Simpósio de Humanização em Saúde https://anais.uel.br/portal/index.php/shs <p>O XII Simpósio de Humanização em Saúde foi planejado e concebido com os objetivos de disseminar aspectos teóricos e práticos da humanização em saúde e de apresentar e divulgar o Sensibilizarte: a arte como instrumento para humanização na formação e no cuidado em saúde.</p> pt-BR isabela.machado@hotmail.com (Isabela Caroline Machado) jvmarcolini6@gmail.com (João Victor Pedrosa Marcolini) Seg, 26 Ago 2019 00:00:00 -0300 OJS 3.1.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E A QUALIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL PARA UMA DEMANDA AFETIVA https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/531 <p>Há na área da saúde, hoje, uma demanda não só técnica, mas também afetiva. Os profissionais dessa área são convocados, cada vez mais, a comparecer na relação paciente-profissional de forma personalizada, acolhedora, sensível e humanizada. A arte de contar histórias, por sua vez, se mostra como uma atividade que possibilita o despertar de afetos e significações e o redescobrir a si mesmo. Partindo desses princípios, o presente estudo buscou entender como a contação de histórias no projeto “Sensibilizarte: a arte como instrumento para humanização na formação e no cuidado em saúde” possibilita aos graduandos e futuros profissionais de saúde, um melhor preparo para lidar com esse tipo específico de demanda não técnica na sua atuação profissional. Baseado na leitura e no levantamento bibliográfico sobre a arte de contar histórias e sua relação com a humanização, buscou-se investigar como esse tipo de arte possibilita a vivência dos afetos por ambas as partes na relação profissional. Como resultado, depreendeu-se que o contar histórias ultrapassa a barreira do imaginar e integra ações concretas que, verdadeiramente, auxiliam na melhora do paciente. Além disso, permite ao contador estabelecer uma comunicação distinta da usual, na maioria das vezes rígida e técnica. Nesse sentido, muitas vezes através da identificação com as personagens, o emocionar-se traz de volta os significados perdidos com a ausência de identidade e autonomia do paciente no ambiente hospitalar, em especial nos casos de internação. Mobilizada, assim, a potência afetiva dos pacientes, a arte de contar histórias coloca o graduando, e futuro profissional, em uma posição de experienciar, como aquele que além de contar, escuta o aflorar de sentimentos e emoções.&nbsp; A partir dessas vivências, a contação de histórias prepara, molda e auxilia o profissional a perceber e a lidar, de forma mais humanizada, com as demandas afetivas que são colocadas pelos pacientes.</p> Gustavo Foz Fonseca, Camila Alves ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/531 Seg, 26 Ago 2019 00:00:00 -0300 A HUMANIZAÇÃO COMO UMA FORMA DE CUIDAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/532 <p>Introdução: A humanização é uma forma de cuidado, cujo foco é o individuo, suas queixas e necessidades (FONTANA, 2010). Como enfermeiro, é preciso proporcionar o melhor de si, visto que, todos merecem uma assistência humanizada, qual preserve sua dignidade e o auxilie em seu processo de cura. Uma das formas de humanizar é através da comunicação terapêutica, que visa ir além do diagnóstico, sem negar a existência do problema, buscando abordagens diferentes para se chegar a um mesmo objetivo, <span style="text-decoration: line-through;">a</span> melhora no estado de saúde (SILVA, 2013). Este método é intensamente utilizado no projeto Sensibilizarte, cujo objetivo principal é trazer cor (a humanização) a paredes brancas (hospitais), por meio do artesanato, música, contação de histórias e do palhaço. Objetivo: Metodologia: Relato de experiência de uma colaboradora atuante no projeto Sensibilizarte há três anos. Resultados e discussão: Compreender por meio da prática, como se presta o cuidado humanizado em enfermagem, suas discussões teóricas e associação com a prática. É fundamental que se tenha o discernimento para compreender que há dias em que a pressa e a rotina cotidiana possam impedir o profissional de enfermagem de ouvir a “história do Seu João”. Eis que então, surge um estudante da saúde sem o clássico jaleco branco e com o rosto pintado, que pergunta se pode entrar no quarto, se gostaria de conversar, para tentar em pouco tempo, mudar o dia daquele paciente. No entanto, a humanização não deve acontecer somente quando os alunos de rostos coloridos entram e saem do quarto, ela deve perdurar mesmo nos momentos de ausência dos estudantes. Participar do Sensibilizarte nos afeta, não somente no dia em que entramos no hospital, mas sim todos os dias, como seres humanos, pois nos faz entender que muitas vezes o processo de cura se dá também através de conversa e ações. Conclusão: Por conseguinte, o projeto além de proporcionar efeitos positivos tanto em pacientes como em funcionários, ensina a dialogar com quem estamos cuidando, bem como a ouvir de forma terapêutica.</p> Livia de Souza Madeira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/532 Seg, 26 Ago 2019 00:00:00 -0300 A IMPORTÂNCIA DA INCORPORAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO GENÉTICO – SAG UEL https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/533 <p>Resumo: O Serviço de Aconselhamento Genético da Universidade Estadual de Londrina caracteriza-se enquanto um serviço que oferta assistência e orientações a respeito da possibilidade de doenças genéticas, visando proporcionar aos potenciais usuários esclarecimentos quanto aos encaminhamentos médicos, terapêuticos e benefícios sociais, direitos desta população. Trabalhando na perspectiva de desenvolver atendimentos multidisciplinares e humanizados, voltados à qualidade de vida dos pacientes e familiares, como também produzir o conhecimento e capacitação de profissionais. Dentro deste contexto faz-se necessário o profissional de Serviço Social atuando no SAG-UEL, devido ao caráter interventivo da profissão diante das vulnerabilidades sociais, pretendendo demonstrar neste trabalho a importância da inserção do curso no serviço, diante de sua intencionalidade em desempenhar um trabalho multidisciplinar que oferte aos usuários o acesso a orientações e encaminhamentos para acesso aos benefícios sociais e direito a saúde. Assim o objetivo deste trabalho perpassa expor as práticas do Serviço Social dentro do SAG-UEL, evidenciando a necessidade do profissional ao serviço. Opta-se pela realização de uma pesquisa descritiva e documental, diante da centralidade em tecer considerações a respeito da importância do Serviço Social no aconselhamento genético, usando a descrição do trabalho desenvolvido e apoiando-se em documentos oficiais.&nbsp; Localizando a portaria nº 81 do Ministério da Saúde enquanto determinante para que o Sistema Único de Saúde (SUS) venha desenvolver atenção integral em Genética Clínica e melhoria de acesso a atendimento especializado, atendimento este desenvolvido pelo profissional de Serviço Social por meio de práticas de intervenção que busquem a viabilização de acesso aos direitos sociais e defesa da saúde, considerando os impactos que as relações sociais e econômicas desenvolvem em conjunto com o biológico. É o espaço que configura a possibilidade de materialização de um atendimento humanizado, pois permite e considera a participação do usuário e seus familiares na construção de propostas para intervenção em suas relações sociais, destacando suas potencialidades, alcançando ações além de um diagnostico, mas visualizando o particular de cada usuário. Enquanto resultado expressa-se a importância de incorporação do Serviço Social, em que as ações do profissional impactam na ampliação do olhar ao usuário, realizando práticas que fortalecem o sentido humanizado do serviço.