando o próprio cateter possui um fluxo sanguíneo ruim, faz-se necessária a filtração por meio de um fluxo menor ao prescrito. Tanto as complicações clínicas quanto as técnicas contribuem para a piora do quadro do paciente e dificultam a resposta ao tratamento. Objetivo: Identificar as intercorrências durante as sessões de hemodiálise entre pacientes hospitalizados. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo desenvolvido em um hospital terciário do Sul do Brasil entre pacientes hospitalizados submetidos à terapia dialítica no período de março a abril do ano de 2023. Para a coleta de dados, utilizou-se uma plataforma online com os registros à beira leito das sessões. Após, estes foram inseridos em uma planilha no Microsoft Excel®. Resultados: Identificou-se que, a cada 10 pacientes, 6 apresentaram intercorrências em pelo menos uma sessão de hemodiálise (64,9%, n=37). Destas, 36,8% (n=21) foram de caráter técnico e 28,1% (n=16) eram relacionadas ao estado hemodinâmico do paciente. Em relação aos aspectos técnicos, observou-se que a inversão de lúmens do cateter foi a mais frequente (31,5%, n=18) e, quanto ao estado hemodinâmico, a hipotensão grave foi identificada em 21% (n=12) das sessões. Conclusões: As intercorrências técnicas foram as mais prevalentes durante as sessões de hemodiálise. A implementação de ações relativas à inserção, manipulação e manutenção dos cateteres de hemodiálise de forma segura poderão contribuir para prevenção de complicações e garantia de um tratamento efetivo com vistas à redução da morbimortalidade e promoção da qualidade de vida dos pacientes.

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Publicado
2023-08-20