O GENOCÍDIO DOS POVOS YANOMAMI PELA GESTÃO DO BOLSONARO: O DESGOVERNO, O GARIMPO ILEGAL E A PANDEMIA
Resumo
O Território Indígena Yanomami, demarcado em 1991 e homologado em 1992, constitui a maior reserva indígena do Brasil e uma das maiores da América Latina, sendo indispensável para a preservação ambiental e cultural indígena. No entanto, essa reserva é vítima de ataques constantes por garimpeiros ilegais, da pandemia do COVID-19 e do descaso governamental, culminando em mortes de homens, mulheres, idosos e crianças indígenas, além da degradação do meio ambiente. Nesse sentido, a presente pesquisa visa denunciar o genocídio do povo Yanomami, resultado da presença marcante do garimpo em seu território, responsável também por levar doenças como a malária e COVID-19. Ademais, menciona-se a contribuição significativa da omissão do governo frente as atrocidades cometidas contra essa população além do incentivo presidencial para a manutenção dessa atividade e violação dos direitos indígenas. Propõe-se a analisar a influência da atual conjuntura política brasileira na eliminação dos Yanomami e no desrespeito ao seu território, assim como na consolidação do poder de garimpeiros, uma das bases do bolsonarismo. Expõe-se também a situação de alto risco que a pandemia causou a essa população, em junção com as falhas no sistema de saúde, inacessibilidade e a presença de garimpeiros ilegais em seu território. Para tal, desenvolve-se uma pesquisa de caráter qualitativo, exploratório e investigativo, fundamentada em notícias atuais e resoluções da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Conclui-se que há uma tentativa de extermínio da população Yanomami, com aval do governo Bolsonaro, repetindo-se a prática condenada em 1996 de genocídio indígena Yanomami com o Massacre de Haximu.