GUERRA PSICOLÓGICA E A IMPRENSA FEMINISTA
UM ESTUDO DE CASO DO JORNAL BRASIL MULHER EM LONDRINA DURANTE A DITADURA MILITAR (1964-1985)
Resumo
Este trabalho tem como objetivo investigar o papel da imprensa feminista, especificamente o Jornal
Brasil Mulher em Londrina, durante a ditadura militar no Brasil, destacando a violência da guerra psicológica
imposta pelos ditadores. Utilizando uma abordagem de pesquisa documental analisando os documentos do
Serviço Nacional de Informações (SNI) da Agência de Curitiba, foi possível compreender como o Jornal Brasil
Mulher enfrentou as pressões da censura e da perseguição em um contexto de estratégias de manipulação
psicológica usadas pela ditadura para controlar e influenciar a sociedade paranaense. Este estudo contribuiu para
uma compreensão mais aprofundada da atuação da imprensa feminista como um espaço de resistência,
documentando como a guerra psicológica afetou o jornal e suas estratégias, além de evidenciar o papel das
mulheres nesse contexto. Os resultados indicaram a importância da liberdade de expressão e dos direitos das
mulheres na construção de uma sociedade mais justa, equitativa, igualitária e a promoção de narrativas históricas
que reconheçam o protagonismo feminino.
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Referências
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