Frente Parlamentar Evangélica e homossexualidade
a presença do religioso no Legislativo e a luta pela defesa de direitos da população homoafetiva na sociedade brasileira
Resumo
Este artigo apresenta discussões a respeito da temática envolvendo a luta pelos direitos humanos, o exercício da cidadania da população homossexual e como a presença da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso gera grande impacto na realidade social dessa população. Como a base das argumentações da Frente Parlamentar Evangélica é a Bíblia Sagrada e a fé de matriz cristã, a homossexualidade encontra reprovação perante a ótica cristã e tem como resultado reproduções do preconceito, da intolerância e tentativas de retrocesso ao avanço aos direitos à cidadania. Objetiva-se então, a análise da ação desse grupo, do seu surgimento e expor as consequências ocasionadas por frentes religiosas no Parlamento Nacional na incansável luta pela repressão de direitos de grupos considerados minoria, sempre alheios aos ideais religiosos defendidos por seus participantes e pelos eleitores de tais parlamentares. Utilizando-se da revisão bibliográfica e análise de marcos legais (leis e decoros) como objeto metodológico, concluiu-se que a Bancada Evangélica produziu um retrocesso na conquista de proteções aos homossexuais, assim como tal discurso fundamentalista e opressor divulgado por eles contribuiu para instaurar um clima beligerante na sociedade, muitas vezes favorecendo a prática de violência contra tal população e, consequentemente, refletindo nos índices recordes de violência contra Lésbicas, Gays, Transexuais, Travestis e Intersexuais no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Organizações Não Governamentais de apoio aos LGBTIs.