STAPHYLOCOCCUS AUREUS: IDENTIFICAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO PARA CARACTERIZAÇÃO DA SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS
Resumo
Introdução: Bactérias multirresistentes representam um problema global de saúde pública, visto que podem facilitar e potencializar a ocorrência de infecções. Staphylococcus aureus, por sua vez, possui um importante desenvolvimento de resistência a antimicrobianos. Objetivo: Este projeto teve como objetivo aprender a identificar S. aureus e a avaliar a sensibilidade à meticilina. Metodologia: Amostras de Staphylococcus spp. identificadas no setor de microbiologia do HU, no período de junho a setembro, foram selecionadas e sub-cultivadas em Agar Manitol Salgado e submetidas ao teste de DNAse. As colônias amarelas, fermentadoras de manitol, e que degradaram DNA, verificado pela formação de um halo transparente ao redor das colônias, após aplicação de ácido clorídrico, foram consideradas S. aureus. Para a verificação da sensibilidade a meticilina foi utilizado o método de disco-difusão, utilizando-se disco de cefoxitina, de acordo com BrCast 2021. O isolado foi considerado MRSA (Methicillin-resistant S. aureus) quando o halo de inibição ao redor do disco de cefoxitina foi menor ou igual a 22 mm. Resultados: Foram incluídas 280 amostras de Staphylococcus spp. e 191 (68,2%) foram fermentadoras do manitol e DNAse positivo e confirmadas como Staphylococcus aureus. Destes, 69 (36,1%) foram resistentes a cefoxitina e caracterizados como MRSA e 122 (63,8%) como MSSA (Methicillin-susceptible S. aureus). Conclusão: Diante disso, foram conhecidas as metodologias para caracterização de Staphylococcus e identificação de S. aureus. Além disso, foi possível identificar MRSA, um microrganismo multirresistente potencialmente patogênico mensurado por meio de testes laboratoriais. Portanto, a caracterização dos microrganismos é uma ferramenta indispensável no enfrentamento da resistência microbiana.