APLICAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO EM CRIANÇAS NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO

  • Enedina Beatriz Porto Braga Misael
  • Rosangela Aparecida Pimenta Ferrari
Palavras-chave: Jogos e Brinquedos, Período Pós-Operatório, Enfermagem Pediátrica

Resumo

INTRODUÇÃO: Durante a internação o infante dispõe de mecanismos limitados mediante situações adversas, sendo assim faz-se necessário o preparo para enfrentamento de experiências hostis e dolorosas como o período pós-operatório, através do Brinquedo Terapêutico (BT). OBJETIVO: Objetivou-se apreender a percepção da criança sobre a aplicação do BT no período pós-operatório, em busca de compreender seus discursos e ações durante a sessão. MÉTODO: Utilizou-se abordagem qualitativa direcionada por roteiro semi estruturado com 14 crianças, sendo um total de 15 entrevistas, de ambos os sexos, com idade variando de três a 11 anos, hospitalizadas em uma ala pediátrica de um hospital universitário situado na região norte do Paraná, Brasil. RESULTADOS: Apesar da hospitalização ser um momento desconhecido para a criança notou-se que, na maioria dos discursos, os infantes apresentaram conhecimento sobre o motivo da internação ou associaram sintomas, no entanto apenas a minoria não sabia o real motivo. Relataram sentimentos de medo e dor devido a necessidade de manipulação constante de estruturas corporais mesmo após o procedimento cirúrgico, sendo a punção venosa a técnica mais incômoda citada por elas, apesar disso algumas crianças referiram que foi imprescindível a realização de tal técnica para que fossem adotadas medidas de tratamento condizentes com seu quadro clínico. Quando questionadas sobre a expectativa de alta a maioria fez menção as atividades que frequentemente desempenhavam, sendo que outras idealizaram feitos maiores. CONCLUSÃO: O processo pós-operatório caracterizou-se como um período incômodo devido a necessidade de cuidados que acarretavam dor, desconforto e constrangimento, sendo assim que mais evidenciou-se nos discursos foi a punção venosa, a partir disso faz-se necessário realizar a aplicação do BT voltado para a carência que a criança apresentar no momento, promovendo entendimento, redução de stress e possíveis traumas advindos da não intervenção sob as tensões sofridas no âmbito hospitalar.

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Publicado
2018-05-27
Seção
Artigos