</p> Thaís Aimê Alves da Silva, Eneida Silveira Santiago ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/533 Sex, 26 Jul 2019 00:00:00 -0300 A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA COMO ALERTA DA NECESSIDADE DE HUMANIZAÇÃO E MOVIMENTOS FEMINISTAS NA SAÚDE https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/534 <p>Resumo: A violência obstétrica engloba atos e práticas desnecessários e desumanizados na assistência ao parto e pós-parto, caracterizada pelo cuidado obstétrico. A natureza desse cuidado é posta em questão quando 25% das mulheres que tiveram partos naturais sofreram violações. Além de constituir violência institucional e de gênero, por tirar a voz da mulher sobre seu próprio corpo numa prática frequente nas instituições; desrespeita o direito ao atendimento humanizado, o que a torna um grave problema de saúde pública. O objetivo desse resumo foi, através de uma pesquisa bibliográfica, discutir a violência obstétrica como resultado do machismo e desumanização nas instituições de saúde. As primeiras políticas nacionais de saúde da mulher datam do século XX e assistiam somente gravidez e parto. Desde então, a ação feminista luta pelo cuidado integral à saúde da mulher, para tornar possível seu direito de reproduzir ou não e receber atenção adequada independente de sua escolha. O movimento pela humanização do parto, contudo, cresceu somente nos anos 80, impulsionado por profissionais da saúde e o feminismo; responsáveis pela problematização de atos desumanizados e consequente adoção do termo “violência obstétrica” entre 2007 e 2010, para só então ser admitido pelas pesquisas nacionais. Apesar da problematização tardia, relatos de mulheres que, em busca de seu direito à saúde, sofrem violações e discriminação, não são novos. O machismo estrutural invisibiliza estes atos através de sua naturalização e da aceitação da vítima frente à impotência sentida. Trocas de experiências entre mulheres, o entendimento da necessidade de participação política e emancipação e a noção do cunho violento da assistência dada, propiciados nos movimentos feministas, fortalecem as reinvindicações pelo direito feminino à saúde e ao cuidado humanizado e permitem às mulheres exigir mudanças no modo como são tratadas. Assim, uma estratégia de promoção da saúde da mulher é a sua emancipação; uma vez que a efetividade da humanização demanda reflexão sobre condutas inadequadas de imposição de decisões e opiniões sobre o corpo feminino. A humanização, ao contar com movimentos sociais que a fiscalizem e denunciem sua ausência, garante o atendimento digno da mulher e de todos e o real alcance de seus direitos.</p> Isabeli Russo Lopes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/534 Sex, 26 Jul 2019 01:46:51 -0300 ARTESANATO E ESCUTA: COORDENAÇÃO DISCENTE DO SENSIBILIZARTE COMO POTENCIALIZADORA DO PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/535 <p>No sistema de saúde, a comunicação entre profissional e paciente é primordial para a efetividade do processo de tratamento. Uma das principais bases para uma comunicação efetiva neste contexto é a escuta. Pode-se dizer, entretanto, que existe uma falta de habilidade dos profissionais da área de se articularem com as demandas daqueles que precisam do cuidado. O projeto Sensibilizarte, pautado nos princípios da Política Nacional de Humanização (PNH), proporciona possibilidades para que os estudantes da área da saúde se formem profissionais humanizados, aplicados à integralidade, com olhar e escuta adequada, e capacitados para trabalho em equipes interdisciplinares. O trabalho desses estudantes, os sensibilizartistas, é facilitado por diferentes linguagens artísticas – seja através da prática artesanal, da música, da contação de histórias ou da palhaçaria. Essa característica do projeto, atrelada às vivências, trocas de experiências e trabalho em conjunto entre diversos cursos da área de saúde, contribuem para uma formação para além do tecnicismo e reducionismo no âmbito hospitalar, predominantes nas grades curriculares. Um aspecto particular do Sensibilizarte, e potencializador dessas práticas é a coordenação discente do projeto. O presente trabalho objetiva, através do relato de experiência dos autores, identificar e expor, com base na vivência como coordenadores da frente do Artesanato, fundamentos que justificam a afirmativa anterior. A coordenação discente participa ativamente da construção de como se dá na teoria e na prática, a humanização na saúde por meio do projeto, pois é responsável pela capacitação dos colaboradores, pelo planejamento de atividades e pelo desenvolvimento das intervenções dentro do hospital. Alguns dos pilares da atuação da frente do Artesanato são o trabalho em equipe e a escuta, já que esta se caracteriza por ser a frente com maior contato direto com o paciente. Assim, existe um enfoque na preparação e execução de atividades que objetivem o desenvolvimento dessas habilidades. Percebe-se, com as capacitações e experiências nas intervenções, através de observação dos coordenadores e autorrelato dos colaboradores, desenvolvimento desses estudantes, notadamente na habilidade de escuta. Dessa forma, se mostra a relevância do projeto e da coordenação discente para a humanização dos futuros profissionais de saúde, tomada como a principal missão do Sensibilizarte.</p> João Victor Pedrosa Marcolini, Mariana Lombardi Pereira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/535 Seg, 29 Jul 2019 20:38:16 -0300 AS POTÊNCIAS DA ARTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PROJETO TAMAR https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/536 <p>Resumo: A Saúde é composta por fatores múltiplos e que vinculados entre si apresentam efeitos em cadeia. Os componentes dos modos de vida constituem o estado de saúde. Até meados de 1980, costumes e práticas culturais implicaram numa ameaça às espécies marinhas, que afetaria diretamente às populações de modo exponencial. A partir deste cenário, oceanógrafos precipitaram movimentos para institucionalização de práticas ambientais nas cidades litorâneas. O presente trabalho se trata de um recorte de uma ampla análise dos meios de atuação do Projeto Tamar, na busca de sua missão estabelecida pela recuperação e sobrevivência das tartarugas marinhas brasileiras. Este trabalho teve por objetivo investigar as práticas protetivas criadas no espaço urbano de cidades litorâneas que abrigam o Projeto Tamar. Optou-se pela realização de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, a partir de um levantamento bibliográfico coletado pelo endereço eletrônico oficial do Projeto sobre suas ações. Com fins de ilustração, apresenta-se um recorte dirigido pela atuação das populações no Tamar que fazem uso da arte como um importante instrumento inserido nos novos modos de vida, que atualmente são pautados pelo tripé da