MARIELLE FRANCO E A CONSTELAÇÃO DE VIDAS INTERROMPIDAS PELA VIOLÊNCIA DE GÊNERO E POLÍTICA NO BRASIL
Palabras clave:
Marielle Franco, feminicídio, interseccionalidade, Maria da Penha, trajetóriasResumen
Este artigo propõe uma reflexão crítica sobre o feminicídio político no Brasil, tendo como ponto de partida a vida e o assassinato de Marielle Franco, executada em 14 de março de 2018. A partir da trajetória de Marielle, ampliaremos a análise para uma constelação de lideranças femininas, negras, indígenas e populares que foram sistematicamente eliminadas como resultado de estruturas patriarcais, racistas e capitalistas que atravessam o Estado brasileiro. Traçaremos um percurso histórico da luta feminista no Brasil, começando com o caso de Ângela Diniz (1976), assassinada por seu companheiro e cujo julgamento escancarou o uso da tese da “legítima defesa da honra”. Essa narrativa social foi confrontada pelos movimentos feministas dos anos 1980, marcando o início de uma mobilização intensa contra a violência doméstica, abrindo caminho para a criação da Lei Maria da Penha (2006) e, posteriormente, da Lei do Feminicídio (2015). Adotaremos a interseccionalidade como ferramenta metodológica e teórica, para compreender como raça, classe, gênero, território e orientação sexual se entrelaçam na produção das desigualdades e violências. A trajetória de Marielle Franco, aqui tratada não como mártir, mas como símbolo de resistência coletiva, é apresentada em conexão com outras mulheres assassinadas em razão de sua atuação política e social.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Simpósio sobre Feminicídios

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.