ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO EM SAÚDE DA MULHER NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA
Resumo
Introdução: O compartilhamento dos saberes multiprofissionais nas discussões de casos clínicos pode contribuir com os estudos sobre a epidemiologia e farmacoterapia na graduação. Objetivo: Descrever a epidemiologia e farmacoterapêutica dos casos discutidos em saúde da mulher no Hospital Universitário de Londrina. Metodologia: A partir de 444 mulheres internadas na maternidade e na enfermaria do HU da UEL e atendidas pela equipe multiprofissional de saúde da mulher no período de março-julho/21, 44 casos (10%) foram selecionados para discussão e análise epidemiológica e farmacoterapêutica. Os dados foram tabulados e consolidados no Excel para estatística descritiva. Estudo aprovado pelo CEP-UEL. Resultados: Os 44 casos de saúde da mulher mostraram idade média de 35 anos (DP=13), a maioria era gestante (34; 77%), em idade gestacional média 30 semanas (DP=5), 4 diagnósticos (DP=3) concomitantes, prevalecendo: Hipertensão Arterial Crônica (14; 32%); Hipotireoidismo (12; 27%), Diabetes (12; 27%) e Obesidade (10; 23%). Prescrição média de 10 medicamentos (DP=6), os mais frequentes: Dipirona (37; 84%), Insulina (32; 74%), Metoclopramida (31; 70%), Sulfato Ferroso (28; 64%), Nifedipina (13; 30%), Omeprazol (13; 30%) e Enoxaparina (13; 30%). Em 11 (25%) casos houve interação medicamentosa grave em potencial que pôde ser evitada por intervenção farmacêutica junto à equipe médica. Conclusões: Evidenciamos a polifarmácia e a prevenção de interações medicamentosas graves e complicações clínicas das pacientes, por meio de intervenções farmacêuticas junto à equipe médica. A epidemiologia dos casos discutidos reflete o perfil de maior atenção farmacêutica em saúde da mulher hospitalizada no período de estudo.