sustentabilidade – a ambiental, social e econômica. Como resultado, observou-se que o incentivo às práticas cidadãs promove uma identificação com o projeto, envolvendo comunidade e turistas com a preservação da natureza. Discute-se sobre a relação entre o desgaste ambiental e a sensibilização de agentes que promovam ações sustentáveis. O Tamar identificou a necessidade de um trabalho que criasse outros meios e possibilidades de subsistência. Desta forma, as comunidades que o Projeto engloba passaram a produzir produtos artesanais que contemplam o resgate de tradições e características culturais de cada coletividade, capazes de afetar e sensibilizar os que entram em contato. Ao passo que essas atividades se consolidaram e assumiram um papel fundamental para a manutenção, inclusive econômica, do Projeto, se tornou evidente a potência da arte para a sustentabilidade não só no território litorâneo, mas para toda&nbsp;a sociedade. Ao se voltar para a valorização da participação social e a ressignificação da arte, o projeto Tamar demonstra a importância de intervenções afetivas em esfera local e ampliada.</p> Mariana Lombardi Pereira, Sonia Regina Vargas Mansano ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/536 Sex, 26 Jul 2019 00:00:00 -0300 CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS VERTENTES DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM UM SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO GENÉTICO https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/537 <p>Resumo: O Serviço de Aconselhamento Genético (SAG) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) é um serviço gratuito de saúde, prestado à comunidade externa, no qual participam aproximadamente 80 colaboradores atuando de maneira multidisciplinar. Levando em consideração o número relativamente grande de colaboradores, as atividades realizadas, que envolvem contato direto com o usuário, e as atividades internas ao SAG, relacionadas ao contato entre membros e equipes, nota-se diferentes formas de atuação exercidas pelo &nbsp;aluno ou profissional de Psicologia, que possibilitam um trabalho mais humanizado no Serviço. O presente trabalho tem como objetivo apresentar, a partir de um relato de experiência, as diversas vertentes de atuação que um estudante ou profissional de psicologia pode vivenciar durante sua participação no SAG UEL. Partindo do relato de uma colaboradora sobre sua atuação, seu&nbsp; contato com as diferentes frentes de ação do Serviço, assim como, suas experiências em campo ao longo de três anos, foram levantadas as seguintes possibilidades de trabalho disponíveis ao colaborador da Psicologia e seu papel na humanização do Serviço: entrevista inicial: comportamentos de sensibilidade diante de não-verbais (gestos, postura, contato visual); devolutiva de resultados: acolhimento e psicoeducação perante termos médicos; administração de comportamentos: considerados adequados ao ritmo e demanda de cada colaborador; processos humanos: estabelecimento de cultura de feedback entre membros; pesquisa: olhar voltado para o multidisciplinar e o ser humano como biopsicossocial. Conclui-se que o psicólogo, estando apto a considerar o comportamento como multideterminado e compreendendo a relevância de eventos encobertos nas atitudes dos indivíduos, auxilia a tornar o ambiente interno do SAG mais estruturado e ciente dos antecedentes e consequências das atividades realizadas, além de atuar ativamente, enquanto equipe multidisciplinar de um Serviço de Aconselhamento Genético, na humanização de todo o processo percorrido pelo usuário, refletindo no atendimento das famílias e construindo, assim, uma rede de apoio segura. O profissional da Psicologia nem sempre compõe a equipe multidisciplinar de um Aconselhamento Genético. Ressalta-se, portanto, a relevância de pesquisas serem realizadas no meio acadêmico, principalmente no que tange ao fato de que Serviços de Aconselhamento Genético podem e são oferecidos gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).</p> Jessica Yumi Ueno, Gabriela Sabino, Eneida Silveira Santiago, Wagner José Martins Paiva, Renata Grossi ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/537 Sex, 26 Jul 2019 01:56:14 -0300 CONTINGÊNCIAS REFORÇADORAS ENVOLVIDAS NO ENSINO DE HUMANIZAÇÃO NO PROJETO SENSIBILIZARTE https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/538 <p>O Sensibilizarte é um projeto de humanização vinculado à Universidade Estadual de Londrina, voltado à formação humanizada de estudantes dos cursos da saúde. O projeto busca proporcionar acolhimento e integração interdisciplinar, utilizando recursos artísticos como instrumento de sensibilização. A Análise do Comportamento concebe que comportamentos emitidos pelos indivíduos geram consequências, as quais podem ser reforçadoras (aumentando a probabilidade de que o comportamento seja emitido novamente), ou punitivas (diminuindo essa probabilidade). Essas respostas emitidas são alteradas pelos seus efeitos no ambiente. As relações de dependência entre eventos ambientais ou comportamentais são chamadas de contingências. O presente trabalho tem o objetivo de apresentar contingências reforçadoras envolvidas no ensino de humanização no projeto, através da experiência de uma colaboradora, estudante de psicologia. O ensino de humanização no Sensibilizarte acontece em encontros semanais com duração de cerca de duas horas, intercalando intervenções práticas no Hospital Universitário (HU) e Hospital do Coração, e estudos teóricos, através de discussões de textos e demais recursos. Os participantes são divididos entre as frentes de atuação: palhaço, artesanato, música e contação de histórias. Tendo em vista que modificações nas condições de ensino podem favorecer a aprendizagem, é apresentada no projeto uma configuração diferente das encontradas em outras modalidades convencionais de ensino. Os recursos teóricos utilizados se direcionam a experiência prática, facilitando a compreensão dos conteúdos, pois os mesmos são vivenciados e apreendidos, em um espaço onde o erro não é punido, mas tolerado e repensado. O diálogo interdisciplinar favorece a atuação em equipe, tão importante na saúde, que pode ser mais dificilmente ensinada na atuação profissional além dos limites universitários. Essa configuração aumenta a probabilidade de que os estudantes se engajem nessa aprendizagem, visto que diversos reforçadores podem estar inseridos nessas relações, como interação social, aprovação dos demais, sentimentos envolvidos nas interações com os pacientes, entre diversos outros que podem levar à compreensão da importância da prática da humanização de forma mais prazerosa. Levando em consideração os conteúdos supracitados, hipotetiza-se que a existência de projetos de humanização nas universidades pode facilitar a compreensão teórica e prática da humanização, por envolver métodos que podem ser mais reforçadores para alguns estudantes.