PLATAFORMIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: A RESISTÊNCIA POR UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA

Resumo

Desde o Consenso de Washington (1980) a educação em toda América Latina se torna uma mercadoria neoliberal pautada na privatização de estatais e na liberalização de investimento estrangeiro direto para a manutenção de uma lógica de trabalho precarizada, formando estudantes sem senso crítico. A sociologia enseja uma ameaça a essa “eficiência” neoliberal porque ensina os estudantes a serem autônomos. Apesar disso, precisamos enxergar um começo para uma educação libertadora. Em uma regência para o 2º ano no dia 14 de setembro de 2023 no Colégio de Aplicação Pedagógica Professor José Aloísio Aragão - UEL com o tema “Movimentos Sociais” me deparei com um desafio de ultrapassar aquele conteúdo fornecido pela plataformização. Ressignificando o material trouxe para a aula parte do documentário “Terra para Rose” onde gaúchos do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra falam sobre o surgimento do MST. Quis tornar menos abstrato todo conteúdo sobre o tema trazendo as pessoas reais daquele contexto para falar de si e seus objetivos. No plano de aula achei importante ter como objetivo trazer exemplos próximos como o MST que surgiu no Paraná. Utilizando-se da tecnologia, uma arma poderosa para a educação, podemos ressignificar e trazer conteúdos mais complexos porém importantes para o ensino de sociologia, fazendo os estudantes questionarem o senso comum e trazer cientificidade para os fenômenos sociais. Afinal, como dizia o patrono da educação brasileira, Paulo Freire, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.