NEOLIBERALISMO: NOVAS ESTRATÉGIAS PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Resumo
Em face das recorrentes crises capitalistas que desestabilizaram o plano macroeconômico no último século, o neoliberalismo passa a concretizar suas estratégias de conquista hegemônica. Nesse contexto, com a chegada do Toyotismo às indústrias, passa-se a buscar maneiras que possibilitem a formação da moderna sociedade globalizada, ocupando a educação, um lugar privilegiado perante a nova estrutura do capital. Nesse sentido, o Brasil começou, então, a sofrer influências na reestruturação de suas políticas educacionais, de acordo com as perspectivas de organismos internacionais como o Banco Mundial. Tais influências acabaram por conduzir a escola pelo caminho do mercado, funcionando como uma empresa, já que busca formar indivíduos com capacidades mínimas (LIBÂNEO, 2012). Assim, faz-se necessário compreender em que condições se dão as políticas de ajustes educacionais atreladas ao ideário neoliberal na formação de educandos e educadores. O que, segundo os autores que embasarão este estudo, legitima a exclusão dos indivíduos que são e ainda serão marginalizados pelo capital. Analisar os desencontros propostos pela agenda de educação empresarial se faz necessário na busca pela verdadeira essência que constitui a educação. Dessa forma, serão apresentadas informações de caráter teórico que possibilitem a compreensão sociológica crítica das estratégias utilizadas, na vinculação dos sistemas de ensino ao capital.