</p> Isabela Caroline Machado, Silvia Aparecida Fornazari ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/538 Sex, 26 Jul 2019 02:00:45 -0300 DE PACIENTE A CONTA-DOR E DE CONTADOR DE HISTÓRIAS A ESCUTA-DOR: UMA METAMORFOSE PELA ARTE https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/539 <p>Resumo: A experiência de internação no hospital, para além do que se sabe objetivamente sobre ela – vulnerabilidade, fragilidade, rotina de cuidados, entre outros –, é vivenciada de forma única por cada sujeito que se encontra na condição de paciente. O processo saúde-doença pode trazer à tona diferentes aspectos da subjetividade do paciente e muitas vezes o contexto que o envolve não está preparado para receber e acolher o que surge nesse percurso de adoecimento e tratamento. No projeto Sensibilizarte, composto por estudantes de diversos cursos da área da saúde, a equipe de Contação de Histórias faz entradas nas unidades: masculina, feminina, pediatria, maternidade e pronto socorro, do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina. A princípio, o roteiro dessas entradas consiste na apresentação de histórias pré-selecionadas. Contudo, ao nos depararmos com cada paciente e ao observarmos como esses se encontram, esse roteiro dá lugar a novas possibilidades, sendo cada uma delas única, visto que resultam da individualidade do paciente e do contador. Em muitas dessas entradas, a história preparada foi substituída pela própria história do paciente, que viu naquele momento e na pessoa do contador uma oportunidade de falar – e ser ouvido – sobre aquilo que a experiência de internação calou, em virtude de que, muitas vezes, o ambiente hospitalar convida o sujeito a falar somente sobre os seus sintomas, deixando à margem seus sentimentos, subjetividade e história de vida. É importante ressaltar que esse ambiente hospitalar é composto por profissionais da saúde que nem sempre se encontram preparados para sustentar essa demanda que está para além do corpo doente. Esse despreparo pode se dar devido às condições insalubres de trabalho, cargas horárias excessivas ou até mesmo à lacuna na formação desses profissionais no que diz respeito à humanização. Nesse sentido, a experiência proporcionada pelo projeto atua como potente instrumento de capacitação dos futuros profissionais da saúde. Foi tal capacitação que permitiu a inversão de papéis nesse cenário, de maneira que o paciente, ao falar sobre sua experiência subjetiva, dá início a um processo de metamorfose nessa relação: a do paciente em conta-dor e a do contador em escuta-dor.</p> Isabela Bendine Gastaldi, Mariana Bendine Gastaldi ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/539 Sex, 26 Jul 2019 02:19:14 -0300 ESTUDO DA AMBIÊNCIA HOSPITALAR NA PERSPECTIVA DOS TRABALHADORES DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/540 <p style="text-align: justify; margin: 12.0pt 0cm .0001pt 0cm;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; color: black;">No cotidiano hospitalar, observa-se a modificação incessante dos espaços, de acordo com a atuação humana e as intervenções de saúde que se processam continuamente. O Sistema Único de Saúde (SUS) incentiva a organização das atividades, os protocolos, as formas de relações, a integração e o relacionamento humano para promover funcionários qualificados, buscando o atendimento humanizado. O Programa Nacional de Humanização relaciona a ambiência ao tratamento proporcionado ao espaço físico compreendido como profissional, social e de relações interpessoais, devendo permitir atuações acolhedoras, resolutivas e humanas (BRASIL, 2008, p.5). Assim, a ambiência hospitalar é constituída por meio das ações dos que ocupam o hospital. Dependendo da estrutura física e dessas ações, o ambiente pode determinar fonte de saúde e doença. Esse aporte teórico embasará o relato de experiência a ser realizado, cujos objetivos são entender a visão dos trabalhadores frente ao tema ambiência, conhecendo fragilidades e potencialidades existentes no cotidiano de trabalho. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário com os três eixos principais da ambiência: confortabilidade, subjetividade e espaço facilitador do processo de trabalho. Esses conceitos foram trabalhados e discutidos em um mini-curso. Os dados foram analisados buscando entender como o trabalho pode mobilizar sentimentos positivos e negativos. As principais consequências negativas foram: falta de servidores e recursos materiais, bem como problemas quanto ao espaço e dimensões do ambiente de trabalho, privacidade e acessibilidade. Ainda assim, elogiaram a organização do trabalho, limpeza e aspectos visuais do ambiente. Os funcionários também propuseram sugestões para possíveis intervenções em seus setores. Espaços com discussões focais podem aumentar a resistência dos trabalhadores frente às diferentes desestabilizações psíquicas e sociais, promovendo melhoria na ambiência hospitalar. Percebe-se assim, portanto, que a medida que o trabalhador analisa suas relações, suas atividades e sua forma de trabalhar, esses espaços tendem a propor políticas humanizadoras capazes de proporcionar ambientes mais saudáveis no contexto hospitalar.</span></p> Amanda Araújo, Roseli Jung Psicchio ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/540 Seg, 29 Jul 2019 20:07:18 -0300 GRUPOS DE EXPRESSÃO NA ATENÇÃO BÁSICA: A ARTE PROMOVENDO HUMANIZAÇÃO E SAÚDE MENTAL https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/541 <p>Resumo: Os grupos terapêuticos de expressão são formas de cuidado através da arte que vem provocando uma mudança no modelo de saúde curativista, hospitalocêntrico, centrado na fila de espera para atendimento psicológico para uma saúde mental humanizada, comunitária, com a corresponsabilidade do cuidado distribuída entre pacientes, família e equipe de saúde. Os grupos acontecem nas unidades básicas de saúde organizados em encontros mensais, coordenados por uma psicóloga, iniciado com atividade artísticas&nbsp; através da pintura com finalidade de&nbsp; facilitar a expressão de sentimento, o contato e o desenvolvimento social, inteligência emocional, criatividade, motivação, autoestima, humanizando o cuidado e promovendo a capacidade relacional&nbsp; comunitária e vínculo profissional-usuário na atenção básica. A saúde é vista como a produção social do cuidado, o foco não é só na doença e sim em promoção da saúde mental,&nbsp; para tanto são fomentados momentos de discussão de temas relativos aos direitos humanos, como direitos da mulher, enfrentamento a violência e ao preconceito, direitos reprodutivos, desigualdades sociais, ativando uma postura mais crítica e de autoconsciência. São espaços que por meio da arte promovem a expressão do sofrimento de forma leve, correlacionando com os fatores sociais e culturais que podem estar envolvidos, acionando o autocuidado pela apropriação dos direitos e fortalecimento comunitário. Em 2017 foi feito uma análise quantitativa, aplicando questionário para avaliação dos resultados em 75 participantes,&nbsp; 73% relataram diminuição dos sintomas de irritação, nervosismo e tristeza, 60% relataram diminuição da ansiedade, 86% relataram mais entusiasmo com o futuro, 60% relataram aumento da autoestima e 73% relataram aumento no desejo de se expressar. Em 2018 o cuidado foi estendido para mais unidades e foram realizadas análises qualitativas para levantamento dos resultados partindo dos relatos dos participantes, que expuseram melhoras na qualidade de vida, nas relações afetivas e na autonomia do cuidado; e diminuição do uso de medicação, da ansiedade e dos sintomas depressivos. Avaliando os resultados pode-se afirmar que por meio da arte obteve-se uma melhora generalizada na saúde mental dos participantes, ativando uma postura mais protagonista e participativa na comunidade, configurando uma forma de tratamento&nbsp; humanizada, de prevenção, com baixos custos e otimização de tempo.