EDUCAÇÃO E DEPRESSÃO: COMO AS RELAÇÕES CAPITALISTAS SE REPRODUZEM NAS ESCOLAS E ADOECEM TANTO DOCENTES QUANTO DISCENTES

  • Mirian Borges da Silva Universidade Estadual de Londrina
  • Adriana de Fátima Ferreira Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: capitalismo, educação, saúde mental

Resumo

Historicamente, a depressão foi fundamentada em elementos estigmatizados, sejam eles místicos ou científicos; antes do Iluminismo, a maioria das explicações para essa doença estavam relacionadas à moral religiosa. A partir de 1864, as teorias racionalistas triunfaram. Até hoje, a pesquisa obteve avanços significativos no tratamento das depressões, porém o número de suicídios e depressões só vêm aumentando. Ao analisar a ideologia capitalista, uma das premissas é o “desempenho” dos sujeitos na vida social e econômica, disseminado pela hegemonia burguesa como a receita da felicidade. Porém, ignora-se aqueles que não veem tal realidade como “feliz”, tais sujeitos (depressivos) são prontamente estigmatizados, pois a depressão é uma patologia da insuficiência resistente à aceleração capitalista. Com o desenvolvimento dessas ideias, o objetivo foi analisar as relações entre o capitalismo nas escolas e a saúde mental dos sujeitos. O trabalho foi realizado em aula online, a partir de uma etnografia investigativa acerca do significante “saúde mental”, mobilizado durante uma aula sobre “Suicídio”; possível pela Residência Pedagógica. Pôde-se concluir, que na realidade escolar lida-se continuamente com tempo e exigências. Cobrados dos alunos, professores, coordenadores e diretores: subordinados ao governo e hierarquizados pelo capitalismo. Para isso, se despreza a noção de “tempo” como o tecido da vida humana que deve ser cuidado.

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Publicado
2021-12-15