QUEIMADURAS ELÉTRICAS: INCIDÊNCIA, EPIDEMIOLOGIA E MORTALIDADE

Palavras-chave: queimaduras, queimaduras por corrente elétrica, unidade de queimados

Resumo

As queimaduras elétricas têm uma incidência relativamente baixa, porém são causa de lesões térmicas muito graves (1). Os adultos são acometidos no ambiente de trabalho enquanto os acidentes com crianças costumam ocorrer no ambiente doméstico (2). O objetivo do presente trabalho é avaliar a incidência e a mortalidade de pacientes vítimas de queimaduras elétricas em um hospital, através de um estudo epidemiológico observacional descritivo, retrospectivo. Foi realizado um levantamento de banco de dados coletados entre os anos de 2018 e 2023 (janeiro/18 e abril/23). Como resultados, entre o período de janeiro de 2018 e abril de 2023, ocorreram 1286 internamentos em unidade específica de tratamento de queimados, sendo 117 casos devido a queimadura elétrica (9,09%). A superfície corporal comprometida variou de 0,5 a 87% (média de 11,73%). Quanto ao gênero, a predominância foi do sexo masculino (6 pacientes eram do sexo feminino e 111 do sexo masculino). A idade média dos pacientes foi de 35 anos (variando entre 6 e 76 anos). Dezesseis porcento dos casos ocorreram com alta tensão, 19,65% foram causados por arco voltaico e 64% por causas não especificadas. O tempo de internação variou de 1 a 105 dias, com média de 25 dias. A mortalidade ficou em 9,4%. No presente estudo, a incidência e taxa de mortalidade por queimaduras elétricas ficou muito próxima dos achados de literatura (3). A faixa etária média encontrada nos pacientes foi de 35 anos sendo eles predominantemente do sexo masculino (1), idade na qual os indivíduos são considerados economicamente ativos.  Devido à grande morbidade associada a sequelas funcionais e cosméticas, as queimaduras elétricas geram um grande impacto sócio econômico por comprometer indivíduos jovens (2), desta forma, medidas educativas e preventivas (4) têm grande importância para diminuir esses desfechos deletérios.

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Biografia do Autor

Amanda Vieira Montrezol, Universidade Estadual de Londrina

Estudante de medicina da Universidade Estadual de Londrina
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, PR, Brasil

Guilherme Figueiredo Berbert, Universidade Estadual de Londrina

Estudante de medicina da Universidade Estadual de Londrina
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, PR, Brasil

Ligia Maria Silva de Oliveira, Universidade Estadual de Londrina

Estudante de medicina da Universidade Estadual de Londrina
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, PR, Brasil

Elisangela Flausino Zampar, Universidade Estadual de Londrina

Centro de Tratamento de Queimados, Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina – PR

elisangelaf@uel.br

Erika Cristiane Mayumi Mimura, Universidade Estadual de Londrina

Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina

Unidade de Terapia Intensiva e do Centro de Tratamento de Queimados da Universidade Estadual de Londrina

Professora do Departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual de Londrina na disciplina de Clínica Médica e Semiologia

Universidade Estadual de Londrina
Londrina, PR, Brasil

mayumi@uel.br

 

Publicado
2024-12-06