Ressignificação da identidade étnico-cultural e a mobilidade social entre mulheres imigrantes

uma interlocução entre saberes tradicionais, dinâmica migratória e diversidade cultural.

Autores

  • Juliana Shirley Zapata Cobo Tezini UFMS
  • Francesco Romizi UFMS

Resumo

Este plano de trabalho propõe-se, com base na Antropologia Cultural, a investigar e refletir os saberes tradicionais que moldam a Ressignificação da Identidade Étnico-Cultural e a Mobilidade Social entre Mulheres Imigrantes, nas casas de apoio aos migrantes, em Campo Grande/MS, com uma interlocução entre saberes tradicionais, dinâmica migratória e diversidade cultural. Para elaboração deste estudo, planeja-se trabalhar com escritores estruturalistas, como Claude Lévi-Strauss, Ferdinand de Saussure e Jacques Lacan, em interlocução com elaborações contemporâneas, como as de Mirjana Morokvasic e Edgard de Assis Carvalho. Os saberes tradicionais intencionam o processo de Ressignificação das Identidades Étnicas das mulheres venezuelanas, influenciando seus pensamentos, a dinâmica migratória e a diversidade cultural, nos diferentes contextos migratórios. Para elaboração desta proposta acredita-se na Antropologia Cultural, relacionada à etnografia e à bibliografia acessível como sugerido por Emílio Willems sobre a magnitude do conhecimento de campo para o desenvolvimento da reflexão científica. Sendo assim, aspira-se explorar de que maneira a circulação dos saberes tradicionais moldam o processo de Ressignificação das Identidades e a mobilidade social entre mulheres imigrantes venezuelanas, através da concretude como: observação participativa, pesquisa qualitativa, textos, desenhos etnográficos, artigos científicos, construindo um propósito consolidado de pesquisa e complexificação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana Shirley Zapata Cobo Tezini , UFMS

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Faculdade de Ciências Humanas da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Pós-Graduada em Gestão em Projetos Sociais pelo Inex. Especialização em Língua Espanhola pelo Instituto Educacional Paulo Freire. Graduanda em Serviço Social pela ULBRA

Francesco Romizi, UFMS

Doutorado em Antropologia pela Universitat Rovira i Virgili, Espanha (2013). Professor adjunto da Faculdade de Ciências Humanas da UFMS. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFMS).

Referências

ANGROSINO, Michael. Etnografia e observação participante. Tradução de José Fonseca; consultoria, supervisão e revisão desta edição Bernardo Lewgoy. Dados eletrônicos. Porto Alegre: Artmed, 2009.

ARNAIZ, María Guadalupe; MENASCHE, Renata. Historias de comida, historias de mujeres: cuestiones de antropología de la alimentación y género. Anuário Antropológico, v. 49, n. 2, 2024.

CANCELA, Cristina Donza. Mulheres não são imigrantes passivas e nem vêm a reboque: feminização da imigração, trabalho e arranjos domésticos de portuguesas em uma capital da Amazônia (Belém, c. 1850-c. 1930). Cadernos Pagu, n. 70, 2024.

CARVALHO, Edgard de Assis. Identidade étnico-cultural e movimentos sociais indígenas. 6. ed. São Paulo: Perspectivas, 2007.

DA SILVA CARDOSO, Vanessa Andrade; BARÇANTE MACHADO, Vanessa. Cultura, identidades e saberes tradicionais como objetos de pesquisa: análise das publicações na revista Oikos (1981-2021). Oikos: Família e Sociedade em Debate, [S. l.], v. 32, n. 3, p. 1-25, 2021. DOI: 10.31423/oikos.v32i3.13065. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/oikos/article/view/13065. Acesso em: 14 jan. 2025.

DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana. O mito moderno da natureza intocada. 3. ed. São Paulo: Hucitec; Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras, USP, 2000.

FERNANDES JÚNIOR, João Gilberto Brito. O parentesco de papel: direito, poder e resistência em uma ‘cena etnográfica’ com migrantes estrangeiros. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 15, n. 2, p. 521-547, maio 2022.

FLEURY, Maria Tereza Leme. Gerenciando a diversidade cultural: experiências de empresas brasileiras. Revista de Administração de Empresas, v. 40, n. 3, p. 18-25, jul. 2000.

LACAN, Jacques. Nomes do Pai. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. In: LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973 [1952]. p. 328-368.

MENDES, Ana de Almeida; BRASIL, Daniel Rodrigues. A nova lei de migração brasileira e sua regulamentação da concessão de vistos aos migrantes. Sequência: Estudos Jurídicos e Políticos, Florianópolis, v. 41, n. 84, p. 64-88, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/2177-7055.2020v43n84p64. Acesso em: 14 jan. 2025.

MESQUITA, Denise Pereira da Costa; COELHO, Luciana Pereira. Língua, cultura e identidade: conceitos intrínsecos e interdependentes. Revista EntreLetras, v. 4, n. 1, p. 24-32, 2013. Disponível em: https://sumarios.org/artigo/l%C3%ADngua-cultura-e-identidade-conceitos-intr%C3%ADnsecos-e-interdependentes. Acesso em: 14 jan. 2025.

NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Quando usar o termo migrante, refugiado ou pessoa deslocada? Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/167538-quando-usar-o-termo-migrante-refugiado-ou-pessoa-deslocada. Acesso em: 14 jan. 2025.

PIZZINATO, Adolfo; SARRIERA, Jorge Castellá. Identidade: elementos de etnicidade entre escolares. Interamerican Journal of Psychology, Porto Alegre, v. 42, n. 2, p. 298-306, ago. 2008. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-96902008000200011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 8 jan. 2025.

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Tradução de Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 28. ed. São Paulo: Cultrix, 2012 [1916].

WILLEMS, Emilio. A aculturação dos alemães no Brasil: estudo antropológico dos imigrantes alemães e seus descendentes no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1946.

Downloads

Publicado

2025-10-09