O LEGADO DO BARÃO DO RIO BRANCO E OS PRÍNCIPIOS DA DIPLOMACIA BRASILEIRA

  • Humberto Harb Mori Universidade Estadual de Londrina
  • Marcia Teshima Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Política Externa, Rio Branco, Conciliação

Resumo

Com a contínua migração de venezuelanos para o Brasil, evidenciou-se a importância e necessidade da mediação do conflito do país vizinho, de forma a evitar um desastre humanitário. A presente pesquisa, de natureza indutiva, tem como proposta analisar os princípios que caracterizam a diplomacia brasileira. A política externa do Brasil remete a José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, responsável pela consolidação das fronteiras brasileiras, por meio de negociações bilaterais e arbitragens. Os métodos utilizados por ele eram resumidos pelos princípios da não-intervenção em assuntos domésticos e solução pacífica dos conflitos. Dentre os feitos de Rio Branco, destacamos a demarcação da fronteira do Amapá com a Guiana Francesa e o Tratado de Petrópolis, que anexou o território do Acre ao Brasil. Posteriormente a sua gestão no Ministério das Relações Exteriores, o Brasil contribuiu significativamente, por meio da mediação, na busca pela paz mundial. O Acordo Global de Paz entre Peru e Equador em 1998 e a Declaração de Teerã, resultado da busca junto a Turquia por soluções diplomáticas para a crise entre o Irã e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2010, são exemplos dessa contribuição em âmbito regional e global, respectivamente. O legado deixado por Rio Branco e sua capacidade de conciliação serviu, portanto, como base para seus sucessores, possibilitando o destaque do Brasil em instituições importantes, como a ONU, e a relevância do país no cenário internacional.

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Publicado
2021-12-17