</p> Gislaine Naiara da Silva, Eliane Lumi Hashimoto ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/541 Seg, 29 Jul 2019 20:09:35 -0300 HUMANIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA SAÚDE: ATUAÇÃO DO SENSIBILIZARTE NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/542 <p>A humanização é um processo que acompanha a evolução do Homem, a qual ele tenta aperfeiçoar constantemente por meio de interações na realidade em que está inserido. Para aprimorar essas habilidades os indivíduos utilizam recursos e instrumentos, tais como a comunicação e a arte, que são de grande importância nesse processo. Na área da saúde, o atendimento humanizado é um direito do paciente no Sistema Único de Saúde/SUS, pois potencializa a relação indivíduo-indivíduo, ampliando a efetividade do tratamento e a adesão do cliente ao mesmo. Desta forma, a humanização em saúde é essencial para os profissionais da área, uma vez que lidam diretamente com pessoas, e que por vezes, estão em seu estado mais vulnerável. Por isso, a formação de profissionais humanizados, é um papel acadêmico das instituições de ensino superior. Os professores são facilitadores do aprendizado e tem seu papel nesse processo, oportunizando e apoiando temas e reflexões relacionados ao atendimento integral. Em contrapartida, o aluno também possui a função de buscar essa característica diferencial, para desenvolver um acolhimento mais humanizado. A arte é um meio de intervenção que busca atingir algo ou alguém, expressando uma ideia. O Artesanato, uma das frentes de atuação do projeto Sensibilizarte utiliza a arte em forma de artesanatos como uma ponte para aproximar colaborador e paciente, despertando lembranças, sentimentos e assuntos que foram reprimidos por ele no ambiente hospitalar. Nesse quadro, a comunicação verbal e não verbal é estimulada. Assim, a comunicação é um ponto chave para o desenvolvimento do aluno, pois são as interações de acolher, ouvir e confortar o paciente que concretizam o atendimento humanizado, que é a essência do próprio atendimento à saúde. Assim, é com esse objetivo que o projeto de extensão Sensibilizarte trabalha. Nele vários recursos são empregados para aprimorar essa aproximação entre paciente e profissional, todos eles girando em torno da arte. E no contexto das relações acadêmicas o Sensibilizarte gera um aluno com maior apoio para o ambiente educacional, e o professor com maior facilidade de oportunizar o aprendizado, preparando-o melhor para a vivência clínica.</p> Gabriela Casagrande Zago, Arthur Hiram Garanhani Bogado ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/542 Seg, 29 Jul 2019 20:11:22 -0300 HUMANIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM: NECESSIDADE DE AUTO AVALIAÇÃO PERMANENTE https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/543 <p>O Cuidado de Enfermagem contribui para melhorar a recuperação não somente da moléstia, mas também da saúde psicossocial do indivíduo. É importante oferecer suporte a uma pessoa em processo de cura, auxiliando na proteção e manutenção da sua saúde para o futuro. O objetivo da intervenção da enfermagem é cuidar dos clientes, criando condições condutivas a uma vida saudável, coordenando mudanças como um ser holístico integral. Conforme, Quayle &amp; Lucia (2003), fazem lembrar que profissionais da saúde e doentes vivem em universos distintos: um girando em torno da objetividade e cientificidade dos fenômenos anatomopatológicos, enquanto o outro está mergulhado na experiência solitária e humana do adoecer, levando em conta os significados pertencentes ao doente. Sendo assim este estudo qualitativo busca conhecer a visão de uma paciente em relação ao ambiente hospitalar desvelada nas recorrentes internações. Tendo como objetivo analisar a relação enfermagem-paciente e hospital-paciente. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumento pré-estabelecido, sendo posteriormente textualizada. Por meio da discussão do caso relatado constatou-se que a enfermagem está bem capacitada tecnicamente para assistir, porém ainda falha muito na questão do “saber ouvir” do paciente as suas necessidades. O cuidado efetivo requer um olhar atento às reais necessidades do usuário e respeito às suas opiniões sobre o adoecimento, suas percepções e sua cultura. Segundo Mezomo (1995), a humanização é a comunicação da palavra, do gesto e do olhar. Lembrando que, cada paciente tem formas diferentes de abordagem, respeitando suas necessidades e expectativas. O trabalho da enfermagem sendo este contínuo e ininterrupto, permanecendo em expedientes constantes com a presença frequente de fortes emoções diante da vida muitas vezes em perigo e também a permanente necessidade de adaptação às pessoas, fazem com que a equipe de enfermagem necessite de aprimoramento das técnicas de orientação sobre humanização por conta da educação continuada e permanente para que haja conscientização dos profissionais de enfermagem no sentido de oferecer ajuda, autoestima e subsídios para a recuperação mais rápida do doente, porém sem nos esquecermos de ouvir as necessidades deste paciente em especial.</p> Andressa F. A. Itiyama ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/543 Seg, 29 Jul 2019 20:13:31 -0300 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO NO PLANTÃO PSICOLÓGICO DA UEL: IMPRESSÕES E DESAFIOS EM DEMANDAS EMERGENCIAIS https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/544 <p>Introdução: O Plantão Psicológico da Universidade Estadual de Londrina (UEL) apresenta-se como uma ferramenta de acolhimento, escuta e encaminhamento promovida por profissionais em formação e profissionais graduados da Psicologia. Trata-se de um atendimento clínico, geralmente individual, breve e imediato, o qual visa esclarecer os âmbitos do sofrimento do indivíduo, validando-os, dando voz às angústias e promovendo oportunidades de reflexão, além da construção de um encaminhamento para que sejam fornecidas possibilidades de prosseguir trabalhando com a queixa inicialmente trazida. Dado o caráter amplo, porém breve, este serviço não engloba a periodicidade e profundidade de um atendimento psicoterapêutico. Desta forma, o plantonista deve estar minimamente atento para acolher repentinamente as variadas expressões de sofrimento humano, tendo em vista a necessidade da humanização deste acolhimento, respaldado numa postura ética. Aponta-se para a importância da escuta qualificada do indivíduo dentro do seu contexto e suas possibilidades de elaboração de seus conteúdos, abarcando igualmente o cuidado desde o momento da chegada no serviço até o encaminhamento final. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever as especificidades da humanização em atendimentos de demandas psicológicas emergenciais. