O SIGNIFICANTE E O VAZIO: SUBLIMAÇÃO E O ADVENTO DO SUJEITO

  • Bruno Moreira Nonino de Carvalho Universidade Estadual de Londrina
  • Leandro Anselmo Todesqui Tavares Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: psicanálise, vazio, falta-a-ser, sublimação, sujeito

Resumo

Ordenada pela linguagem, a realidade do mundo humano é estruturada simbolicamente, isto é, como significação efetuada por articulações significantes. Nessa realidade simbólica, tudo que existe sustenta-se numa falta-a-ser em que a presença dos significantes advém, coextensivamente, à ausentificação da Coisa (das Ding), do referente real do qual os significantes urgem apenas como representantes. Nesse sentido, é surgindo alienado ao campo da linguagem (Outro), ou seja, tornando-se somente aquilo que um significante representa para outro significante (LACAN, 1960/1998), que o sujeito emerge diante da presença de uma ausência fundamental, isto é, de uma falta estrutural: do vazio do campo de gozo (Coisa) em reciprocidade à presentificação do significante e a ocupação dessa hiância entre eles pelo objeto faltante e causa do desejo, o objeto a. Alienado ao significante e separado de seu objeto, é assim que o sujeito comparece como ser faltante na realidade simbólica. Desse modo, tencionou-se alcançar nessa pesquisa, além de uma revisão bibliográfica acerca do advento do sujeito do significante, o desvelamento do destino pulsional sublimatório como imprescindível nesse processo, uma vez que tal vicissitude da pulsão é aquela responsável pela instauração do significante no mundo. Assim, resultou-se dessa pesquisa o favorecimento de uma fecunda construção metapsicológica acerca da emergência do sujeito e sua relação com a radicalidade da pulsão de morte como sublimação criacionista; materializando-se tal investigação no artigo, de publicação vindoura: “O vazio e a falta-a-ser: Sublimação e o advento do sujeito do significante”.

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Publicado
2024-01-23