O ERRO COMO OPORTUNIDADE DE RESSIGNIFICAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
O Clown (palavra inglesa que quer dizer rústico, rude, aquele que faz o público rir) não é criado, nem é um personagem, ele é a própria pessoa na sua mais singela versão, expondo o seu ridículo, suas dores, erros e defeitos, assim, se apropria destes como oportunidade de ressignificação. Quando estas imperfeições são expostas pelo indivíduo, tornam-se brilhantes, o que pode ser considerado, como as qualidades do clown. Por sua vez, a máscara utilizada pelo clown, é considerada a menor do mundo, o nariz; um símbolo o qual funciona como auto permissão para mostrar tudo aquilo que realmente deseja. O projeto de extensão Sensibilizarte, que tem como objetivo promover a humanização do cuidado em saúde, na formação dos estudantes e na prática da rotina hospitalar, composto por quatro frentes: contação de histórias, música, artesanato e palhaço (a qual será dada ênfase neste trabalho). A frente do palhaço atua com entradas semanais no Hospital Universitário Regional Norte do Paraná (HU – UEL), porém, antes que estas entradas aconteçam, há um processo de formação dos Clowns, denominada capacitação. Processo longo e árduo este, de autoconhecimento para encontrar-se com o clown que habita interiormente, pois é necessário encarar tudo aquilo que não o agrada, ressignificando e transformando nas características clownescas. Por tanto, este presente trabalho objetiva expor a formação do clown de uma colaboradora do projeto, por meio de relato de experiência parcialmente transcrita: “Assim que passei no processo seletivo, imaginava que seria um processo fácil, teórico e objetivo, comprei até um caderno (risos). Com o passar das capacitações fui me redescobrindo e acabei encontrando feridas não cicatrizadas, que eu não imaginava a quão dolorosa elas eram. Tentei fugir, mas não consegui, elas me incomodavam muito. E foi na escolha do nariz que vi significado para essas feridas - que eram erros para mim - e as usei, como oportunidade para ressignificá-las e transformá-las na característica principal de meu clown, o nariz, um nariz que tivesse um curativo, mostrando que ali elas se faziam presentes.” Com isso é possível ver o erro sendo utilizado como oportunidade para ressignificação e caracterização do clown.
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