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência a partir dos atendimentos realizados no contexto em questão. Resultados e Discussões:Com base nas vivências propiciadas pelos atendimentos e pelas discussões das supervisões, foram observados os desafios enfrentados a partir da diversidade de demandas. Pensando nisso, o acolhimento e a humanização exigem flexibilidade, sendo compostos, por exemplo, de uma orientação inicial ao usuário sobre o que consiste o atendimento; a oferta de uma escuta qualificada sem julgamentos; o uso de uma linguagem acessível ao contexto do usuário; o encaminhamento correto; o espaço para sanar quaisquer dúvidas sobre o atendimento e o próprio encaminhamento; a possibilidade de retornar ao serviço caso necessário. Junto a isto, ressalta-se que o nível de angústia do usuário deve ser avaliado visto que pode prejudicar a compreensão desses aspectos. Conclusão: Por fim, a partir da experiência prática, entende-se que há uma relação entre o acolhimento humanizado com o prosseguimento do próprio atendimento, favorecendo ressignificações da vivência de uma crise enfrentada.</p> Ingrid Cavanha Gabriel, Gabriel Candido Paiva, Selmara Merlo Londero, Maíra Bonafé Sei ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/544 Seg, 29 Jul 2019 20:16:18 -0300 O CONTATO TELEFÔNICO COMO RECURSO PARA MANUTENÇÃO DE VÍNCULO ENTRE O SAG-UEL E SEUS USUÁRIOS https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/545 <p>Resumo: Um dos maiores objetivos da Psicologia da Saúde consiste em compreender como determinadas condições ambientais podem contribuir para o bem-estar dos indivíduos. Considerando o Serviço de Aconselhamento Genético como um dos campos de atuação da Psicologia, diversos tipos de estratégias podem ser desenvolvidas para facilitar o funcionamento biopsicossocial de usuários e seus familiares, fornecendo-lhes condições para desenvolver estratégias adequadas para o enfrentamento das dificuldades. Independente da estrutura desse Serviço, o vínculo com o usuário mostra-se essencial para que as demandas sejam atendidas de maneira efetiva e humanizada. O presente trabalho teve como objetivo promover a manutenção do vínculo dos usuários e suas famílias com o Serviço de Aconselhamento Genético da Universidade Estadual de Londrina (SAG-UEL) por meio do contato telefônico realizado após transcorridos 40 (quarenta) dias ou mais da data em que foi realizada a coleta de sangue. A manutenção do vínculo mostra-se necessária para que os usuários não se sintam desamparados durante esse período de espera pela devolutiva do exame genético. Para a confecção do trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica referente aos pilares do estabelecimento de vínculo em instituições e outra acerca dos serviços de aconselhamento genético em diferentes regiões do país, abrangendo a atuação dos profissionais de psicologia em cada um deles. Posteriormente, foram feitas consultas documentais aos Manuais do SAG-UEL (colaborador e usuário) e aos relatórios referentes às entrevistas dos pacientes cujas devolutivas foram observadas. A fim de se aproximar da realidade dos usuários, observações foram feitas nas etapas de Devolutiva e Suporte Psicológico. Como resultado, obteve-se a elaboração de um Protocolo de Ligação que provê instruções aos colaboradores que realizarem o contato telefônico, de forma que os mesmos possam oferecer um serviço humanizado aos usuários do SAG-UEL. Tendo isso em vista, discute-se a possibilidade de realizar uma avaliação da eficácia dos contatos telefônicos para essa finalidade. Conclui-se que o estabelecimento e manutenção de vínculo entre colaborador e usuário é extremamente importante para o trabalho humanizado, tornando-se necessário o planejamento de procedimentos que mantenham o usuário vinculado ao Serviço ao longo de todas as etapas.</p> Luiza Boeing Lückemeyer Guimarães, Pamela Ricoldi Fróis Pedro, Renata Grossi, Eneida Silveira Santiago ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/545 Seg, 29 Jul 2019 20:19:00 -0300 O ERRO COMO OPORTUNIDADE DE RESSIGNIFICAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/546 <p>O Clown (palavra inglesa que quer dizer rústico, rude, aquele que faz o público rir) não é criado, nem é um personagem, ele é a própria pessoa na sua mais singela versão, expondo o seu ridículo, suas dores, erros e defeitos, assim, se apropria destes como oportunidade de ressignificação. Quando estas imperfeições são expostas pelo indivíduo, tornam-se brilhantes, o que pode ser considerado, como as qualidades do clown. Por sua vez, a máscara utilizada pelo clown, é considerada a menor do mundo, o nariz; um símbolo o qual funciona como auto permissão para mostrar tudo aquilo que realmente deseja. O projeto de extensão Sensibilizarte, que tem como objetivo promover a humanização do cuidado em saúde, na formação dos estudantes e na prática da rotina hospitalar, composto por quatro frentes: contação de histórias, música, artesanato e palhaço (a qual será dada ênfase neste trabalho). A frente do palhaço atua com entradas semanais no Hospital Universitário Regional Norte do Paraná (HU – UEL), porém, antes que estas entradas aconteçam, há um processo de formação dos Clowns, denominada capacitação. Processo longo e árduo este, de autoconhecimento para encontrar-se com o clown que habita interiormente, pois é necessário encarar tudo aquilo que não o agrada, ressignificando e transformando nas características clownescas. Por tanto, este presente trabalho objetiva expor a formação do clown de uma colaboradora do projeto, por meio de relato de experiência parcialmente transcrita: “Assim que passei no processo seletivo, imaginava que seria um processo fácil, teórico e objetivo, comprei até um caderno (risos). Com o passar das capacitações fui me redescobrindo e acabei encontrando feridas não cicatrizadas, que eu não imaginava a quão dolorosa elas eram. Tentei fugir, mas não consegui, elas me incomodavam muito. E foi na escolha do nariz que vi significado para essas feridas - que eram erros para mim - e as usei, como oportunidade para ressignificá-las e transformá-las na característica principal de meu clown, o nariz, um nariz que tivesse um curativo, mostrando que ali elas se faziam presentes.” Com isso é possível ver o erro sendo utilizado como oportunidade para ressignificação e caracterização do clown.</p> Nayara Cristiny Gonçalves Aquino ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/546 Seg, 29 Jul 2019 00:00:00 -0300 O TRABALHO IMATERIAL E SEUS EFEITOS EM COLABORADORES DO SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO GENÉTICO https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/547 <p>Resumo: O Serviço de Aconselhamento Genético da Universidade Estadual de Londrina (SAG-UEL) oferece à comunidade, a realização do exame de cariótipo e X-Frágil para esclarecer e orientar sobre possíveis alterações genéticas. Procura também, atender de maneira acolhedora e sensibilizada àquilo que não se pode planejar: os afetos que transpassam os sujeitos e seus encontros. O SAG, portanto, é um serviço multidisciplinar, que além de utilizar recursos materiais nos laboratórios, também compreende a necessidade de profissionais capazes de convocar as potencialidades do corpo e trabalhar com recursos imateriais. A Devolutiva e Suporte Psicológico (DSP), é uma das frentes do Serviço que utiliza esse trabalho, existente entre profissional-paciente, produzindo efeitos sobre a vida e atividades do colaborador em questão. Sendo assim, o presente estudo tem por objetivo apresentar as afetações vivenciadas na DSP no SAG pelo profissional da saúde, levando em conta as variações de potência afetiva, as implicações subjetivas, resolução de problemas e limites entre vida privada e profissional. