Trabalho e migração: reflexões interseccionais e decoloniais
Resumo
Este artigo busca refletir sobre os aspectos sócio-históricos que atravessam a questão do trabalho e do processo de migração, a partir de uma perspectiva decolonial e interseccional. Tem como principal ponto de partida as bases colonialistas que estruturam o nosso país, assim como outros países latino-americanos. Esses contextos territoriais foram marcados pela opressão colonial. As marcas desse processo se expressam de ser e de se conformar enquanto uma economia periférica. Importa destacar as fortes bases históricas que configuram e estruturam estas sociedades até a atualidade. Assim, a centralidade do trabalho nas relações societárias ganha características próprias e se estruturam em dinâmicas internacionais com base, principalmente, de acordo com marcadores específicos como, classe, raça e gênero, entre outros. As migrações também trazem essa conformação e na contemporaneidade assume novas formas. Assim, nesse artigo pautados em uma abordagem decolonial e interseccional buscamos analisar essas dinâmicas, destacando a necessidade de políticas e práticas que garantam os direitos sociais.