INFECÇÕES DA CORRENTE SANGUÍNEA POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA, DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

  • Maria Heloisa Bernardes de Oliveira Universidade Estadual de Londrina
  • Eliana Vespero Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Pseudomonas aeruginosa, infecções da corrente sanguínea, resistência bacteriana

Resumo

O estudo das infecções da corrente sanguínea (ICS) causadas por microrganismos gram-negativos, como por exemplo, Pseudomonas aeruginosa, possui uma grande relevância clínica devido ao crescimento na incidência dessas infecções, o aumento morbimortalidade e da resistência aos agentes antimicrobianos e consequentemente o impacto na saúde pública. A pandemia de SARS-CoV-2 atingiu proporções globais e ampliou os números de pacientes hospitalizados, agravando, por conseguinte, os casos de infecções da corrente sanguínea. Compreender as características clínicas dos pacientes e a epidemiologia dos patógenos é de suma importante para a formulação de estratégias preventivas e eficazes para conter a resistência antimicrobiana. Neste contexto, foram estudados as ICS por P. aeruginosa, de pacientes do Hospital Universitário de Londrina, no período entre 2020 e 2022. Neste período, foram identificadas 1276 amostras clínicas de infecções por P. aeruginosa, sendo que 101 foram ICS. Entre elas, 41 (40,6%) eram resistentes aos carbapenêmicos (CR). Destes casos, 28 pacientes (68,3%) foram associados ao gênero masculino. A faixa etária dos pacientes estava entre 61 e 75 anos, com uma taxa de mortalidade de 68%. A comorbidade mais frequente foi a hipertensão arterial, com 11 (27%) dos pacientes com ICS. A carbapenemase mais frequente foi a SPM-1, presente em 68% dos isolados. Portanto, é de grande importância conhecer sobre a epidemiologia e a prevalência deste microrganismo no ambiente hospitalar, verificando a resistência aos antimicrobianos e o seu impacto sobre a saúde pública.

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Publicado
2024-01-22