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, em seguida, optou-se pelo relato de experiência de duas colaboradoras da DSP. Foi observado que as demandas do Serviço exigem um profissional mutante, capaz de trabalhar os afetos, dispondo seu corpo aos conflitos. Além desse fluxo, os modos de efetivar as atividades, também necessitam do desprendimento de protocolos rígidos, já que a dimensão dos afetos é consonante com o imprevisto. Assim, a relação profissional-paciente, composta pelos encontros, exige o manejo de problemas de forma potente, já que o usuário, diante de um resultado específico, traz ao atendimento suas afetações, que podem gerar sofrimento e angústia. Nesse contexto, é possível observar uma linha tênue entre a vida privada e trabalho, que não necessariamente precisam ser discriminadas, contudo implicam em desafios ao profissional. A resultante disso corrobora para um colaborador constantemente afetado, que busca compreender cada caso de maneira subjetiva, resolver as demandas da frente de forma potente, além de produzir novas formas de viver, compreendendo as diferenças entre esses espaços de expressão. Dessa forma, concluiu-se que a DSP no SAG-UEL possibilita o cuidado humanizado no direito à saúde partindo das movimentações afetivas vivenciadas na relação profissional-paciente.</p> Ana Luísa Fioraze Pinto, Fernanda Miranda Garcia Padilha, Eneida Silveira Santiago ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/547 Seg, 29 Jul 2019 20:24:20 -0300 POR QUE CONTAR HISTÓRIAS? A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO RECURSO NA FORMAÇÃO EM SAÚDE https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/548 <p>Resumo: A formação dos profissionais da saúde é um desafio para as instituições de ensino superior, sendo necessário refletir sobre esse aspecto. Dentro dos cursos de graduação, encontra-se nos projetos de extensão uma forma de expandir o contato teórico-prático do aluno para além da sala de aula, assim como impactar na comunidade local. Propostas de humanização em saúde, como o projeto de extensão SensibilizArte, repensam o processo de formação profissional, ultrapassando os meios de aprendizagem racionais e individualizados, para agir em meio à criatividade e sensibilidade. Nesse âmbito, percebe-se que a Contação de histórias, uma das frentes de atuação do projeto, pode se configurar como um recurso potente na formação desses futuros profissionais, tendo como objetivo neste trabalho discorrer acerca do processo de escolha pela Contação, analisando os motivos que fizeram os estudantes a escolherem para sua atuação, assim como dos impactos desta na formação. Este trabalho é composto por um conjunto de relatos de 16 ex-colaboradores da Contação de histórias, atuais profissionais na área da saúde que participaram do projeto por no mínimo um ano. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semidirigidas, a fim de investigar a formação humanizada em saúde por meio da participação no SensibilizArte. Os resultados demonstraram que as razões de escolha podem ser agrupadas em: interesse pessoal por literatura e teatro; as possibilidades lúdicas do recurso; maior interação com o paciente; e pela expectativa de desenvolvimento pessoal, como melhor oratória e desinibição. Discute-se a noção de grande parte dos participantes encararem a Contação como um desafio pessoal, em busca de desenvolvimento de competências. Percebe-se que há um desejo de interagir e ouvir o paciente, sendo a habilidade de escuta pontuada como um dos maiores ganhos e habilidade essencial do contador e, paralelamente, do profissional da saúde. Coloca-se, portanto, a importância de saber ouvir, algo pouco abordado pelos currículos dos cursos mais pautados no modelo biomédico. Conclui-se que a partir da escolha pela frente da Contação de histórias, o futuro profissional da saúde pode se beneficiar de diversas habilidades do contador para sua formação pessoal e profissional.</p> Ana Carolina de Moraes Silva, Maíra Bonafé Sei ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/548 Seg, 29 Jul 2019 20:25:37 -0300 PROJETO DE SAÚDE NA ESCOLA: POSSIBILIDADES DE PRODUZIR ARTE, POR QUE NÃO? https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/549 <p>Resumo: O projeto de Saúde na Escola vem a contribuir para uma formação mais integral dos estudantes das redes públicas de educação, por meio de estratégias de prevenção e promoção da saúde, esse projeto foi oficializado em 2007 e se veio com a visão da intersetoraliedade entre a educação e a saúde. Se entende que a escola é um espaço de relações para o desenvolvimento de um pensamento crítico e político se construindo os valores pessoais. Mas como será isso na prática? Dentro de uma área de abrangência da Unidade básica de saúde (UBS), bem provável que existam escolas, e dentro disso se aposta na Estratégia da Saúde da Família, para reorganizar a atenção básica a população. Nesse trabalho relata a experiência vivida no período da Residência Multiprofissional em saúde, no programa Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família, por um profissional de Educação física no período do ano de 2018 e 2019. Dentro de diversas discussões sobre o tema da intersetoraliedade nas aulas teóricas e o diálogo com a própria rede do munícipio faz entender a importância de projetos como o PSE que trazem uma maior comunicação entre a saúde e a educação, fortalecendo assim a rede e o acesso a informação. Dentro dessa possibilidade de estar inserido nas escolas, se sente a falta de intervenções artísticas e culturais que são relatadas pelas próprias diretoras das escolas. Então se fez uma programação de atividades dos eixos do PSE, na forma de arte e cultura. Sendo elas: contação de história (Hora do conto), espetáculo de teatro de fantoche, música (parodias), músicas infantis da cultura brasileira e espetáculos circenses (palhaço) todos trazendo alguma vertente da saúde como moral. O vínculo das crianças, professores e a própria instituição com a UBS se torna muito mais forte após essas intervenções, o convite de se realizar mais atividades aumenta e o que mais chama atenção é a forma de como as crianças vêm a UBS após. Quebrando um pouco esse medo de estar dentro de uma Unidade de Saúde, podendo assim dar uma pincelada de colorido aos olhos deles.</p> Diego Jean Loman, Renan Garcia Guilherme, Dayene Patrícia GattoAltoé ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/549 Seg, 29 Jul 2019 20:28:14 -0300 REFLEXÃO SOBRE A UNIÃO ENTRE ARTE E HUMANIZAÇÃO NO CONTEXTO HOSPITALAR https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/550 <p>A arte é considerada o meio expressão mais primitiva. Desde o tempo remoto, os seres humanos utilizam esse recurso para diferentes finalidade, como a pintura nas paredes para registrar um acontecimento; modelagem de vasos para armazenar alimentos, entre outros. A partir do desenvolvimento da linguagem tornou-se possível a tradução concreta das produções artísticas. Contudo, a arte enquanto uma linguagem de expressão não perdeu seu valor, ao contrário, tem atingido diferentes instituições com novas perspectivas. Um exemplo dessa repercussão é o projeto de extensão da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o Sensibilizarte. