Strengts and difficulties questionnaire

comparação de crianças com e sem TEA na avaliação feita por pais e professores

  • Bárbara Dias Fabre Universidade Estadual de Londrina
  • Patricia Silva Lucio Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ), concordância entre avaliadores, caso-controle

Resumo

Segundo a definição do Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSMV), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado pela dificuldade na comunicação e interação social e presença de padrões de comportamento, interesse ou atividades  restritas.  O Strengts and Difficulties Questionnaire (SDQ)  é  um  instrumento  amplamente  utilizado  para  verificar  algumas áreas  da  saúde  mental  infantil  por  meio  de  25  itens  divididos  em  4  subescalas  de dificuldades (sintomas emocionais, problemas de conduta,  hiperatividade  e  problemas de  relacionamento)  e  uma  subescala  de  força  (comportamento  pró-social).  Um escore geral de dificuldades também é gerado a partir das 4 subescalas de dificuldade.  De fácil aplicação, o SDQ apresenta duas versões, uma para  pais  e  outra  para  professores.  O presente trabalho tem por objetivo comparar  o  desempenho  de  crianças  com  TEA  e crianças com desenvolvimento típico no SDQ e verificar  o nível de concordância entre as subescalas respondidas por pais e professores dessas crianças. Participaram do estudo 17 crianças com TEA (3 meninas) e  34 crianças  da mesma sala de aula e  mesmo  sexo das crianças com TEA, as quais compuseram  o grupo  de  controle  (proporção 1:2).  A média de idade das crianças foi de 97,25 meses (DP = 22,85; mínimo 48; máximo 132 meses).  Todas as crianças estavam incluídas no ensino regular de escolas municipais da cidade de Apucarana, PR,  entre  a  pré-escola  e  o  Ensino  Fundamental.  O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Estadual de Londrina.  Os dados foram analisados por meio de testes-t para amostras independentes, qui-quadrado e correlação (Pearson).  Os grupos não se diferiram em inteligência não-verbal (Raven), idade, sexo ou nível socioeconômico.  Tanto em relação à escala  para  pais  quanto  à  escala  para professores, as crianças com TEA apresentaram maiores dificuldades do que as crianças do  grupo  controle  e  menores  escores  no  comportamento  pró-social.  Em termos das classificações descritivas, as crianças TEA apresentaram maior pro porção de comportamento  anormal  em  todas  as  subescalas  na  percepção  dos  professores  e  em termos de sintomas emocionais, problemas de conduta e comportamento pró -social na visão dos pais. Em relação às subescalas do SDQ, as correlações entre as escalas de pais e professores tenderam a  ser  de baixa a moderadas, sendo que  a correlação de  algumas subescalas  não  foram  significativas.  Com isso, discute-se sobre o nível concordância entre pais e professores a respeito da saúde mental das crianças.

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Publicado
2019-11-21