AS PRECÁRIAS CONDIÇÕES DE VIDA DOS REFUGIADOS VENEZUELANOS NO BRASIL EM PARALELO A PANDEMIA DO COVID-19
Resumo
A partir de 2015, devido a intensa crise na Venezuela, o fluxo de venezuelanos cruzando a fronteira do norte do Brasil teve um grande aumento. O sistema público nacional não estava preparado para essa súbita torrente de refugiados, acarretando um cenário de extrema vulnerabilidade para os venezuelanos em terras brasileiras. Nesse contexto, a pandemia do COVID-19 agravou este cenário, posto que a maioria dos refugiados exercem trabalho informal, vivem em abrigos públicos, na rua e não possuem acesso a direitos sociais, como o acesso a saúde, áreas essas muito agravadas pelo surto do vírus e pelo lockdown. Assim, percebe-se a urgência em torno da discussão e atuação do governo em torno dessa grave crise humanitária. Desse modo, por meio de trabalhos científicos e informativos, enxerga-se que desde 2015 essa aflição nunca se mostrou tão alarmante quanto no atual momento. Logo, em decorrência da fácil transmissão do vírus as áreas de trabalho, devido ao distanciamento social e fechamento de postos de serviço, da saúde e atendimento básico, com hospitais e leitos lotados e de moradia coletiva se tornaram ainda mais precárias. Dada essa prévia análise, torna-se claro o agravamento da situação dos refugiados venezuelanos no Brasil, devido à pandemia do COVID-19, os quais carecem de um acolhimento tanto do Estado quanto do povo brasileiro. Contempla-se assim, que a situação dos venezuelanos sempre se mostrou alarmante, contudo, devido aos acontecimentos de 2020, esta se tornou mais notória, revelando o descaso do governo com os refugiados.