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho visa discutir aspectos relacionados a arte e humanização&nbsp; por meio da experiência de uma colaboradora do projeto.&nbsp;&nbsp; O Sensibilizarte tem como propósito promover a humanização, ou seja, garantir os direitos prescritos aos usuários do Sistema Universal de Saúde (SUS) sustentada pela Política Nacional de Humanização (PNH). Como um recurso para facilitar a mediação desse objetivo, os participantes do projeto são capacitados com uma modalidade artística entre as quatro existentes: artesanato, contação de histórias, música e palhaço. O uso de ferramenta e produção artística&nbsp; amplia as possibilidades de comunicação com as diferentes categorias de usuários, tais como homens, mulheres, crianças, adolescentes, idosos e grávidas. Entretanto, o uso de recursos artísticos, aliado a desenhos no rosto e roupas coloridas têm sido interpretados por usuários e profissionais da saúde como um projeto lúdico, cuja finalidade é melhorar o humor dos pacientes ou animá-los, deixando a humanização em segundo plano.&nbsp; Diante desse cenário,&nbsp; os participantes do Sensibilizarte&nbsp; tem dado ênfase para desenvolver estratégias que favoreçam o alinhamento entre as expressões artísticas e a humanização, a fim de tornar claro o propósito do trabalho desenvolvido. Nesse sentido, as alternativas propostas envolvem: questionar o usuário sobre o tratamento recebido pelos profissionais da saúde; expandir o trabalho de humanização para os profissionais; aumentar a quantidade de publicações sobre o Sensibilizarte enquanto um projeto sustentado e orientado pela política de humanização. Ao se tratar de uma reflexão atual, os resultados devem ser considerados em um trabalho futuro, fomentando novas discussões.</p> Nathalia Hitomi Watanabe Ricardo ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/550 Seg, 29 Jul 2019 20:33:05 -0300 REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO HUMANIZADA EM PACIENTES EM TRATAMENTO DE CÂNCER https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/551 <p>Resumo: Estresse crônico é um problema atual que acomete grande parte da população e consiste em resposta do organismo diante de estímulos internos ou externos, incluindo fatores psicológicos, físicos ou patológicos. Tal resposta favorece a ativação de sistemas relacionados à síntese e liberação de hormônios e neurotransmissores que, apesar de indispensáveis à vida, se em excesso podem deprimir o sistema imunológico e aumentar a incidência de doenças. Este trabalho tem como objetivo apresentar indícios na literatura acerca da importância da humanização e diminuição do estresse no tratamento de câncer, partindo de reflexões geradas durante discussões em um grupo de estudos do programa de formação complementar “Temas em Neurociências”, desenvolvido no CCB/UEL. O sistema imunológico constitui-se de células especializadas presentes em diversos órgãos e tecidos e apresenta a função de discriminar o que pertence ou não ao organismo e defendê-lo contra agentes infecciosos, células cancerígenas e transplantadas. Dentre as células deste sistema, pode-se citar um grupo de linfócitos conhecidos por Natural Killers, responsáveis pela fagocitose de células infectadas ou tumorosas e, portanto, importantes para a proteção do organismo contra doenças, incluindo o câncer. Em relação ao último, além da depressão imunológica relacionada ao estresse do próprio tratamento, casos mais graves poderão induzir no paciente sentimentos de apreensão, inquietação, abandono e medo da morte. Tais sentimentos, associados à dor, dependência, mudanças na rotina e relações cotidianas; poderão ter efeitos negativos no tratamento. Sabe-se, contudo, que esses efeitos poderão ser amenizados caso haja uma rede de apoio multiprofissional, humanizada e que trabalhe em conjunto com a família, trazendo ao paciente esperança, conforto, sentimentos positivos e minimização da dor. Encontra-se bem estabelecido na literatura que tais condições propiciam, por exemplo, um aumento da produção do neuropeptídio oxitocina, o qual relaciona-se à formação de vínculos afetivos com aumento de confiança e empatia, além de apresentar efeitos antiestressores e antiansiolíticos, diminuindo medo e sofrimento psíquico. Pode-se finalmente inferir que maior humanização nos sistemas de saúde poderá acarretar benefícios inegáveis ao paciente, conduzindo à maior efetividade no alívio dos sintomas e efeitos adversos, maior adesão ao tratamento e aumento no tempo de sobrevida.</p> Gabriela Sabino, Isabeli Russo Lopes, João Fernando Pereira Cardoso, José Luciano Tavares da Silva, Maria Rita Zoéga Soares ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/551 Seg, 29 Jul 2019 20:34:39 -0300 RELATO DE EXPERIÊNCIA: O USO DO MOSAICO COMO RECURSO DE APOIO NA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/552 <p>Introdução: A arteterapia consiste num processso de promoção de saúde a partir do uso de técnicas e recursos artísticos com caráter terapêutico, sendo utilizada no processo de reabilitação de pessoas com transtornos mentais. &nbsp;O mosaico se insere dentro das técnicas expressivas utilizadas em arteterapia e consiste na aplicação destes como experiências que auxiliem na reconstrução de sentimentos, relações e memórias, buscando &nbsp;dar novo significado a partir do processo de desconstrução de determinados modos de vida, de sentir, pensar e/ou agir, auxiliando no processo de reabilitação psicossocial, uma vez que contribui para o seu tratamento e reinserção social. Objetivo: Descrever a experiência de estudantes de enfermagem na técnica do mosaico aplicada na vivência com pacientes com transtornos mentais de um Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS- II) no município de Cambé/PR. Metodologia: Relato de experiência no CAPS- II em Cambé/PR, realizada por estudantes do 4º ano de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina, quanto a utilização do mosaico como forma de arteterapia para pacientes com transtornos mentais e em uso de álcool e drogas, no ano de 2019. Resultados e Discussão: Durante as aulas teóricas associadas as práticas desenvolvidas no campo de estágio, pode-se compreender a importância e objetivo da utilização do mosaico como técnica de arteterapia, e a partir da observação da execução da técnica realizada pelos pacientes, foi perceptível as diferenças quanto a significação do mosaico para pessoas com transtornos mentais e em uso de álcool e drogas. Pode-se observar a importância da técnica para reorganizar o pensamento e colaborar para o bem-estar dos pacientes em tratamento devido ao uso de álcool e drogas. Durante a execução da técnica foi possível observar uma ressignificação de sentimentos em relação à dependência, transformados em sentimentos positivos para uma evolução do tratamento. Conclusão: A partir desta experiência pode-se compreender a importância da arteterapia, a partir da técnica do mosaico como forma de tratamento complementar e reabilitador, trazendo resultados positivos como a ressignificação de sentimentos e reorganização de ideias.</p> Wellington Garcia Siqueira, Maria Carolina Valejo Maffei, Marcos Hirata Soares, Mariana Mendonça Rodrigues, Tatiane Conevaliki ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://anais.uel.br/portal/index.php/shs/article/view/552 Seg, 29 Jul 2019 20:36:13 -0300