DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E DESEMPENHO DO MERCADO DE TRABALHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL DE 2012 A 2019
Resumo
A construção civil é uma grande geradora de empregos, por alocar grande quantidade de mão de obra ocupada na economia brasileira. O objetivo deste trabalho é analisar o impacto da crise iniciada em 2014 no mercado de trabalho da construção Civil e na distribuição de renda na economia brasileira no período de 2012 a 2019. Para tanto, verifica-se algumas características das pessoas ocupadas por setores de atividade da economia, separando a construção civil como um setor específico; examina-se também, a distribuição de renda por setor e por ocupação na construção civil. Utiliza-se a metodologia da decomposição do Índice de Gini, com a base de dados extraída da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC/IBGE) dos respectivos anos. Como resultado, pode-se apresentar que o índice de Gini, tanto do Brasil como do setor da Construção Civil, apresentou queda no período de 2012 a 2014 e reverteu a trajetória a partir de 2014 em consequência da crise naquele ano; verifica-se uma redução na diferença salarial entre gênero, em 2012, o rendimento médio habitual dos homens era 35,6% acima do rendimento das mulheres, em 2019, caiu para 28,7%; a informalidade se intensificou a partir de 2014 na construção Civil, chegando em 2019 com mais de 60,0% dos trabalhadores do setor na condição de empregado informal ou conta-própria sem contribuição à Previdência Social. Sendo assim, para ocorrer a retomada do crescimento econômico faz-se necessário o retorno dos investimentos realizados na construção civil, pois é visível seu impacto medido em renda, emprego e imposto.